Foto postada em vidadecadela.blogspot.com
Nota do blog: A Igreja Católica nunca engoliu a idéia de que ela é uma instituição que deve obedecer as regras vigentes num Estado laico. Fundamentalismo não cai bem para o povo brasileiro. A opinião pública já tomou conhecimento das críticas da Igreja ao III Plano Nacional de Direitos Humanos; é um direito que lhes assiste. O que não é aceitável é que, movidos por uma teologia reacionária, venham agora insultar o presidente da república, como fez um bispo da igreja católica de São Paulo ao autorizar um panfleto que chama Lula de "novo Herodes". O que o bispo Simão Benedito nega é justamente o fato de que vivemos num Estado laico, para o qual a sociedade brasileira tanto trabalhou e lutou. Foi contra esse tipo de baixaria - num momento em que a Igreja Católica recusava apoio aos religiosos gays que haviam sido infectados pelo vírus HIV, ao mesmo tempo que faziam uma cruzada condenando a união entre homossexuais -, que forçou o decano da GLS (G de gay, L de Lésbica e S de simpatizantes) Luiz Mott a tomar uma atitude: afixar nos postes brasileiros quem eram os padres e bispos homossexuais e acabar com a hipocrisia católica. A ameaça não se cumpriu, porque na mesma semana, usando o Fantástico, uma autoridade religiosa da CNBB veio a público afirmar que "a Igreja Católica não pode virar as costas para seus irmãos; que é da natureza da igreja acolher os que sofrem, inclusive os que têm AIDS... blá, blá, blá, blá, blá, blá". De lá pra cá a vida dos religiosos com HIV melhorou, mas a cruzada contra os casais homossexuais continuou. O que essa igreja atrasada esquece é que vivemos numa sociedade democrática e que o Plano Nacional de Direitos Humanos espelha decisões coletivas tomadas em fóruns e conferências. Como a Igreja tem telhado de vidro, receio que a pedagogia do poste acabe vingando como resposta à beligerância da militância fundamentalista católica, que peca pela falta de inteligência. Por essa e por outras, Zefofinho de Ogum, sociólogo carioca, colaborador deste PICICA, afirma com a propriedade de quem já foi coroinha no Morro do Querosene, no Rio de Janeiro: "Fundamentalismo católico é o O do borogodÓ!" Em tempo: Zefofinho deu adeus à batina; preferiu auxiliar sua mãe no terreiro de macumba da família. Grande Zefofinho!
Nota do blog: A Igreja Católica nunca engoliu a idéia de que ela é uma instituição que deve obedecer as regras vigentes num Estado laico. Fundamentalismo não cai bem para o povo brasileiro. A opinião pública já tomou conhecimento das críticas da Igreja ao III Plano Nacional de Direitos Humanos; é um direito que lhes assiste. O que não é aceitável é que, movidos por uma teologia reacionária, venham agora insultar o presidente da república, como fez um bispo da igreja católica de São Paulo ao autorizar um panfleto que chama Lula de "novo Herodes". O que o bispo Simão Benedito nega é justamente o fato de que vivemos num Estado laico, para o qual a sociedade brasileira tanto trabalhou e lutou. Foi contra esse tipo de baixaria - num momento em que a Igreja Católica recusava apoio aos religiosos gays que haviam sido infectados pelo vírus HIV, ao mesmo tempo que faziam uma cruzada condenando a união entre homossexuais -, que forçou o decano da GLS (G de gay, L de Lésbica e S de simpatizantes) Luiz Mott a tomar uma atitude: afixar nos postes brasileiros quem eram os padres e bispos homossexuais e acabar com a hipocrisia católica. A ameaça não se cumpriu, porque na mesma semana, usando o Fantástico, uma autoridade religiosa da CNBB veio a público afirmar que "a Igreja Católica não pode virar as costas para seus irmãos; que é da natureza da igreja acolher os que sofrem, inclusive os que têm AIDS... blá, blá, blá, blá, blá, blá". De lá pra cá a vida dos religiosos com HIV melhorou, mas a cruzada contra os casais homossexuais continuou. O que essa igreja atrasada esquece é que vivemos numa sociedade democrática e que o Plano Nacional de Direitos Humanos espelha decisões coletivas tomadas em fóruns e conferências. Como a Igreja tem telhado de vidro, receio que a pedagogia do poste acabe vingando como resposta à beligerância da militância fundamentalista católica, que peca pela falta de inteligência. Por essa e por outras, Zefofinho de Ogum, sociólogo carioca, colaborador deste PICICA, afirma com a propriedade de quem já foi coroinha no Morro do Querosene, no Rio de Janeiro: "Fundamentalismo católico é o O do borogodÓ!" Em tempo: Zefofinho deu adeus à batina; preferiu auxiliar sua mãe no terreiro de macumba da família. Grande Zefofinho! 22 de janeiro de 2010
A igreja católica paulista entra na campanha eleitoral. Será o Benedito?
