II MOSTRA ENCERRA E PREMIA FILMES
Encerrou nesta quarta-feira, às 20 horas, no Teatro Gebes Medeiros, a II Mostra Amazônica do Filme Etnográfico, promovido pelo Núcleo de Antropologia Visual da UFAM e o Centro Universitário do Norte – UNINORTE, e patrocinado pela Secretaria de Estado da Cultura, FAPEAM e Secretaria Municipal de Cultura.
Na solenidade de encerramento, a homenagem prestada ao Pe. Casemiro Béksta – hoje com 86 anos - foi cheia de emoções. Além de contar com a presença do padre, foi exibido fragmentos de um filme seu enquanto o antropólogo Renato Athias comentava sobre sua trajetória desde que chegou ao Brasil até participar do processo de educação de povos do Alto Rio Negro, quando também gravou sons e imagens. Ao se dirigir para receber a homenagem, Pe. Casemiro expressou-se com um “muito obrigado” simples, curto, mas significativo.
O júri, composto por Fernando Valdívia, Marcius Freire, Beto Bertagna, Márcia Calderipe e Renato Athias – que substituiu Márcio Souza, acidentado no primeiro dia da Mostra -, atribuiu duas Menções Honrosas e não premiou a categoria de curta-metragem. As Menções Honrosas foram para From the Inside Out, de Jan Willen Meurkens, da Colômbia/Holanda, “por explorar a dimensão intercultural com os povos da Amazônia em sua proposta audiovisual”, e Nas Terras do Bem-Virá, de Alexandre Rampazzo, de São Paulo, “por sua indiscutível contribuição para a melhor compreensão dos problemas contemporâneos que afligem a região amazônica, em seus aspectos políticos, econômicos e sociais”.
O Troféu Muiraquitã de Melhor Média-Metragem foi atribuído, por unanimidade, a Deus é Ele, de Eduardo Duwe, de São Paulo, “por ter conseguido introduzir-se numa comunidade pouco receptiva ao olhar estrangeiro e com isto mostrar uma das facetas da religiosidade do povo da Amazônia”. Por fim, o Troféu Muiraquitã de Melhor Longa-Metragem foi entregue a Pirinop – Meu Primeiro Contato, de Mari Corrêa e Karané Ikpeng, de Pernambuco, “por realizar uma reflexão ampla e aprofundada sobre a história do contato de um povo indígena com a sociedade nacional, utilizando-se de uma estrutura narrativa que faz do expectador um participante dos dilemas dos personagens retratados”.
A coordenação da II Mostra, após a verificação dos votos manifestados pelo público participante, atribuiu o Troféu Muiraquitã do Júri Popular ao filme amazonense A Incrível História de Coti – o Rambo de São Jorge, de Anderson Mendes. Já o “Prêmio ABD-Amazonas”, instituído pelo júri da Associação Brasileira de Documentaristas – Seção Amazonas, foi concedido a dois filmes: ao amazonense A Saga do Piabeiro, de José Guedes, e o amapaense Alô, Alô, Amazônia, de Gavin Andrews.
Ao final, foi exibido o filme Xinã Bena – Novos Tempos, de Zezinho Yube, da etnia Hunikui, integrante do projeto Vídeo nas Aldeias, acentuando a marca desta II Mostra Amazônica do Filme Etnográfico de ressaltar a produção de cineastas indígenas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário