agosto 26, 2011

Militantes ameaçados de morte, criminalização dos movimentos sociais: no Brasil a segurança é de uma ineficiência descomunal

PICICA: "Um ato realizado em São Paulo no começo de agosto reuniu relatos de ativistas de diversas regiões do país que estão ameaçados de morte. Entre eles, estão quilombolas, pescadores, indígenas e ativistas do campo e da cidade."


Especial resistência: conheça a história de militantes ameaçados de morte no Brasil e suas lutas #Eblog

do site Caros Amigos


Depoimentos foram realizados em ato que busca impulsionar a criação de uma rede de proteção aos defensores e defensoras dos Direitos Humanos e Ambientais no Brasil.

Por Paula Salati

Um ato realizado em São Paulo no começo de agosto reuniu relatos de ativistas de diversas regiões do país que estão ameaçados de morte. Entre eles, estão quilombolas, pescadores, indígenas e ativistas do campo e da cidade.

A atividade “Erguendo Barricadas! Basta de Assassinatos! Nenhum militante a menos!” aconteceu no dia 08 de agosto no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), organizada por diversas entidades e organizações políticas, entre elas a Associação dos Professores da PUC-SP (APROPUC) e o Tribunal Popular.

A professora e presidente da APROPUC, Bia Abramides, conta que o Ato foi construído no intuito de “criar uma rede de proteção a lutadoras e lutadores de todo país” e que foi organizado a partir da morte do casal ambientalista José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, no estado do Pará. O casal foi assassinado em uma emboscada em maio deste ano e, logo em seguida, houve ocorrências de outros assassinatos no campo brasileiro em menos de duas semanas.

Durante a atividade, a militante Helena Silvestre do Movimento Popular Urbano (MPU), chamou a atenção para as remoções populacionais que estão em curso nas cidades brasileiras, para dar lugar às grandes obras dos megaeventos esportivos que acontecerão nos próximos anos. “Os projetos que estão para acontecer irão expulsar gente e, se as pessoas resistirem a sair dos lugares onde vivem, é muito possível que sofreremos repressões muito duras. E isso vai pra cima dos moradores das favelas, das ocupações irregulares, para cima de todo o povo que vive em áreas que estão nas rotas de valorização do capitalismo”, alerta Helena.

Antes do Ato, os militantes estiveram presentes em uma coletiva de imprensa, onde puderam contar como vivem e as ameaças que já sofreram. Dentre as diversas denúncias, relataram a ineficiência e insegurança do Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos do Governo Federal, como, por exemplo, o número reduzido de policiais treinados para a segurança de militantes oriundos de comunidades tradicionais, da periferia e do campo.

Confira a seguir a trajetória e as lutas daqueles que estão em risco por buscar as transformações necessárias no Brasil:

MOVIMENTO QUILOMBOLA




PESCADORES ARTESANAIS




VIOLÊNCIA POLICIAL




INDÍGENAS




MOVIMENTO NEGRO




QUESTÃO URBANA




MOVIMENTO CAMPONÊS


Fonte: União Campo Cidade Floresta

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