PICICA: Leia aqui a Moção de Repúdio do Colegiado de Coordenadores de Saúde Mental contra a política higienista conhecida como "internação compulsória" para usuários de crack, medida contrária aos direitos humanos fundamentais da pessoa humana. Como se vê movimentos sociais e trabalhadores de saúde não querem o retrocesso da Política Nacional de Saúde Mental.
Movimento de saúde mental questiona financiamento do SUS a comunidades terapêuticas
Na quinta-feira, 11 de agosto, foi divulgado o Relatório Final da IV Conferência Nacional de Saúde Mental. Durante a tarde, Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria Geral de Presidência da República, recebeu usuários dos serviços de saúde mental, familiares, representante do Conselho Nacional de Saúde e de entidades profissionais da área, entre eles o presidente do Conselho Federal de Psciologia, Humberto Verona.
Além de apresentar o documento, solicitaram audiência com a presidenta Dilma Rousseff para posicionar-se contra o financiamento público, via Sistema Único de Saúde, para comunidades terapêuticas. Políticas nessa linha vão contra as deliberações da IV Conferência, organizada e referendada pelo governo Federal.
“Viemos aqui para dizer que estamos diante de um problema grave, pois enxergamos um retrocesso na política de tratamento dos usuários de drogas, que é contrário ao que prevê a Reforma Psiquiátrica e também um retrocesso no que a luta antimanicomial construiu”, disse Humberto Verona.
O ministro Gilberto Carvalho mostrou-se preocupado e disse que tentará levar à presidenta da República, destacando a importância de não haver retrocesso nas políticas da área. Ele disse que pedirá prudência do governo ao tomar providências sobre o tema. “Vou demandar à presidenta que não percamos o que foi avanço”, disse.
As entidades seguem buscando canais para conseguir audiência com a presidenta Dilma Rousseff sobre o tema, pois foram informadas que está agendada reunião com defensores das comunidades terapêuticas.
Fonte: CFP
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