janeiro 28, 2011

Homofobia no Peru

PICICA:  O debate sobre a homofobia no Peru tem rosto. Veja o vídeo e leia a opinião de Carlos Quiroz em "Matrimonio gay en Perú: opinión de un peruano homosexual". Abaixo, matéria sobre o bispo jesuíta que agrediu os gays peruanos.
PeruanistaBlog | 25 de janeiro de 2011 | 
Esta es una opinión personal sobre el matrimonio igualitario o gay en Perú, así como la adopción de niños por parejas de gays, lesbianas, bisexuales y transgénero (LGBT), sobre los derechos de igualdad civil para los ciudadanos LGBT en Perú, y sobre la necesidad de promover leyes que combatan la homofobia y falta de respeto a la diversidad sexual humana.

Los ciudadanos peruanos LGBT merecemos los mismos derechos que los peruanos heterosexuales.

Mientras haya discriminación habrá violencia en nuestro país, y se privará a valiosos ciudadanos peruanos de desarrollar vidas decentes y productivas. Es necesario promover la igualdad de derechos civiles para todos los peruanos.

***
Bispo jesuíta peruano e os gays. Polêmica e pedido de desculpas

O influente bispo peruano Luis Bambarén, jesuíta, gerou uma polêmica ao dizer que se fale de “veados” e não de “gays”, em meio a um debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, expressão sobre a qual teve de retratar-se horas mais tarde.

Bambarén destacou-se, como bispo, na luta pela justiça social e defesa dos pobres e oprimidos.

A reportagem foi publicada no sítio Religión Digital, 25-01-2011. A tradução é de Anne Ledur e revisada pela IHU On-Line.

Consultado na segunda-feira à noite, na saída de uma reunião religiosa sobre o tema de casamento homossexual, Bambarén disse: “Por que falam tanto de gay, gay, gay? Falemos em castelhano, em crioulo. Veados, assim se diz, ou não é?”

Suas palavras geraram a reação do Movimento Homossexual de Lima (MHOL), que, através de seu diretor executivo, Christian Olivera, assinalou que “a pretensão de Bambarén de chamar os gays de veados é totalmente inaceitável e constitui uma incitação ao ódio”.

“Em um país onde deveríamos nos reconhecer iguais, Bambarén propicia a violência ao nos nominar com um termo que representa o repugnante e o perverso. Depreciar uma comunidade não é exemplo do que se supõem ser os valores cristãos”, disse Olivera à imprensa local nessa terça-feira.

O MHOL exigiu a Bambarén uma desculpa, que o prelado deu nessa terça.

“Peço desculpas a todos que se sentem ofendidos. É uma palavra ofensiva e [os homossexuais] merecem respeito”, disse o bispo.

A discussão sobre o casamento homossexual está aberta através de uma proposta a seu favor por parte de Carlos Bruce, candidato a vice-presidente do ex-presidente Alejandro Toledo, líder nas pesquisas para a eleição presidencial do próximo dia 10 de abril.

Bruce disse que entendia que Bambarén se opusesse. “O que está ruim é que, em vez de dar argumentos racionais, se caia no insulto. Eu poderia dizer muito de alguns membros da Igreja, que fizeram muitas coisas erradas, mas não vou cair no mesmo nível”, disse.

A Igreja peruana se opõe ao casamento homossexual e, no domingo passado, o cardeal Luis Cipriani – autoridade religiosa máxima no Peru – disse que “o homem e a mulher foram feitos anatômica e psicologicamente de maneira em que maravilhosamente se complementam, porque o casamento tem como finalidade a procriação e a educação dos filhos”.

O bispo Emérito de Chimbote, José Luis Bambarén, ofereceu desculpas à comunidade homossexual pelas fortes declarações que formulou quando foi consultado sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

“Peço desculpas porque, de nenhuma maneira, quis ser ofensivo. Fui claro porque merecem respeito. Se usei esse termo é porque perguntaram dos “gays”. Por isso, disse que essa palavra não é nossa [peruano], aqui, homossexual, e como dizer veado?”, disse na Rádio Capital.

Se dirigiu a quem se sentiu afetado e afirmou que não teve a intenção de ofender ninguém, pois suas declarações se deram porque rechaça o termo “gay”. “Às pessoas que se sentiram ofendidas, peço desculpas. De nenhuma maneira quero dizer que sou intolerante com elas”, registrou.

Fonte: Instituto Humanistas Unisinos

Nenhum comentário: