janeiro 26, 2010

Movimento camponês exige liberdade dos companheiros presos

Liberdade imediata para os nossos companheiros!

Escrito por LCP do Norte de Minas e sul da Bahia
Qui, 21 de Janeiro de 2010


No dia 16 de janeiro, sábado a noite, na BR 401, entre os municípios de Matias Cardoso e Jaíba, os companheiros Wanderson Antônio e
Flavia Avelina, assessores da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia, foram arbitrariamente presos, acusados de porte ilegal de arma.

Os companheiros são responsáveis pelo trabalho de organização de cursos de formação do movimento e apoiadores do trabalho de alfabetização de jovens e adultos no campo.

O movimento camponês combativo tem enfrentado um cerco e perseguições por parte do latifúndio e seus bandos armados e pelo aparelho jurídico e repressivo do Estado. Que a todo custo tentam criminalizar a luta pela terra, com ameaças, perseguições, calunias e toda sorte de acusações, no intuito de barrar a luta pela terra, e taxar de criminoso qualquer um que participe e apóie a luta.

Os companheiros por participarem do movimento e exercerem esse importante trabalho, consequentemente são muito conhecidos na região. Nesses últimos dias tem sofrido diversas perseguições e ameaças, inclusive de morte e logo nesse momento são presos, acusados dessa forma.

O que comprova mais uma vez a quem serve esse Estado burguês e latifundiário, que persegue e prende os camponeses que lutam pela conquista da terra e aqueles que lutam por uma verdadeira e nova democracia.

A Liga dos Camponeses Pobres vem à publico repudiar e denunciar toda à ação de criminalização, banalização, desmoralização e perseguições que o Estado vem impondo ao movimento camponês combativo de uma forma geral, bem como aos camponeses e apoiadores da luta camponesa combativa em particular.

Como exemplo dessa perseguição é caso do companheiro Wilson, Presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Santa Rita. Que foi preso e interrogado de forma truculenta, sob tortura psicológica, por ter cedido a sede do assentamento para a realização de um Curso de Formação de Professores de Alfabetização de Jovens e Adultos da Escola Popular, já que o mesmo tem muito interesse da escola funcionando em sua área. E também o caso do companheiro Gerônimo Gomes, que foi detido em sua casa e interrogado durante 3 horas sob as mesmas acusações infundadas e absurdas.

Responsabilizamos o Estado por tudo o que vier à acontecer contra os dois companheiros e contra qualquer outro camponês ou companheiro simpatizante e apoiador da luta camponesa pela destruição do latifúndio. Convocamos a todos os democratas, cidadãos de bem, progressistas e intelectuais honestos a apoiarem e defenderem esses companheiros que lutam por uma verdadeira democracia!

Liberdade imediata para os companheiros presos!

Viva a Revolução Agrária!

O povo quer terra e não repressão!

Fonte: Resistência Camponesa
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