"O humor é inversão de expectativas. Eles querem que a gente morra. Aí a gente vai... e vive!" (Henfil)

PICICA: Para meus leitores mais jovens conhecer o Brasil do Henfil, mestre entre os cartunistas, que faria hoje 68 anos de idade, não fosse a esculhambação geral da saúde brasileira, de uma época que convivia com um comércio escandaloso de sangue quando a aids se disseminava por todo o país. Para conhecer a história dessa epidemia no Amazonas, recomendo a leitura do artigo "AIDS no Amazonas: Retropectiva histórica e situação atual", que escrevi com os médicos José Carlos Sardinha e Adele Benzaken, editado e publicado em 1998 pela Fiocruz no livro Espaço & Doença - Um olhar sobre o Amazonas, que teve como organizadores os doutores Luciano Medeiros de Toledo e Luisa Basilia Iñiguez Rojas. O artigo contou com a valiosa colaboração do sociólogo Samuel Benchimol, professor da Universidade Federal do Amazonas, que nos forneceu um sólido mapeamento das portas de entrada de migrantes na Amazônia, e que se constituía num dado importante para a investigação dos pesquisadores, embora não fosse a única. Era Coordenador do Escritório Técnico Regional da Amazônia o pesquisador Marcus Luiz Barroso Barros.