Irmãos e Irmãs, Amigos e Amigas.
Sucesso total a nossa semana da Consciência Negra.
Todos os nossos eventos foram sucesso, seja de público seja em qualidade de conteúdo.
Ontem o plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas esteve lotado durante a sessão especial pelo dia de Zumbí, 123 anos da abolição da escravatura no Amazonas. Seis placas foram entregues à pais e mães de Santo, sendo uma destinada à todos os pajés do estado do Amazonas. As placas foram uma iniciativa do Presidente da casa e representa o reconhecimento do povo do Amazonas a nossa religião e a contribuição que ela tem dado no processo de construção da identidade socio-cultural-econômica do estado.
O comparecimento das casas de santo demonstrou que estamos coesos no que se refere as reivindicações de políticas públicas, de inclusão social.
O comparecimento das Universidades Estadual do Amazonas e Federal do Amazonas, da Fundação Osvaldo Cruz, da Secretária Estadual de Articulações Gilza Batista, do Subsecretário Municipal de Direitos Humanos Dr. Barroncas mostraram o peso que as nossas federações via Coordanção Amazônica das Religiões de Matrizes Africanas - CARMAA obtiveram nos últimos anos em nossa sociedade.
O comparecimento de mais de duas mil pessoas no ato promovido pela CARMAA em conujunto com outros movimentos de negritude e em especial com escolas de samba, afonxé, capoeira e tambor de crioula, fato que se tornou manchete em todos os jornais de Manaus deu provas de que alcançamos maturidade nas ações de visibilidade bem como nas articulações com o poder público.
O triste disso tudo foi ontem, no grande expediente da Câmara Municipal de Manaus, quando o vereador Jorge Maia (PTB/Am) num ato de total desrespeito ao povo do santo, afirmou que Jesus condena a matança de animais e que continuamos sujando a cidade com nossos despachos.
Atacou-me pessoalmente, chamando-me de mal educado por ter lhe virado as costas quando ele e mais outros apaniguados da bancada evangélica vetaram o parque dos orixas.
Respondi a ele que se lhe virei as costas é porque a Câmara Municipal de Manaus nos fechou as portas em nossa cara. Recomendei-lhe um pouco mais de estudo sobre antropologia cultural e religiosa.
O clima ficou tenso e o presidente da Casa, ver. Leonel Feitosa, suspendeu a sessão alegando verificação de quorum.
Hoje o jornal a Crítica, na página do sim e não vem trazendo uma nota condenando a atitude do vereador pelo preconceito a nós.
Precisamos reagir, não podemos ficar calados.
Um grande abraço.
Manaus, 22.11.2007
Alberto Jorge
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