Pela primeira vez UERGS terá eleição direta para reitor
Estudantes, professores e funcionários da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), parciparão de um momento histórico no mês de julho. No dia 02 do próximo mês, acontecerá a primeira eleição direta para reitor da instituição. Em dez anos de funcionamento, é a primeira vez que a comunidade acadêmica poderá se manifestar diretamente sobre o futuro da universidade.
Três chapas estão inscritas para a eleição, sendo que as chapas 1 e 3 fazem oposição a atual reitoria, que foi indicada pela governadora Yeda Crusius. A chapa 2 é aliada ao governo do estado.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UERGS, Aragon Érico Dasso Jr, o voto de professores, estudantes e funcionários terá o mesmo peso. Ele afirma que os debates entre os candidatos ocorrerão nas sete regiões em que a universidade tem sede. Para Dasso Jr, a eleição significa um passo para a democratização da UERGS.
“Essa eleição representa, de fato, a internalização democrática da universidade. Todas as universidades públicas do Brasil têm como regra, eleger seus reitores. A nossa universidade ao longo desses 10 anos não tinha essa prerrogativa a disposição. Essa prerrogativa estava na mão do comando político do governo. Isso vai representar uma reitoria legítima, uma reitoria que tem a legitimidade do voto, portanto tem a legitimidade da comunidade e isso significará, provavelmente, uma pacificação dentro da própria universidade.”
Aproximadamente 100 professores, 150 funcionários e 3 mil estudantes devem participar da eleição.
De Porto Alegre, da Radioagência NP, Bianca Costa.
10/06/10
Nota do blog: No Amazonas, o processo de eleição para reitor da Universidade do Estado do Amazonas - UEA vem sendo frustrado por uma exigência legal. Se a contratação de professores, através de concurso público, não atingir percentual maior que a metade do corpo docente atualmente existente para o funcionamento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, a eleição é inviável a curto prazo. Houve atraso nas contratações por concurso público devido a interposição de um recurso logo após os primeiros concursos, que previam contratação pelo regime celetista. Passado o imbróglio jurídico, com a mudança para o regime estatutário, superada a interdição judicial os concursos voltaram a ser realizados. Com a alteração do planejado, os concursos ainda não atingiram o percentual que garante a escolha do próximo reitor através do voto universal. Não bastasse esse fato, o recente compromisso estabelecido entre o governo do estado, professores, alunos e servidores da UEA para, enquanto isso, a comunidade acadêmica escolher os diretores de unidade através do voto tem um outro óbice: os professores concursados estão em processo probatório. A menos que esse dispositivo jurídico seja desmontado, o tempo para habilitar professores ao cargo demanda mais tempo do que a impaciência de todos os que desejam a democratização da universidade. No início desta semana, haverá uma nova rodada de negociações com o governo do estado.
Em tempo: A Universidade do Estado do Amazonas - UEA foi fundada em 2001. Tem 741 professores temporários, 106 professores da antiga Universidade Tecnológica do Amazonas e 269 professores concursados. Tem ainda 615 funcionários, sendo 274 concursados. O número de alunos atualmente é de 23.655. A UEA está presente nos 62 municípios amazonenses.
Em tempo: A Universidade do Estado do Amazonas - UEA foi fundada em 2001. Tem 741 professores temporários, 106 professores da antiga Universidade Tecnológica do Amazonas e 269 professores concursados. Tem ainda 615 funcionários, sendo 274 concursados. O número de alunos atualmente é de 23.655. A UEA está presente nos 62 municípios amazonenses.
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