Homem
Jorge Tufic
Trajetória de sombra dispersada
Das mãos lhe escorre o tempo que sonhou.
Quantas almas possui na alma pisada?
Qual dentre todas a que mais amou?
Seus passos abrem sulcos de alvorada.
Por estrelas errantes se enredou.
Onde a sua face ausente procurada
E as ilhas de além-mares que fundou?
Máscara leve lhe recobre a fonte.
(O silêncio por trás constrói o mito)
Traz nos ombros a sombra do horizonte.
De fundas cicatrizes cava o mundo.
E, sendo humano, um pouco de infinito
Guarda no peito como em céu profundo.
(Varanda de pássaros)
PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
dezembro 17, 2009
Homem, de Jorge Tufic
Nota do blog: Jorge Tufic Alaúzo nasceu no município de Sena Madureira, Acre, no dia 13 de agosto de 1930. Descendente de uma família de comerciantes árabes, transferiu-se, no início da década de 40, para Manaus. Há cerca de dez anos fixou-se em Fortaleza (Fonte: Poesia e Poetas do Amazonas. Manaus: Editora Valer, 2006).
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