dezembro 27, 2009

Anonimato vs. cidadania


Nota do blog: Meu caro amigo João Bosco, uma criatura - daquelas que tia Pátria dizia que "cagam e andam pra opinião dos outros" - resolveu usar do anonimato para nos rotular de ignorantes e desonestos, e isso inclui você, eu e A Crítica, que vem repercutindo sua corajosa crítica ao traçado mal planejado do monotrilho de Manaus. Pelo discurso é fácil identificar a criatura. Mas, deixemos que ele o faça, se é que ele está interessado em discussões honestas. De minha parte fiz minhas observações em vermelho nos comentários ultrajantes que foram enviados para este blogueiro. O mesmo espaço está à sua disposição.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "João Bosco Chamma alerta para o futuro de um monot...": (não supreende que o comentarista use do anonimato numa terra habituada a atropelar o mais elementar dos direitos de cidadania: o esclarecimento; pelo discurso do nosso anônimo comentarista trata-se de alguém muito cioso do seu anonimato, sob pena de ter contrariado seus interesses pessoais):

Visto que ninguem comenta seu blog certamente é porque a moderação é imoderada, ou moderada aos seus interesses, claro. Certamente você não vai tornar publico o que eu vou expressar aqui, mas será dito mesmo assim, nem que seja pelo menos pra você. (Espero que o comentarista anônimo revele sua identidade; de todo modo, sinto-me lisonjeado pelo monitoramento do meu blog, cujas mensagens são claras e transparentes, como é próprio do exercício da cidadania).

Comparar o projeto do monotrilho às obras do minhocão em Sampa é ser desonesto ou assinar atestado de ignorância. Que tal melhorar o nivel dessas criticas? (Desonesto é usar do anonimato; sobretudo quando as tintas indicam um discurso semelhante ao de alguns agentes do estado habituados a prevaricar, ali onde a democracia é mera peça retórica).

Veja o video no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=a6uAUjkj8t4

Projeto de Santos, leve, funcional, fino e bonito! (para mim a para a torcida do América, seu gosto é duvidoso e sua informação é desonesta, senão vejamos: ainda que haja uma distância razoável entre as torres do montrilho dos prédios da orla de Santos, não há informações sobre o que pensa a vizinhança sobre o impacto visual e sonoro - a propósito, meu ilustre comentarista anônimo sabe o que significa "impacto de vizinhança", quesito fundamental nos relatórios de impacto ambiental; ademais, uma coisa é um montrilho entre prédios, outro entre prédios de um lado, e a orla marítima de outro). Sim, fino porque não é uma via para carros (minhocão) e sim para um trem e é aí que reside o desconhecimento dos senhores ou a simples vontade de ser do contra pra chamar atenção, sabe-se la de quem. (Da opinião pública, meu caro Watson, anestesiada pela propaganda leviana, da qual a construção do terminal portuário das Lajes é exemplar, com uma diferença: uma tem interesses privados, outra interesses de governo; ambas, entretanto, devem esclarecimentos aos cidadãos).

Mesmo diante da objeção de que no caso de Manaus serão dois trens (ida e volta) ao invés de um, o que aumentaria a largura tornando-o um "bi-trilho", ainda assim é um exagero enorme comparar com os elevados de SP e RJ. (Exagero é usar mais de um bilhão de reais para construir um monotrilho, de efetivo interesse social, sem consulta pra valer das entidades de classe e da sociedade civil organizada).

O projeto do Sr.Chama deve ser interessante, mas parece que ele foi "rifado" deste processo que ao meu ver já está encaminhado (o comentarista anônimo bem que poderia informar aos meus silenciosos leitores como se deu o processo de rifagem do projeto do arquiteto João Bosco Chamma, que vem tornando públicas as suas objeções ao traçado proposta pela empresa construtora). Ninguém discutiu uma ponte de 500 milhões, vão discutir um trilho ? E outra, Constantino Nery e Djalma jão são terras de ninguém, ou melhor, de quem dá mai$! (as duas últimas frases são típicas do discurso obsceno dos agentes sociais que não tem o menor respeito pela opinião pública e que acham que Manaus é terra de ninguém; a opinião pública conhece pelo menos dois deles, que recentemente passaram a responder pelos exageros cometidos no exercício da função pública).

ET.: JB, uma coisa temos que admitir. O comentarista anônimo tá coberto de razão. Não vai dar pra instalar o escritório do tráfico de drogas, nem abrigar uma família de sem-tetos. Em compensação o que não vai faltar é lugar pra armar um monte de redes e tirar uma soneca, ao som do ranger de trilhos. "Nóis sofre, mais nóis goza", já dizia o macaco Simão.

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