A Igreja Católica de São Paulo acaba de entrar na campanha eleitoral. Da pior maneira possível. Num panfleto, para criticar a inclusão do aborto e outros direitos da cidadania laica no Plano Nacional dos Direitos Humanos, o bispo da Regional da CNBB, Simão Benedito, autorizou seus militantes fundamentalistas a modificarem um documento introduzindo um insulto ao presidente Lula. Num exagero absurdo, os radicais islâmicos, digo, católicos paulistas, chamam o presidente Lula de “novo Herodes”.
É muita cara de pau da Igreja Católica. Logo eles que queimaram bruxas e torturaram cientistas e filósofos que não seguiam sua Teologia reacionária. Depois de mais de 500 anos da Idade Média, o obscurantismo renasce. Quer dizer que nosso presidente, responsável por tirar da fome e salvar milhares de vidas com o programa Bolsa Família, é comparado ao homem que ordenou a “matança dos inocentes” na história bíblica, porque um documento de papel chamado Plano Nacional de Direitos Humanos inclui o direito ao aborto?
Não dá para acreditar na seriedade dessa gente. A alteração do título do documento da Regional Sul 1 CNBB é oportunista, insultuosa, difamante e sobretudo eleitoreira. Esse bispo precisa se confessar, depois comungar para se livrar de seus pecados. O que vc achou do panfleto? Pergunta o Portal do UOL. Achei uma bosta.
O documento original chamava-se “Presente de Natal do Presidente Lula ao Povo Brasileiro”. O título foi alterado para “Presente de Natal do Presidente Lula (novo Herodes) ao povo brasileiro. Até o título é mentiroso. O Plano Nacional de Direitos Humanos é um documento sintetizado de um longo processo de consulta aos centenas de movimentos de direitos humanos existentes no País. Não é um plano do presidente Lula, e sim um plano da sociedade. Mentir é pecado, minha gente.
Ridiculamente, o Portal UOL tentou entrar em contato com a presidência da República. A Assessoria de Imprensa obviamente informou que o governo não vai se pronunciar em relação a mais essa baixaria.
Os fundamentalistas da Igreja Católica paulista acham que o estado brasileiro deve seguir sua Teologia e não os direitos civis. A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que reúne 220 organizações congêneres apóia o Plano Nacional dos Direitos Humanos. Centenas de organizações de mulheres pelo Brasil a fora defendem o direito ao aborto, outras defendem a descriminalização do aborto.
Da mesma forma que o mundo se livrou dos preconceitos e absurdos defendidos pela Igreja Católica ao longo dos séculos, mais cedo ou mais tarde a civilização vai se livrar das novas imposições fundamentalistas.
A este bispo que autorizou essa exploração infame de um documento da regional paulista da CNBB, só resta dizer: Será o Benedito?
Fonte: Blog Bahia de Fato - www.bahiadefato.blogspot.com
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