abril 13, 2006

Por quê um Encontro Nacional de Saúde Mental?




Apresentação

Encontro Nacional de Saúde Mental: A Reforma Psiquiátrica que Queremos: Por Uma Clínica Antimanicomial

O Encontro Nacional de Saúde Mental: A reforma Psiquiátrica que queremos: Por uma clínica antimanicomial acontece entre os dias 13 e 16 de julho na Universidade Federal de Minas Gerais e reunirá cerca de 1500 pessoas.

Serão 5 mesas eixo, 15 mesas simultâneas, 3 conferências, uma feira de trabalhos ligados ao serviço substitutivo (cerca de 800) e muita troca de experiência.

A mudança gradativa do paradigma da assistência em Saúde Mental no Brasil, de um modelo centrado no hospital psiquiátrico e na segregação do portador de sofrimento mental para um modelo que leva em conta o respeito à cidadania e a inclusão social deste, marcaram os últimos 15 anos da história da Saúde Mental no Brasil. Hoje já são mais de 600 serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico e cerca de 50.000 leitos psiquiátricos foram fechados em todo o Brasil nesse período.

Muito além da proposição de novos serviços para a assistência aos portadores de sofrimento mental, a Reforma Psiquiátrica pressupõe uma mudança radical na abordagem e tratamento deste sofrimento. Se, por um lado, a Reforma Psiquiátrica entre nós está longe de ser concluída - ainda existem quase 45.000 leitos psiquiátricos no Brasil e a exclusão social do portador de sofrimento mental continua sendo um grave problema social e cultural - por outro lado pouca discussão tem acontecido em torno da prática de cada trabalhador neste novo modelo.

A necessidade de discussões mais aprofundadas das práticas terapêuticas que sustentam este novo modelo guiou a proposta deste Encontro Nacional. Os objetivos propostos são: 1) Discussão de temas e conceitos indispensáveis à "clínica antimanicomial"; 2) Discussão dos serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico, onde esta clínica deve operar; 3) Discussão das políticas públicas que devem assegurar o acesso a esta clínica e a estes serviços a todos os cidadãos brasileiros e 4) Discussão do trabalhador como protagonista desta clínica.

Este evento tem como público alvo os trabalhadores dos serviços substitutivos, além dos docentes e pesquisadores desta área.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Rogélio! Muitíssimo útil o blog, eu e a Vivi gostamos dos textos e do formato! Continue na luta! Jorge Bandeira.

Anônimo disse...

Rogélio Casado, as imagens criadas por Artaud continuam vivas na minha arte...estou agora com uma outra árdua batalha: Naturismo Amazônico, saiba mais acessando:
http://geocities.yahoo.com.br/graunaam(é loucura de minha parte e de outros 15 naturistas?)