Ao abrir o I Encontro de Profissionais Cuidadores em Saúde Mental do Amazonas, ocorrido entre os dias 31 de março e 1 de abril, no auditório Silvério Tundis, do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, o Secretário Adjunto Executivo da Capital, da Secretaria Estadual de Saúde, Dr. Raimison Monteiro, foi saudado pela diretora executiva daquele serviço de saúde, Raimunda Gomes, especialista em administração hospitalar, como um dos mais importantes aliados no processo de transformação do hospital psiquiátrico em hospital de clínicas, com a manutenção do Pronto Atendimento Humberto Mendonça - atualmente com 20 leitos psiquiátricos (10 para homens e 10 para mulheres) - serviço que desde meados dos anos 80 oferece cuidados aos cidadãos portadores de sofrimento mental em crises agudas.
A história da criação do Pronto Atendimento é um capítulo digno de registro no curso do desenvolvimento da Reforma Psiquiátrica no Amazonas. Concebido por Silvério Tundis, líder da reforma amazonense, no governo José Lindoso, e implantado ao final do governo Gilberto Mestrinho, sua criação deu um "cheque-mate" na iniciativa privada do setor. Ao ser oferecido um serviço público que em 72 horas debelava a crise, encerrava-se em Manaus um período marcado pela oferta de convênio que permitia a internação por mais de 120 dias de pacientes psiquiátricos num serviço privado, primeiro e último da história da psiquiatria amazonense. Bom para o empresário do setor, mas com resultados duvidosos para os usuários, por ser um serviço essencialmente medicamentoso. Com o fechamento da clínica privada, a valorosa equipe do então Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro mostrou, na prática, que a maior parte dos usuários necessitavam de cuidados ambulatoriais, e muito poucos exigiam internação. Até o final dos anos 80, o modelo de atenção oferecido pelo serviço público funcionou a contento; no início dos 90 dava sinais de esgotamento. Mas, essa é outra história.
Foram várias visitas feitas por Raimison Monteiro ao Hospital Psiquiátrico. À sombra de frondosas árvores espalhadas pelos jardins internos do hospital, sentando em seus bancos ou caminhando pelas unidades de internação e pelo pavilhão da Terapia Ocupacional (construído graças à greve de fome do psiquiatra Rogelio Casado em 1987, e que passaria anos subutilizado) refletindo sobre o futuro da Saúde Mental no Amazonas, é possível que ali tenha vislumbrado o salto a ser dado pela psiquiatria amazonense se o poder público sustentasse um projeto até então sonhado por poucos. Das suas reflexões, nasceu um dos projetos mais ousados da atualidade para o setor: a criação da Residência Médica em Psiquiatria. Raimison Monteiro entra para a história da Saúde Mental do Amazonas com um dos seus beneméritos. Merece aplauso por tão notável procedimento.
Uma nova psiquiatria vem sendo praticada em todo o país. No Amazonas, seus representantes são poucos, mas são sinceros. Que a Residência Médica em Psiquatria amplie esse leque é o que se pode desejar para o nosso futuro. Parabéns, Raimison!
A história da criação do Pronto Atendimento é um capítulo digno de registro no curso do desenvolvimento da Reforma Psiquiátrica no Amazonas. Concebido por Silvério Tundis, líder da reforma amazonense, no governo José Lindoso, e implantado ao final do governo Gilberto Mestrinho, sua criação deu um "cheque-mate" na iniciativa privada do setor. Ao ser oferecido um serviço público que em 72 horas debelava a crise, encerrava-se em Manaus um período marcado pela oferta de convênio que permitia a internação por mais de 120 dias de pacientes psiquiátricos num serviço privado, primeiro e último da história da psiquiatria amazonense. Bom para o empresário do setor, mas com resultados duvidosos para os usuários, por ser um serviço essencialmente medicamentoso. Com o fechamento da clínica privada, a valorosa equipe do então Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro mostrou, na prática, que a maior parte dos usuários necessitavam de cuidados ambulatoriais, e muito poucos exigiam internação. Até o final dos anos 80, o modelo de atenção oferecido pelo serviço público funcionou a contento; no início dos 90 dava sinais de esgotamento. Mas, essa é outra história.
Foram várias visitas feitas por Raimison Monteiro ao Hospital Psiquiátrico. À sombra de frondosas árvores espalhadas pelos jardins internos do hospital, sentando em seus bancos ou caminhando pelas unidades de internação e pelo pavilhão da Terapia Ocupacional (construído graças à greve de fome do psiquiatra Rogelio Casado em 1987, e que passaria anos subutilizado) refletindo sobre o futuro da Saúde Mental no Amazonas, é possível que ali tenha vislumbrado o salto a ser dado pela psiquiatria amazonense se o poder público sustentasse um projeto até então sonhado por poucos. Das suas reflexões, nasceu um dos projetos mais ousados da atualidade para o setor: a criação da Residência Médica em Psiquiatria. Raimison Monteiro entra para a história da Saúde Mental do Amazonas com um dos seus beneméritos. Merece aplauso por tão notável procedimento.
Uma nova psiquiatria vem sendo praticada em todo o país. No Amazonas, seus representantes são poucos, mas são sinceros. Que a Residência Médica em Psiquatria amplie esse leque é o que se pode desejar para o nosso futuro. Parabéns, Raimison!
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