Nesta terça: “Loucura”
seg, 19/10/09
por Raphael Prado
categoria ÀS TERÇAS-FEIRAS
No Profissão Repórter desta terça, o dia-a-dia de quem lida com a doença mental no Brasil.
Os repórteres Thiago Jock e Emílio Mansur percorrem os corredores do manicômio mais antigo do país, o Hospital São Pedro, em Porto Alegre, e registram um momento dramático do tratamento psiquiátrico: a sessão de eletrochoque.
Júlia Bandeira e Thaís Itaqui vão para Brasília acompanhar uma manifestação pelo fim dos manicômios no país e conhecem os integrantes do grupo musical Trem Tantan, de Belo Horizonte, que transformam as próprias fantasias em música.
Caco Barcellos revela histórias surpreendentes de moradores de rua de São Paulo afetados por transtornos mentais.
Fonte: Profissão Repórter
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Nota do blog: É praticamente impossível para o jornalismo em qualquer latitude abordar o tema "loucura" sem prescindir dos nefandos manicômios, ainda mais quando pinta pela frente uma sessão de eletrochoque. Se houver contraponto com os serviços que estão substituindo o manicômio - conhecidos como Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) -, dando ênfase nas práticas que alteraram o panorama de saúde mental do país, nem tudo tá perdido. Para nós que lutamos por uma sociedade sem manicômios, será a salvação da lavoura. Portanto, nada contra mostrar os manicômios que subtraem do cidadão uma vida que poderia ser mais digna se o país tivesse um número maior de CAPS; se a reforma psiquiátrica brasileira fosse plenamente antimanicomial; se tivessemos mais verbas para ampliar a rede diária de atenção à saúde mental e se houvesse mais e melhores profissionais preparados para construir um novo processo civilizatório, onde a cultura e a vida social não fosse negadas aos loucos das nossas sociedades. Estamos de olho, avaliando o jornalismo do Profissão Repórter.
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