agosto 30, 2011

Palestra: "A Divina Comédia", por Zemaria Pinto, na Quarta Literária do dia 14 de setembro

PICICA: "Ensaísta, dramaturgo, crítico e poeta, Zemaria Pinto é formado em Economia pela Universidade Federal do Amazonas, onde também fez especialização em Literatura Brasileira e, atualmente, é mestrando em Estudos Literários."




Manaus, 26 de agosto de 2011

Livraria Valer tem a satisfação de convidá-lo(a) para a Quarta Literária que acontecerá dia 14 de setembro, no Espaço Cultural da Livraria Valer, situado na Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro. O evento tem início às 16h30, com a exibição do filme O nome da Rosa. Em seguida, às 18h30, terá início a palestra sobre a obra A Divina Comédia, de Dante Alighiere, ministrada pelo escritor Zemaria Pinto. Estarão expostas no Espaço Cultural a Instalação “Atelier”, de Olivença, e obras de diversos artistas.

A Quarta Literária é um encontro mensal entre escritores, professores, estudantes e leitores, em que são discutidos temas ligados à literatura, às artes e à cultura em geral, firmando-se como um espaço para geração de novos conhecimentos e diálogo intelectual. Após as discussões há sorteio de livros e é servido o Chá Poético. Os encontros acontecem no Espaço Cultural Valer (altos da Livraria Valer) situado na Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro.A entrada é franca.


Sobre Dante Alighiere e A Divina Comédia

A Divina Comédia é um poema composto de um canto introdutório e de três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Cada parte é integrada por trinta e três cantos, totalizando, portanto, cem cantos. São muito discutidas as datas da composição do poema: muito provavelmente, Dante começou-o por volta de 1302, para depois nele trabalhar durante toda a sua vida. O título do livro, por extenso, é pelo próprio poeta apresentado na carta a Cangrande della Scala. Dante chamou à obra simplesmente “Comédia”, porque, como as comédias propriamente ditas, termina com um final feliz. Talvez lhe haja chamado “Comédia” ainda por modéstia, enquanto considera a Eneida como tragédia. O adjetivo “Divina” é um acrescento mais tardio, ao que reza a lenda, por Boccaccio. Apareceu impresso pela primeira vez na edição veneziana de 1555.

O poema, no seu conjunto, é a história da conversão do pecador a Deus. O poeta tencionava fazer da Divina Comédia principalmente sua obra de doutrina e de edificação, uma "Suma" que compreendesse o saber do seu tempo, da ciência à filosofia e à teologia. Por isso, o poema é repleto de significados alegóricos e ainda morais. Assim, por exemplo, Virgílio, que cantou os ideais de paz e justiça do Império Romano no tempo de Augusto, e que guia o poeta através do Inferno e do Purgatório, simboliza a razão integrada com a sabedoria moral, e é também a voz da própria consciência de Dante. Beatriz, a mulher amada que o guia no Paraíso, é a sabedoria cristã iluminada pela graça, a suprema sabedoria dos santos, a única que pode levar a Deus. Tudo no poema é perfeita construção alegórica, e nisto Dante limita-se a respeitar as regras do seu tempo: pois quantas não são de fato as obras medievais que referem as viagens ultraterrenas, devidamente arquitetadas para edificação do pecador? No poema dantesco há um sutil artifício que permite ao poeta encerrar nos seus cantos também a história do seu tempo. Dante imagina fazer uma viagem em 1300 e portanto refere naturalmente tudo quanto aconteceu antes desta data; mas, reconhecendo aos mortos a capacidade de prever o futuro, põe-nos a profetizar os acontecimentos públicos e particulares que não deseja deixar em silêncio.

 

Sobre Zemaria Pinto


Ensaísta, dramaturgo, crítico e poeta, Zemaria Pinto é formado em Economia pela Universidade Federal do Amazonas, onde também fez especialização em Literatura Brasileira e, atualmente, é mestrando em Estudos Literários. Além de inúmeras palestras sobre literatura, tem ministrado oficinas e cursos, com destaque para a poesia. Tem publicados os 11 livros: dois de poemas (Fragmentos de silêncio – 1995, Música para surdos – 2001), dois de haicais (Corpoenigma – 1994, Dabacuri – 2004); uma peça de teatro (Nós, Medéia – 2003), dois de ensaios para o vestibular (em 2000 e 2001, em parceria com o professor Marcos Frederico Krüger), organização de poemas de Octávio Sarmento (A Uiara & outros poemas – 2007) e um de teoria literária (O texto nu – 2009), além do recém-lançado ensaio O conto no Amazonas – 2011 e os juvenil A cidade perdida dos meninos-peixes.Próximos lançamentos: O beija-flor e o gavião (juvenil), em setembro, O urubu albino (infantil), em outubro, Viagens na casa do meu avô (infantil),Ensaios ligeiros (artigos), Drops de pimenta (contos), Lira da madrugada (ensaio) e A invenção do expressionismo em Augusto dos Anjos (ensaio). Peças de teatro: Papai cumpriu sua missão, Diante da justiça, O beija-flor e o gavião (encenadas); Nós, Medéia, A cidade perdida dos meninos-peixes (versão para o palco), Otelo solo e Cenas da vida banal (inéditas). Membro da Academia Amazonense de Letras desde 2004, Zemaria Pinto mantém os blogs: Palavra do Fingidor (http://palavradofingidor.blogspot.com), Poesia na Alcova (http://poesianaalcova.blogspot.com) e O Fingidor (http://ofingidor2008.blogspo.com), divulgando a literatura produzida no Amazonas.

Evento: Quarta Literária (exibição de filme, palestra e exposição)
Palestra: A Divina Comédia – Dante Alighiere
Palestrante: Zemaria Pinto
Filme: O Nome da Rosa
Exposição e Instalação: Olivença e diversos artistas
Promoção: Livraria Valer
Data: 14 de setembro de 2011
Horário: A partir das 16h30
Local: Espaço Cultural Valer – Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro
Contatos: Valer – (92) 3635-1324 / Palestrante: zemariapinto@hotmail.com
Entrada: Franca
  

Nenhum comentário: