PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
agosto 31, 2008
Breve: Banda All That Jazz na Embaixada dos EUA em Brasília
Humberto Amorim e sua banda foram atração exclusiva nos momentos de descontração da visita do Embaixador do Estados Unidos da América Clifford Sobel e sua comitiva durante recente visita a Manaus.
Após a apresentação, o embaixador convidou a Banda para abrilhantar evento da embaixada em Brasília, a ser confirmado em breve.
Na fotografia, Humberto Amorim (de paletó cinza, ao lado do embaixador), os músicos da Banda All That Jazz e os integrantes da caravana do embaixador.
O fortalecimento do movimento jazzístico em Manaus tem na figura de Humberto Amorim o seu embaixador. Paid'égua, maninho!
Hoje tem homenagem a Frank Sinatra em Momentos de Jazz
No nosso programa Momentos de Jazz deste domingo a partir das 20h00 de Manaus pela Rádio Amazonas FM 101,5 degustaremos o tributo que prestam alguns amigos e admiradores de Sinatra como Steve Lawrence (cd Steve Lawrence Sings Sinatra), Tony Bennett (cd Perfectly Frank), Barry Manilow (cd Manilow sings Sinatra) Michael Bolton (cd Bolton sings Sinatra). Uma delícia de degustação musical para qual estão convidadíssimos todos os apreciadores das canções eternizadas na voz de Frank Sinatra.
Ate lá, até jazz.
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Humberto Sinatriano Amorim.
Dia 4/9: Lançamento do "Piauiês" na Feira do Livro, em Brasília. Imperdível!
O jornalista Paulo José Cunha está convidando toda a colônia piauiense em Brasília para o lançamento, na próxima quinta-feira, dia 04/08/08, a partir das 7 da noite, na 27ª Feira do Livro, no shopping Pátio Brasil, da 3ª edição da "Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês", uma obra de resgate dos termos e expressões tipicamente piauienses.
Esta edição é dedicada à memória do jornalista Abdias Silva, uma das maiores referências quando o assunto é bom caráter e jornalismo, nesta ordem. Piauiense de Campo Maior, foi amigo de Érico Veríssimo (que lhe deu o primeiro emprego em Porto Alegre), de Mário Quintana (de quem se tornou confidente), de Carlos Castello Branco (que o nomeou substituto exclusivo da famosa Coluna do Castello, quando saía em férias), entre outros cultores da língua. "Honrou a imprensa brasileira (nunca teve uma matéria desmentida). Ensinou a mim e a outros de nossa geração a importância de esmerilhar o texto à exaustão, na busca da expressão mais clara e elegante", diz Paulo José Cunha, na dedicatória.
Quando a primeira edição do “Piauiês” saiu, Abdias escreveu o seguinte texto:
“Desceu fundo no subsolo da “ganga impura” de nossa Flor do Lácio e voltou à superfície com as mãos cheias e no rosto a alegria infantil de quem descobrira um tesouro. Vejam o que eu achei – parece dizer ele, mostrando-nos o resultado de sua garimpagem: - uma coleção de pedras de todo tipo e valia”. (...)Com esta enciclopédia, Paulo José Cunha emparelha-se aos melhores pesquisadores de nosso linguajar e do nosso folclore. É uma boa caninha de ponta de alambique que a gente pode beber de uma talagada e sair porta a fora sem trambecar”
QUEM É PAULO JOSÉ CUNHA
Paulo José Cunha é um piauiense que nasceu no Rio de Janeiro. Jornalista, escritor, documentarista, trabalhou em O Globo, Jornal do Brasil e TV Globo. É autor de “O Salto sem Trapézio”, “A Noite das Reformas”, “A Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês”, “Vermelho - Um Pessoal Garantido” e “Caprichoso - A Terra é Azul”. É professor de Comunicação da UnB, onde dirigiu o Centro de Produção de Cinema e Televisão – CPCE. Está preparando para lançar até o fim do ano “Perfume de Resedá”, poema longo iniciado em 1984 e concluído em 2006. Documentarista premiado (“O Passageiro Precioso”), está concluindo os documentários “Brasília torturada”, sobre a repressão política na Capital Federal, e “A violinista que subiu ao céu”, história de um assassinato cometido no início do século passado num clube de luxo de Manaus. É repórter da TV Câmara, onde apresenta o programa "Comitê de Imprensa".
ALGUMAS OPINIÕES SOBRE EDIÇÕES ANTERIORES DO PIAUIÊS"
“Jornalistas, escritores e leitores não param de falar na “Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês”(...) O livro recompõe os fragmentos de uma identidade cultural obscurecida pela falta de um registro sistemático da fala e dos costumes piauienses. Nesse sentido, a obra de Paulo José Cunha não só cumpre o seu papel como suscita uma discussão eufórica sobre a identidade cultural do piauiense. Ela existe, está viva e muito bem, obrigado”- Anna Kelma Gallas, jornalista.
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“Ora, direis, mas ninguém lê uma enciclopédia por inteiro, muito menos com esse ridículo título. Pois eu lhes digo que sim, e nem precisa ser nenhum aficcionado como eu para subjugar-se à arte(manha) de seu autor”- Dalila Teles Veras, "Diário do Grande ABC".
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“São palavras (neologismos) desconhecidas da língua dita oficial, que servem para expressar os sentimentos mais diversos, que vão da troça à crítica social e ao lirismo. Neste sentido, a “Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês” é um prato cheio. Trabalho de garimpeiro fiel inclusive ao espírito popular da gaiatice”- Menezes y Moraes, poeta e jornalista.
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“Esta obra faz parte do lado bom de um Piauí querido por todos os que gostam desta terra” – Marcos Rezende Melo, jornalista.
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Parlamento Europeo votará en el Comité de Industria la Directiva de Energías Renovables
Una vez más tenemos la oportunidad de intentar influenciar al Parlamento Europeo, acerca de sus políticas de agrocombustibles.
El 11 de septiembre tendrá lugar una nueva votación: esta vez la Comisión de Industria (ITRE) votará la nueva Directiva europea de Energías Renovables, y uno de los temas será el porcentaje obligatorio (objetivo) de agrocombustibles que se deberá mezclar con los combustibles fósiles en los próximos años. La Unión Europea tiene proyectos que implican que en el año 2020, el combustible para el transporte contendrá un 10% de agrocombustibles. Esto es una locura, pues por supuesto no existen tierras en Europa (ni en el mundo) para satisfacer esta demanda.
Si se aprueban estas leyes, la Comunidad Europea estará obligando a sus ciudadanos a llenar los tanques de sus automóviles con cosechas que en realidad deberían utilizarse para alimentar a las poblaciones (en estos momentos, pasan hambre más de 1.100 millones de personas en el mundo). Además, con la destrucción de ecosistemas nativos -como los bosques tropicales y otros- se liberan cantidades de CO2 que más que detener el cambio climático, lo aceleran.
Para influenciar a los parlamentarios, será muy útil que organizaciones y grupos del Sur envien cartas informando acerca de diferentes impactos que los monocultivos/proyectos de agrocombustibles están teniendo en sus países. Cuanto más completa sea la carta y la documentación que puedan adjuntar (estudios, declaraciones, fotos, videos, etc.) será mejor pero también bastará con un mensaje como el del modelo de carta que les enviamos (ver abajo).
Muchos parlamentarios todavía necesitan esta ayuda para convencerse de que la idea de los agrocombustibles es realmente terrible!
Adjunto una lista de los parlamentarios que deben recibir las cartas.
Cuanto antes mejor, pues quedan pocos días, y los emails demoran algunos días en llegar a los MEPs, después de pasar por sus asistentes y otras burocracias...
Un saludo afectuoso
Guadalupe Rodríguez
www.salvalaselva.org
MODELO DE CARTA (PARA MODIFICAR SEGUN EL CASO PARTICULAR DE CADA PAÍS/ REGIÓN)
*Asunto: La Directiva de Energías Renovables debe rechazar agrocombustibles *
Estimado/a Eurodiputado/a,
Próximamente se votará en el Comité de Industria la Directiva de Energías Renovables. Le pedimos que rechace el objetivo del 10% de agrocombustibles y en cambio, exija p.ej. normas más firmes para los fabricantes de coches.
El incremento del uso de agrocombustibles en el transporte no es la solución a ninguno de los problemas de cambio climático ni de reducción de gases de efecto invernadero. Según recientes datos científicos las reducciones de emisiones de los agrocombustibles han sido claramente sobreestimadas y en muchos casos pueden ser incluso peores para el clima, no añadiendo nada a una estrategia factible y responsable contra el cambio climático.
Tal y como está ahora, la propuesta de la Comisión promocionaría la producción de estos agrocombustibles que de manera ya suficientemente probada incrementan la expropiación de tierras, la deforestación y el precios de los alimentos, propician las violaciones de los derechos humanos y otras actuaciones indebidas de las empresas transnacionales en los países del Sur Global.
Tiene Vd la posibilidad de corregir este error y prevenir los daños a la credibilidad de la política europea de cambio climático, votando el 7 de julio:
*
_contra el objetivo obligatorio de 10% de agrocombustibles_ –
incluso porcentajes más bajos también fomentarían la producción no
sostenible de agrocombustibles y no mandarían una señal clara a
los fabricantes de coches para invertir en tecnologías limpias.
Tenemos confianza de que, como diputado elegido por los ciudadanos, Vd ayudará a asegurar que las decisiones de la UE serán transparentes y equilibradas, valorando la amenaza para la biodiversidad y los problemas globales de hambre, frente a unas reducciones de GEI insuficientes e inciertas.
Reciba un cordial saludo,
FIRMA DE SU(S) ORGANIZACION(ES)
--
Guadalupe Rodríguez
Salva la Selva /Rettet den Regenwald
www.salvalaselva.org
www.regenwald.orghttp://www.stop-agrocombustibles.nireblog.com/
Büro Berlin
Hasenheide, 56
Tel.: -49- 30- 51736879
10967 Berlin, Alemania
Pauí protesta contra la destrucción del cerrado
Desde el 22.08.08 132 personas han participado en la protesta Protesta frente a la Gobernación de Piauí, en contra de la destrucción del cerrado
Las organizaciones denuncian: “La protección del cerrado de Piauí es de importancia fundamental para la conservación de los recursos de agua del río Parnaíba y sus afluentes”. De acuerdo a estas informaciones, la cuenca del Parnaíba es la fuente de agua potable para las numerosas comunidades de la zona. Su documento, dirigido al gobernador del estado, demanda el fin de la deforestación, la protección de los ecosistemas forestales (cerrado, caatinga, manglares y mata atlántica) que existen en el estado, así como la protección de los recursos de agua. Demandan además que el gobernador debe promover fuentes energéticas menos dañinas con el ambiente, como la eólica y la solar.
El gobernador del estado, Wellington Dias, miembro del Partido de los Trabajadores PT de Lula, ha sido reacio a escuchar estas preocupaciones. Cuando los grupos ambientales, sociales y de derechos humanos quisieron hacerle entrega del documento al gobernador a finales del mes de julio, éste no tuvo tiempo. Su falta de conocimientos en materia ambiental quedó de manifiesto en una reciente entrevista emitida por TV, en la que declaró que el desarrollo económico de Piauí no va a quedar en desventaja a causa de la protección ambiental.
Y eso es precisamene lo que los grandes inversores y los destructores del medio ambiente en Piauí quieren. Los líderes en actividades ambientalmente destructivas en Piauí son la corporación Bunge, la compañía minera Vale, la empresa de agrocombustibles Brasil Ecodiesel que pertenece a Eco Green Solutions, y la compañía maderera y de carbón JB Carbon, todas las cuales han ayudado a financiar la campaña electoral del gobernador.
Como gran parte de la región del cerrado de Mato Grosso ya ha sido destruida, empresas internacionales e inversores han puesto ahora sus ojos en las tierras estatales de cerrado pertenencientes, que están siendo entregadas de forma virtualmente gratuita. El cerrado, que pertenece en realidad a los indígenas y a grupos de población tradicionales está siendo privatizado y deforestado a golpe de concesión. El grupo ambiental regional FUNDAÇÃO ÁGUAS DO PIAUÍ (FUNÁGUAS) ha estado denunciando en especial a partir de 2007 a la compañía transnacional Bunge como una de las amenazas más grandes al medio ambiente en Piauí. Bunge es una de las procesadoras de soja más grandes a nivel mundial y domina el mercado de soja en Latinoamérica, lo que hace a la compañía directamente responsable de la destrucción de los bosques tropicales y del desplazamientos de población. Pero no sólo esto: de acuerdo a investigaciones de FUNÁGUAS, Bunge también quema directamente los bosques tropicales de Brasil. La madera de bosques tropicales, de acuerdo a FUNÁGUAS, es la mayor fuente de energía de seis grandes fábricas de Bunge en Mato Grosso do Sul, Goias, Bahia y Piauí. Los bosques del cerrado son particularmente biodiversos en especies raras de animales y plantas. Varias especies de primates lo habitan, así como el jaguar y el puma. El aguará guazú (del guaraní, "zorro grande") y el tapir también habitan esta zona. Lamentablemente, FUNÁGUAS reporta que a lo largo de Brasil, el 80% de las tierras de cerrado ya han sido destruidas o degradadas, principalmente como resultado de la producción de soja y deforestación para la producción de carbón y la utilización de la madera como combustible, las “fuentes de energía verdes” para las fábricas de soja y de acero. El cerrado de Piauí es particularmente biodiverso y único en el mundo, estar situado en la zona de transición entre la selva amazónica y la zona de caatinga, rica en cactus. El agronegocio internacional amenaza con destruir estos parajes de transición, todavía en gran parte intactos, para implementar sus monocultivos de soja, jatropha y aceite de castor. La soja ya se encuentra plantada en miles de hectáreas de Piaui, crece más y más cada día. Es la corporación transnacional de soja Bunge sobre todo la que está conduciendo a la destrucción del bosque de cerrado en Piauí. Bunge ni siquiera paga impuestos al gobierno, dice FUNÁGUAS. También se están plantando transgénicos. El pasado mayo, la agencia agrícola Embrapa introdujo dos tipos de organismos genéticamente modificados en Piauí.
Con todo, el cerrado no es únicamente un paraíso para animales y plantas: es además el hogar de miles de personas, pequeños campesinos, indígenas, quienes también ven amenazadas sus fuentes de sustento y sus hogares debido al boom de la soja y a las hidroeléctricas. De acuerdo a FUNÁGUAS, el río Pamaiba y sus bosques de cerrado son una herencia natural de enorme valor para la humanidad. No deben ser sacrificados a costa de los monocultivos y las hidroeléctricas. Por favor, escriba al gobierno de Piauí y proteste en contra de la destrucción del cerrado!
Escriba al gobierno de Piauí y proteste en contra de la destrucción del cerradoe en
http://www.salvalaselva.org/protestaktion.php?id=305
agosto 30, 2008
Enlace Zapatista: La injusticia continúa
La injusticia continúa en el caso de l@s compañer@s pres@s de Nueva Castilla, en Nuevo León
Posted: 29 Aug 2008 12:12 AM CDT
La injusticia continúa, a 12 días hábiles de que se resolviera a favor el amparo contra la detención y los delitos que le imputan a nuestro compañero y amigo Gerardo Armendáriz, la Juez María Francisca Marroquín lo vuelve a declarar culpable. A pesar de que a lo largo de estos tres meses el ministerio [...]
La comunidad autónoma wixarika de Bancos de San Hipólito denuncia el nuevo intento de explotación de su bosque, que pretenden caciques de San Lucas de Jalpa, así como las amenazas e intimidación con armas de fuego a sus autoridades.
Posted: 28 Aug 2008 06:07 PM CDT
COMUNIDAD AUTÓNOMA WIXARIKA DE BANCOS DE SAN HIPÓLITO, DURANGO. Nuestra comunidad Autónoma Wixárika de Bancos de San Hipólito, Municipio de Mezquital, Durango. Forma parte del territorio del pueblo Wixárika, hemos formado y pertenecido históricamente a nuestra comunidad madre de Tatei Kie (la casa de nuestra madre) San Andrés Cohamiata, Jalisco, juntos hemos compartido los ritos y [...]
Argentina: Militares da ditadura são condenados à prisão perpétua
por Michelle Amaral da Silva — Última modificação 29/08/2008 10:01
Repressores se justificaram dizendo que suas práticas no poder faziam parte de uma "guerra contra a subversão marxista"
28/08/2008
Da redação
Leia mais:
Julgamento de repressores argentinos chega à etapa final
Análise: Todas as acusações são certas
Os ex-generais argentinos Antonio Bussi e Luciano Menéndez foram condenados hoje à prisão perpétua pelo seqüestro, torturas e desaparecimento do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse, durante a última ditadura militar na Argentina (1976-1983).
Esta é a primeira condenação por crimes de lesa-humanidade recebida por Bussi, de 82 anos, que foi governador da província de Tucumán (noroeste da Argentina) durante o regime militar e a democracia (1995-1999).
No entanto, o Tribunal Oral Criminal Federal de Tucumán concedeu o benefício da prisão domiciliar a Bussi, gerando confrontos entre membros das forças de segurança e de organizações humanitárias e partidos de esquerda.
Durante o julgamento, os militares se justificaram dizendo que suas práticas no poder faziam parte de uma "guerra contra a subversão marxista". Eles também são indiciados por centenas de crimes de lesa-humanidade. Em sua fala, Bussi sustentou que a detenção de pessoas depois do golpe de 24 de março “somente tinha como objetivo neutralizar possíveis opositores à consolidação política da Junta de Comandantes, e não torturá-los nem, muito menos, matá-los”.
O repressor Luciano Benjamín Menéndez insistiu que a Argentina “padeceu uma guerra, de 1960 em diante, impulsionada pela subversão, contra governos de todos os símbolos políticos”. “É falso o que vêm sustentando os subversivos marxistas de então, já que chamam repressão ilegal as operações defensivas das forças legais e de todos os governos, desde (Humberto) Illia, (Arturo) Frondizi e (José María) Guido até (Juan Domingo) Péron”, afirmou Menéndez.
Bussi já havia admitido perante o tribunal, em 8 de agosto, que as acusações feitas a ele por vítimas sobreviventes, familiares de desaparecidos e mortos e organismos de direitos humanos sobre o terrorismo de Estado no país, eram certas. (Com informações de agências internacionais, Telesur e Página 12)
Fonte: Brasil de Fato
África estuda programas brasileiros voltados à redução da pobreza e da fome
Programas brasileiros voltados à redução da pobreza e da fome, como o Bolsa Família, podem inspirar iniciativas de proteção social em seis países africanos. Uma missão com 28 representantes de Angola, Gana, Moçambique, Namíbia, Quênia e Tanzânia vêm ao Brasil na segunda-feira (25/08) para conhecer projetos e participar de seminário sobre pobreza. A expectativa é que o encontro resulte em um acordo de cooperação técnica entre o Brasil e as nações africanas.
Leia o texto na íntegra no CEBES
Anencefalia: repercussão na grande imprensa
Anencefalia: repercussão na grande imprensa
Posted: 29 Aug 2008 01:18 PM CDT
Mulheres de Olho selecionou trechos de matérias publicadas hoje, 29, trazendo para seu público um panorama do que repercutiu sobre a sessão de ontem, em que o Supremo ouviu cientistas, deputados e uma militante do movimento contrário ao aborto a respeito da liberalização da interrupção da gravidez nos casos de anencefalia.
Caso Marcela e a questão do diagnóstico
“A classe médica… foi unânime em afirmar que a anencefalia é letal em 100% dos casos e que o diagnóstico, que pode ser feito entre a oitava e a décima semana de gravidez, é incontestável e irreversível” (O Globo)
“O depoimento de especialistas em medicina fetal em audiência pública realizada ontem no Supremo Tribunal Federal pôs em xeque um dos principais trunfos que vinham sendo usados por quem se opõe à ação judicial que pede a liberação de aborto em caso de feto com anencefalia”. (O Globo)
José Aristodemo Pinotti, médico e deputado federal (DEM-SP): “[A anencefalia é] letal em 100% dos casos”… “Houve um erro de diagnóstico no caso da Marcela. Não era um feto anencéfalo”.(O Estado de S.Paulo/ OESP)
Roberto D’Ávila, do Conselho Federal de Medicina, disse acreditar que a garota tinha anencefalia, ainda que tenha tido uma sobrevida atipicamente maior. Mas defende que a discussão do aborto nesses casos não seja feita com base em exceções. (Folha de S.Paulo/ FSP)
Everton Pettersen, da Sociedade Brasileira de Medicina Fetal, afirmou que a criança [Marcela] tinha na verdade merencefalia, que é a ausência de parte do cérebro, o que permitiu sua sobrevida. (Correio Braziliense/ CB)
Everton Pettersen garantiu que a menina Marcela de Jesus, que foi diagnosticada como anencéfala e viveu 1 ano e 8 meses, não era portadora da anomalia. Segundo ele, Marcela tinha merocrania. Peterssen informou que a anencefalia pode ser diagnosticada com 100% de segurança a partir da 8ª semana de gestação. (OESP)
Everton Pettersen mostrou imagens de uma ressonância magnética de Marcela, afirmando que ela tinha parte do cerebelo e resquícios do lóbulo temporal, localizado num dos hemisférios cerebrais. “A anencefalia, explicou, se caracteriza pela ausência de hemisférios, ausência de cerebelo e tronco cerebral rudimentar, o que descarta a possibilidade de Marcela ser portadora do problema”. (O Globo)
O Ministro da Saúde José Gomes Temporão afirmou: “O mais importante desse debate até o momento foi ter sido desvendada a farsa sobre essa menina, que não era um bebê anencéfalo. Havia estrutura cerebral complexa, uma situação distinta.” (FSP)
Marco Aurélio Mello concorda com a posição dos médicos de que o diagnóstico estava errado: “Não se terá mais o gancho que se teria pela não-interrupção da gravidez do caso da Marcela”. (CB)
Incidência, riscos e possibilidade de transplante
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, Salmo Raskin, a ocorrência de anencefalia é mais comum no Brasil do que se imagina (oito nascimentos por dia/ 3 milhões de nascimentos por ano). Em São Paulo, a incidência é maior - de um para 600. (CB)
Salmo Raskin, disse que a cada três horas nasce uma criança anencéfala no país. Conforme especialistas, em mais de 50% dos casos a morte do feto se dá durante a gestação. (FSP)“Especialistas sustentam que mães correm risco de morte”. (CB)
Jorge Andalaft Neto, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, citou estudo com 80 grávidas de anencéfalos que detectou uma série de problemas de saúde das mães decorrentes da anomalia do feto, como hipertensão e perda do útero. Segundo o médico, no ano passado foram registrados no Estado de São Paulo 84 casos de anencefalia. (OESP)
Jorge Andalaft Neto apresentou dados de estudo da Universidade Federal de São Paulo/ Unifesp, com 80 mulheres que geraram fetos com anencefalia. Metade delas apresentou variações no líquido amniótico - o bebê não consegue deglutir o líquido e este se acumula podendo gerar problemas renais para a mãe. Outros problemas são hipertensão, diabetes, parto prematuro, sofrimento psíquico e até necessidade de retirada do útero. Só 2,8% não tiveram complicação. (FSP)
O presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, Salmo Raskin, rebateu a alegação - usada pelos contrários ao aborto de anencéfalos - de que os bebês com a anomalia poderiam ser doadores de órgãos. Para ele anencéfalos não podem ser doadores porque têm múltiplas deficiências e seus órgãos são menores do que os das crianças saudáveis. Ressaltou também que não se faz transplante antes do 7º dia de vida. Como um bebê anencéfalo vive no máximo algumas horas ou poucos dias, isso impossibilitaria as doações. (OESP)
Luís Roberto Barroso, representante da CNTS na ADPF, enfatizou como importantes as informações de que o diagnóstico é seguro, que gestação traz mais riscos para a mãe e que os órgãos do bebê não servem para transplante. (FSP)
Posições contra e a favor da ADPF
Luiz Bassuma (PT-BA), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, disse que o STF estaria legislando no lugar do Congresso ao votar a matéria. Marco Aurélio Mello rebateu a crítica: “Não estamos legislando. Estamos, sim, interpretando o arcabouço normativo e tornando-o eficaz”. (FSP)
Sérgio D’Ávila, do Conselho Federal de Medicina, disse que a proibição do aborto nos casos de anencefalia deixa médicos e pacientes reféns da Justiça: “Uma decisão importante que deve ser tomada entre médico e paciente hoje depende do humor do juiz de plantão”. Ele ressaltou que o que se quer é apenas autorizar o direito ao aborto às mulheres que assim desejarem, respeitando-se o direito daquelas que quiserem continuar a gravidez. (CB)
Lenise Garcia, professora de biologia da Universidade de Brasília (UnB) e presidente do Movimento Nacional Brasil sem Aborto, disse que “O aborto do anencéfalo caracteriza-se sim como aborto eugênico. É aborto mesmo, vamos parar com eufemismo. O anencéfalo é um deficiente, ele não é um morto-vivo”. (CB e O Globo)
Lenise Garcia disse: “O anencéfalo é um deficiente, ele não é um morto-vivo”. (O Globo)
O deputado Luiz Bassuma (PT/BA) afirmou: “O aborto do anencéfalo caracteriza-se, sim, em aborto eugênico, vamos parar com eufemismos”. (O Globo)
Thomaz Gollop, representante da SBPC disse que 41 países do mundo, inclusive o Irã, permitirem o aborto de anencéfalos. (O Globo)
Opinião dos ministros e perspectivas para o processo
“Anencefalia: médicos derrubam tese antiaborto”. (manchete de O Globo)
Ministro Gilmar Mendes, presidente do STF (que ontem também compareceu à sessão): “Gostaria de saudar a iniciativa do ministro Marco Aurélio, que está fazendo esse diálogo complexo com a comunidade científica, com a sociedade em geral, e trazendo para o tribunal esses subsídios e múltiplas visões. (CB)
O ministro Marco Aurélio Mello disse acreditar que, a partir dessa informação [sobre o diagnóstico de Marcela], será difícil votar contra a ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Saúde (CNTS): “Não se terá mais o gancho que se teria pela não-interrupção da gravidez do caso da Marcela”. (O Globo)
Fazendo referência à forte oposição da Igreja Católica a qualquer forma de interrupção da gravidez, Marco Aurélio Mello disse: “Creio que o tribunal de hoje é menos ortodoxo. Espero um placar acachapante: 11 a zero”… “Vivemos sob a égide não do direito canônico mas do direito em si elaborado pelo Congresso Nacional”. (FSP)
O ministro Carlos Alberto Direito, presente na sessão de ontem, sinalizou que deve votar contra a tese: “nem sempre os melhores profissionais fazem diagnósticos absolutos” (FSP).
Angela Freitas/ Instituto Patrícia Galvão
Na contramão do partido, Bassuma enfrentará Comissão de Ética
Posted: 29 Aug 2008 11:56 AM CDT
A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) acatou esta semana uma representação da Secretaria de Mulheres, datada de 8 de maio, através da qual foi solicitada a instalação de uma Comissão de Ética para avaliar a atuação dos deputados Henrique Afonso (AC) e Luiz Bassuma (BA), no que diz respeito ao descumprimento de resoluções do partido acerca do aborto.
Em setembro de 2007, após muita polêmica, o 3º Congresso Nacional do partido consensuou sobre a defesa da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento de todos os casos no serviço público. Isto significa que, nas diferentes instâncias em que atuam, petistas devem respeitar esta direção, e a demanda é pela expulsão de quem não acatar as resoluções partidárias relativas aos direitos e à autonomia das mulheres.
Esta não tem sido, de modo algum, a postura de vários deputados, com destaque para Luiz Bassuma, que afronta o partido e a Secretaria de Mulheres do PT com sua ação incisiva no Congresso Federal. Ele tem defendido e apresentado projetos de lei retrógrados, e atualmente presidente a Frente Parlamentar pela Vida - Contra o Aborto. Esta inserção lhe conferiu ontem, 28, legitimidade para discorrer contra a liberalização do aborto por anencefalia, no STF, indo mais uma vez na contramão das diretrizes partidárias.
Sete testemunhas deverão ser ouvidas, e materiais gravados poderão servir de prova para atestar posturas antiabortistas. Para as petistas que empunham esta bandeira na esturtura partidária a vitória é simbólica. Entretando, não há ilusões. O fato da Comissão Executiva acatar a demanda das mulheres é um começo, mas as pressões serão fortes para barrar o processo, cujo desfecho dependerá do jogo de forças dentro do PT, o que em ano eleitoral ganha um adicional de complicação.
Angela Freitas/ Instituto Patrícia Galvão
Governo do Brasil vai a julgamento no Tribunal Latinoamericano da Água, na Guatemala
Governo do Brasil vai a julgamento no Tribunal Latinoamericano da Água, na Guatemala
Mônica Pinto / AmbienteBrasil
O Governo do Brasil é réu em um dos casos a serem julgados pelo Tribunal Latinoamericano da Água (TLA) no próximo dia 11, em sessão a ser realizada na cidade de Antigua, na Guatemala. O TLA é um Tribunal Internacional ético e promove sessões de julgamento de conflitos na América Latina que envolvam danos aos recursos hídricos e a comunidades ribeirinhas, tradicionais e indígenas (para conhecer todas as causas a serem apreciadas na reunião, em Espanhol, clique aqui).
Leia o texto na íntegra em Ambiente Brasil
agosto 29, 2008
A influência de Lula nas eleições-2008
A influência de Lula nas eleições-2008
A jornalista Cristiana Lôbo, uma das principais porta-vozes da TV Globo, nunca escondeu a sua antipatia pelo governo Lula, às vezes beirando o mais puro preconceito de classe. Durante a CPI do mensalão, em 2005/2006, ela torceu pelo impeachment do presidente. Nas deprimentes mesas redondas do Programa do Jô, ela sempre foi uma das mais ásperas nas críticas, com suas tiradas udenistas de paladina da ética. Numa entrevista à revista Época, da mesma Globo, até anteviu a derrota de Lula na sucessão de 2006. “Cada vez mais, ele tem menos chances [de se reeleger]. O cenário, definitivamente, não é mais favorável ao presidente Lula”, previu a desastrada vidente.
Agora, porém, a comentarista, mesmo mantendo o seu viés oposicionista, está convencida de que Lula será o grande vitorioso das eleições municipais de outubro. Na abertura do horário político gratuito, em 19 de agosto, ela se mostrou surpresa com o prestígio do atual presidente. “Todos os candidatos, até alguns da oposição, querem tirar fotos com ele”, afirmou Lôbo no Jornal das Dez, da Globo News. Para ela, isto é um fato inédito nas últimas campanhas eleitorais. Afinal, “Lula já caminha para o final do segundo mandato e mantém sua força”. Ela só não lembrou, por motivos óbvios, o triste fim de FHC, na qual ninguém queria a sua companhia nos palanques ou nas fotos.
Pegando carona no prestígio
A influência de Lula neste pleito parece inquestionável. “Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, há 179 candidatos de nome Lula nas eleições de 2008. Somente em Recife são seis, o maior número de Lulas em uma só cidade”, informa a revista Carta Capital, que entrevistou alguns dos postulantes à vereança que almejam pegar carona neste prestígio. Até tucanos e demos famosos pela postura hidrófoba contra o governo evitam atacá-lo nesta campanha. O prefeito Beto Richa, candidato do PSDB à reeleição em Curitiba, estreou o programa eleitoral na TV e rádio de forma bastante curiosa: “Quero fazer agradecimentos. Primeiro ao governo do presidente Lula”.
Tamanho prestígio decorre, entre outros fatores, da tímida recuperação da economia, após duas “décadas perdidas”, com o seu efeito mais visível dos recordes mensais de empregos formais; da ampliação dos programas sociais, que hoje atingem mais de 11 milhões de famílias, retirando-as da total exclusão; e do próprio carisma do presidente. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com as suas obras de infra-estrutura e benfeitorias sociais, é outro forte cabo-eleitoral. Já a valorização do salário mínimo e a ausência de ataques frontais aos direitos dos trabalhadores, diferentemente do ocorrido no primeiro mandato, evitam a rejeição dos setores mais organizados.
A sedução da classe média
Neste cenário aparentemente mais tranqüilo, a popularidade de Lula dispara em todo o país, em especial nas regiões antes mais apartadas do Norte e Nordeste, onde os índices de aprovação do presidente passam de 70%. O fenômeno do lulismo, entretanto, hoje já ultrapassa estas fronteiras. Como apontou recente reportagem da Carta Capital, com o maior dinamismo da economia, Lula passa a seduzir até as camadas médias do Sul e Sudeste, antes tão avessas ao presidente-operário. A queda da taxa de pobreza (de 35% em 2003 para 24,1% em 2008) e da taxa de indigência (de 13,7% para 6,6%) ajuda a aquecer o mercado interno, beneficiando a classe média elitista.
Estes fatores é que explicam porque “todos os candidatos querem sair na foto com Lula”. Lôbo insiste em não enxergar, ou esconder, a realidade. Mas, como diz o jornalista Alon Feuerwerker, ela justifica tamanho prestígio. “Seis anos depois [da sua primeira eleição], Lula continua dono absoluto da agenda social, sem ter perdido o voto de confiança quanto à estabilidade. E, mesmo que o crescimento médio da economia não seja nenhuma Brastemp, os números da criação formal de empregos batem de longe as estatísticas dos oito anos do consórcio PSDB-DEM”.
Para ele, tudo indica que Lula sairá fortalecido das eleições municipais e que “já tem o discurso pronto para 2010. Ele dirá que é preciso continuar com a distribuição de renda, com o combate à pobreza, com a criação de empregos. Lembrará também que o governo do PT não descuidou da inflação, esse algoz dos socialmente menos favorecidos. E deixará que as velas da campanha sejam enfunadas pelos ventos estatistas e nacionalistas que sopram cada vez mais fortemente em todo o planeta. A figura de Dilma Rousseff é adequada ao roteiro. E a oposição, dirá o quê?”.
O eleitor não é bobo
É neste cenário mais favorável que muitos candidatos a prefeito e a vereador, até dos partidos da oposição liberal-conservadora, tentam pegar carona no prestígio do presidente. Alguns aliados, inclusive do PT, que abandonaram Lula nos momentos da sua maior crise política, agora viraram lulistas de carteirinha. Não perdem uma solenidade de inauguração das obras do PAC e utilizam fotos antigas para justificar suas “sólidas relações”. Mas o eleitor não é bobo. Como argumenta Jairo Nicolau, um dos maiores especialistas em tendência do eleitorado no país, o uso da imagem do presidente não se transfere automaticamente para os que hoje afirmam apoiar o presidente.
Outros fatores pesarão na definição do candidato, como sua trajetória política e os projetos para a cidade. “A movimentação dos candidatos em direção ao presidente é natural. Como ele tem alta popularidade, eles vão querer se associar. Mas ele é mais um ator na eleição, não o que define. A agenda local terá mais importância”, sustenta o professor do Iuperj. Ele lembra os casos de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro, onde os candidatos petistas estão em baixa. “Se o candidato não mostrar competência, o apoio será insuficiente. Ele pode tentar convencer que é a continuidade, mas pode vir outra candidata, como a Jô Moraes, e mostrar que ela tem relação com Lula”.
Fonte: Blog do Altamiro Borges
Verbas “indenizatórias” e eleições municipais
A Transparência Brasil apresenta estudo (www.excelencias.org.br/indeniza.pdf) em que detalha a utilização das chamadas verbas “indenizatórias” por parte de parlamentares de seis Casas legislativas, incluindo-se todos os que são candidatos nas eleições de 2008.
A verba “indenizatória” é um estipêndio mensal, a título de ressarcimento, a que cada deputado federal, senador, deputado estadual ou distrital e vereador tem direito, alegadamente para apoiar as suas atividades parlamentares.
Os dados são recolhidos pela Transparência Brasil e publicados na ficha de cada político no sítio de Internet do projeto projeto Excelências (www.excelencias.org.br).
As informações sobre o uso dessas verbas são agregadas numa interface interativa (www.excelencias.org.br/@resumo_verbas.php) que permite diversos tipos de filtragens.
Eis alguns números:
* Em média, cada um dos 85 deputados federais que são candidatos nas eleições municipais embolsa R$ 5,4 mil em transportes e estadias por mês. Com essa quantia é possível encher o tanque de gasolina de um Uno Mille 45 vezes. Isso sem contar a verba para passagem aérea, benefício a que todo deputado tem direito – até os que foram eleitos pelo Distrito Federal;
* Os senadores-candidatos gastam em média R$ 8 mil por mês com transportes e estadias;
* Na Assembléia do Rio Grande do Sul, os dez parlamentares-candidatos gastam em média R$ 6,1 mil por mês com transportes e estadias e R$ 2,4 mil com divulgação e consultorias;
* Entre os vereadores de Porto Alegre, a média observada de gastos mensais com transportes é de R$ 1,4 mil, o que equivale a encher 11 vezes de gasolina o tanque de combustível de um automóvel Uno Mille;
* Na Assembléia Legislativa de São Paulo, os 28 parlamentares-candidatos são “indenizados”, na média, em quase R$ 4 mil por mês por despesas com consultorias e divulgação;
* Os vereadores paulistanos gastam todos os meses, em média, R$ 6,3 mil por cabeça com consultorias e divulgação; seis deles gastaram em onze meses mais de R$ 100 mil nessa rubrica.
Visite todos os dias o projeto Deu no Jornal, que traz o noticiário sobre corrupção e controle publicado em 59 jornais e revistas de todo o país.
Acostume-se a consultar o projeto Às Claras, que traz informações sobre quem paga quem em eleições.
Conheça a radiografia feita pela Transparência Brasil sobre as finanças dos municípios catarinenses desde 1997.
Resolva dúvidas sobre licitações públicas no projeto Assistente Interativo de Licitações. Verifique se um determinado edital está de acordo com as regras.
Utilize a Multibusca para obter informações a respeito de pessoas e empresas presentes em centenas
O clamor pela Conferência de Comunicação
O clamor pela Conferência de Comunicação
Por Altamiro Borges - de São Paulo
Diante da encarniçada resistência de setores do governo Lula em realizar a almejada Conferência Nacional de Comunicação, os arrojados baianos decidiram "chutar o pau da barraca". De 14 a 16 de agosto, em Salvador, cerca de 400 delegados eleitos e observadores de várias partes do Estado realizaram a 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia. Como afirma Maurício Thuswohl, da Agencia Carta Maior, o evento "já faz parte da história da luta pela democratização da mídia no Brasil" e serviu de forte impulso para dobrar as relutâncias no interior do governo federal.A "Carta da Bahia", aprovada na ocasião, apresenta várias propostas para democratizar os meios de comunicação e será encaminhada ao presidente Lula. "Sem a prática da livre produção social de conteúdo nas escolas, portais da internet, salas virtuais, jornais, revistas, cinemas, rádios e televisões, isto é, sem a democracia na comunicação, não nos produziremos como seres sociais políticos - cidadãos e cidadãs - capazes de pensar coletivamente e dialogar com os nossos representantes nas esferas e instâncias do Estado brasileiro", adverte o documento.
Leia o texto na íntegra em Correio do Brasil
Café Adrianópolis apresenta jazz na voz de Humberto Amorim
Em tempos de jazz, o cantor Humberto Amorim é a atração musical desta sexta-feira, dia 29, a partir das 21h30, no Café Adrianópolis (rua Salvador, 295 – Adrianópolis). O couvert artístico custa R$ 10 (por pessoa).
Segundo o jazzista, para esta apresentação ele vai fazer uma misturade musica americana com as varias manifestações musicais brasileiras. "Procuramos trabalhar os arranjos de forma eclética, sem abandonar araiz do jazz", disse.
Ele conta que se inspirou no Festival de Jazz para compor este trabalho e que o publico que for ao Café Adrianópolis poderá assistirum show de qualidade. "Fizemos um trabalho para que os apreciadores da boa música possam sair satisfeitos", afirma.
Para este show Humberto traz no repertório músicas de Cole Poter, Henry Mancini e Irving Berlin. Sua banda será composta por Cezar Serafim (piano), Roger Vargas (contrabaixo Acústico), Leonardo Pimentel (bateria) e Julio Leal (saxofone).
Mais informações poderá ser obtida pelo fone: (92) 2101-2010 ou 3584-1512
Hidrelétrica do Jirau: novo local fere Constituição
Proposta para novo local de Jirau fere Constituição, diz MPF
A proposta do Consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), liderado pela Suez, de construir a hidrelétrica de Jirau, do Rio Madeira (RO), a nove quilômetros do local original foi interpretada pelos Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal de Rondônia (MPF/RO) como uma violação ao edital do leilão, à lei de licitações e à legislação ambiental. "A relevância do fundamento encontra-se no descumprimento das resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), dos dispositivos da Constituição Federal e da Lei de Licitações, que estão sendo sistematicamente violados pela pretensão do réu Enersus", argumentam o procurador da República Heitor Alves Soares e a promotora de Justiça do MPE, Aidee Torquato Luiz, em ação civil pública ambiental movida contra o leilão da usina.
Leia o texto na íntegra em Ambiente Brasil
agosto 28, 2008
Jornal publica artigo crítico sobre Crivella
Mulheres de Olho
Jornal publica artigo crítico sobre Crivella
Posted: 27 Aug 2008 05:25 PM CDT
No dia 19 de agosto o Correio Braziliense publicou artigo de Margareth Arilha e Sandra Garcia, que analisa criticamente a proposta do candidato Crivella à prefeitura do Rio de Janeiro, em torno da esterilização, inserindo-a como uma questão mais ampla dentro dos processos eleitorais no Brasil e no mundo. O artigo merece ser reproduzido. Ele complementa outro artigo que publicamos aqui, sobre o mesmo tema. E um terceiro, publicado por Carla Rodrigues em seu blog (e que também reproduzimos aqui).
Segue o artigo, na íntegra:
“Disputas eleitorais e direitos reprodutivos”
MARGARETH ARILHA - Mestre em psicologia social e doutora em saúde pública, é diretora-executiva da Comissão de Cidadania e Reprodução.
SANDRA GARCIA - Doutora em demografia, pesquisadora do Cebrap e coordenadora do GTPopulação e Gênero da Abep.
A oferta de cirurgias de esterilização feminina tem sido, historicamente, moeda de troca em campanhas eleitorais. Embora a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde registre a existência, em 2006, de 22% de mulheres esterilizadas, contra 27% 10 anos antes, quando a Lei do Planejamento Familiar foi sancionada, essa ainda é uma opção anticonceptiva muito desejada pela população feminina. A novidade desta eleição municipal é que o senador Marcelo Crivella vem trazendo para a capital do Rio de Janeiro a mesma proposta que muitas vezes seduziu mulheres sem acesso à informação ou a outras opções de métodos contraceptivos: promete levar aos pobres a cirurgia que já é gratuita na rede pública de saúde, usando um discurso populista e equivocado que pretende associar combate à pobreza ao controle da fecundidade.
Ao visitar uma comunidade pobre na Zona Norte da cidade em que pretende ser prefeito, Crivellafortemente identificado com os neopentecostais, associou pobreza com ausência de controle da fecundidade, em uma clara tentativa de se colocar em posição oposta à da Igreja Católica,que há 40 anos condena — desde a encíclica Humanae Vitae — o uso de métodos contraceptivos. O direito que os cidadãos e cidadãs deste país têm no planejamento e controle da própria reprodução assume assim caráter religioso, somando-se a outras questões de igual importância no cenário dos direitos humanos e de âmbito federal, tais como a legalização da interrupção voluntária da gravidez, contracepção de emergência e união civil para pessoas do mesmo sexo.
Tem sido assim sempre, em disputas eleitorais locais, nacionais ou internacionais, ou seja, aquestão aparece menos para que se tomem medidas efetivas, e mais para definir o matiz ideológico do candidato ou da candidata. É pena que seja assim, porque em nosso caso atual, os prefeitos têm importante contribuição a dar na implementação das políticas definidas no âmbito federal. Pensando na Lei do Planejamento Familiar, por exemplo, caberá ao sucessor de Cesar Maia decidir pela implementação da distribuição da contracepção de emergência, prevista pelo Ministério da Saúde, mas dependente da iniciativa municipal para ser posta em prática.
A entrada dos neopentecostais na política se deu, há 20 anos, principalmente em questões relacionadas à família, ao casamento e à sexualidade. Distinguem-se dos católicos pelo fatode seguirem a orientação religiosa no que se refere às praticas e comportamentos sexuais e reprodutivos. No entanto, vincular pobreza ao controle da fecundidade com pinceladas religiosas não é pior do que a atuação da Igreja Católica neste campo. Um bom exemplo foi a influência da diocese local de Jundiaí sobre os poderes locais para vetar, com a aprovação de uma lei, o uso da contracepção de emergência na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Em continuidade, a Igreja Católica local vem expressando seu desejo de que os candidatos a cargos eletivos municipais evidenciem em seus programas de ação seu compromisso com posições de ‘defesa da vida’ — ou seja, suas posições sobre a contracepção de emergência, legalização do aborto e uso de células-tronco — para garantir o voto católico.
Preocupação tão intensa com a agenda dos candidatos no campo dos direitos reprodutivos chama a atenção. A sexualidade e a reprodução têm se tornado um campo de disputa política e religiosa, em que forças neopentecostais ou católicas estão defendendo posições morais e dogmáticas cometendo assim o mesmo erro: impor convicções religiosas ao conjunto de uma sociedade que se pretende democrática, inclusiva e laica.
CORREIO BRAZILIENSE - Brasília, terça-feira 19 de agosto de 2008 - OPINIÃO.
Margareth Arilha (Comissão de Cidadania e Reprodução) e Sandra Garcia (GTPopulação e Gênero da Abep)
Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês
A “Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês” – 3ª Edição, de autoria do jornalista, poeta e professor Paulo José Cunha será lançada no próximo dia 4 de setembro/2008, quinta-feira, a partir das 19h, durante a 27ª Feira do Livro de Brasília, no Shopping Pátio Brasil.
O livro reúne palavras e expressões tipicamente piauienses, com farta exemplificação do emprego de cada verbete, a partir da literatura, da publicidade e do jornalismo piauienses, além de exemplos recolhidos dos principais personagens da cena cultural e artística do estado. Foi escrito em linguagem bem humorada e depois de intensa pesquisa que alcançou os principais dicionários e grandes paremiologistas como Fontes Ibiapina e Leonardo Mota, entre outros, na tentativa de referenciar cada um dos termos. Apesar de a primeira edição ter sido lançada em 1995, até hoje não havia sido posta à venda nem tivera um lançamento em Brasília.
O autor gosta de brincar dizendo que Teresina “é a segunda maior cidade do Piauí, já que a primeira é Brasília”, tal o número de piauienses que residem na capital federal e suas satélites. “Já estava na hora de resgatar essa dívida com os amigos e conterrâneos que moram aqui”.
OBRA DE REFERÊNCIA DO HOUAISS
Paulo José Cunha se considera uma espécie de garimpeiro de palavras. Desde a primeira edição, em 1995, nunca mais teve sossego, seja pela cobrança de novas edições, seja pelo trabalho inesgotável de recolher, avaliar, fixar a grafia e a pronúncia de termos e expressões piauienses. A “Enciclopédia” se tornou tão popular que cada edição muitas pessoas enviam sugestões de novos verbetes. E muitos vêm sendo incorporados nessa trajetória de treze anos, a partir da primeira edição. Desde o nome jocosamente pomposo – “Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês” até o tom abertamente debochado – o livro é uma provocação à sisudez acadêmica. “Talvez derive dessa irreverência o seu sucesso” – comenta o autor. “Se fosse obra séria e bem educada talvez não passasse da primeira edição, e olhe lá”.
Nem por isso a “Enciclopédia” deixou de chamar a atenção dos dicionaristas, estudiosos e pesquisadores da língua. Prova disso é que se transformou em obra de referência do “Grande Dicionário Houaiss”, e de outras obras voltadas à classificação, dicionarização e fixação da linguagem regional como o “Dicionário do Nordeste”, de Fred Navarro. Ultimamente converteu-se em tema de várias pesquisas nas áreas universitárias de graduação e pós-graduação. Além disso, tornou-se uma espécie de “xodó” do povo piauiense em razão da identificação que as pessoas têm com seu conteúdo. “Não tinha tal pretensão quando o escrevi”, diz Paulo José Cunha, “mas fico muito satisfeito em saber que se transformou num fator a mais na tarefa de elevar a auto-estima e fixar a identidade cultural de nossa gente”.
ALGUNS VERBETES
XIS COM - Em diagonal com. Forma inteligente que o piauiense encontrou para ensinar um endereço. "A casa de Zequinha Manguaça? Fixa xis com o Boteco Pinga ni Mim".
BONITO PRA CHOVER – É o que se diz quando o céu anuncia a dádiva da chuva que faz brotar roças e espalha o verde nos pastos. Tempo feio, no Piauí, é o do sol que prenuncia a seca. Para nós, tempo bom é quando está bonito pra chover.
GUABES – É quem tem pontaria certeira. O contrário de GUABES é FUNDO.
ENFIAR PEIDO EM CORDÃO – Ficar ocioso, sem fazer nada. Experimente parar um pouco com essa correria, e fique por aí, uma hora dessas, olhando as vitrines, enfiando peido em cordão. O tempo vai passar mais devagar, o estresse vai diminuindo...
LICUTE - Namoro chameguento.
TER CABELO NA VENTA - Ter experiência, ser cuidadoso.
EMPAIAR - Ocupar, atrapalhar.
NUM PÉ E NOUTRO - Rápido. "Vá entregar esse documento ao presidente Lula mas vá depressa, num pé e noutro. Não vá ficar por lá empaiando o homem que ele tem muito o que fazer".
AQUELES MONTES - Muito, por demasia. "Se ele gosta dela? Não, só aqueles montes".
BÊ-ERRE-O-BRÓ - Os meses mais quentes do ano, todos terminados em BRO - setembro, outubro, novembro e dezembro.
PáginaDois: Entre o passado e o futuro do jazz
por Cassiano Rodka
Parov Stelar é, sem dúvida, um dos grandes nomes do nu jazz na atualidade.
Seus arranjos misturam, com ousadia, samples de jazz com batidas de house, downtempo e breakbeat. O resultado é um som de melodias refinadas que parece passear livremente em algum lugar entre o passado e o futuro do gênero.
O músico lançou recentemente seu terceiro álbum, intitulado "Shine". Mais inspirado do que nunca, Stelar compôs 15 faixas que trazem o equilíbrio perfeito entre o jazz de raíz e os novos grooves, que o artista já provou que domina muito bem. Com muita elegância e sem medo de arriscar, o compositor austríaco traz canções que vão desde o clima lounge, como a sensual "Tango Muerte" e a tristonha "Happy End", até as nascidas para a pista de dança, como o funky-soul de "Love (Part 1)" e o house-Woody Allen de "Charleston Butterfly", com os belos vocais da convidada Gabriella Hänninen.
Seja para namorar perto da lareira ou para dançar até os pés pedirem trégua, a música de Parov Stelar serve de trilha sonora para todos os amantes do bom jazz.
Leia este e outros artigos no PáginaDois:
Na última semana, Clarice Casado cumprimentou "A noiva" na segunda-feira; Melissa de Menezes percorreu "That road" na quarta; e Cassiano Rodka realizou a sua "Fuga Nº3: Fogo" na sexta.
Na terça, Cassiano Rodka caminhou com Parov Stelar por "Entre o passado e o futuro do jazz" na seção de música.
Na quinta, Paula de Araújo fez sua estréia no site analisando uma "Caótica Ana" na seção de cinema.
No sábado, a Coluna do Jairo relatou o "Segundo desafio de Zé: Com o corpinho em cima!"
Nesta semana, teremos um texto literário de Clarice Casado na segunda, Elaine Santos na seção de música na terça, um texto literário de Marcella Marx na quarta, Moisés Westphalen na seção de cinema na quinta, um texto literário de Cassiano Rodka na sexta, e novidades na Coluna do Jairo Bouer no sábado.
Boa leitura! :)
http://www.paginadois.com.br/
Encontro Latino-americano de Reabilitação Psicossocial / VI Jornada de Saúde Mental da Universidade Federal da Bahia
P r o g r a m a
11.09.2008 – Quinta-feira
09:00 às 09:30h – Abertura –UFBA, MS, SESAB, SMS, APB, WAPR, AMEA
09:30 às 10:10h – Conferência: Pessoas com transtornos mentais: Desafios à Clínica e a Reabilitação Psicossocial
Presidente: João Alberto Carvalho (ABP – DF)
Conferencista: Naomar de Almeida Filho (UFBA)
10:10 às 10:30h – Coffee Break
10:30 às 12:00h – Mesa Redonda: A Clínica da saúde mental na atenção básica
Coordenadora: Maria Célia da Rocha (SMS – BA)
Relatores:
Karime Porto – Diretrizes para a Rede Básica (CNSM-MS)
José Jackson Sampaio – Atenção Básica: o prescrito não seguido(UECE)
Cristina Loyola – Trabalhando com muitos e muitas(WAPR-UFRJ)
12:00 às 13:50h - Almoço
14:00 às 15:50h – Mesa Redonda: O Desafio da capacitação na atenção básica
Coordenadora: Tânia Maris Grigolo (MS - DF)
Relatores:
Sandra Fortes: Como se pode fazer, como se pode formar? (UERJ)
Sônia Barros: Formar pessoas para atuar na rede - (USP/WAPR)
Allana Moreira Silva: Capacitando agentes de cuidados (UFBA)
15:50 às 16:00h – Café
16:00 às 17:30h – Mesa Redonda: O Cuidado de saúde mental em municípios de pequeno porte. Direito e Intersetorialidade
Coordenador: Antonio Fernando Dreyer (UFBA)
Relatores:
Domingos Coutinho: Uma rede no Vale do Jequiriçá (UFBA)
Nelson Nunes: Trabalhando em pequenos municípios (UESC)
Lilian Carasec: Relembrando Sobral (SMS-BA)
17:30h – Assembléia da WAPR
12.09.2008 – Sexta-feira
08:30 às 09:50h – Mesa Redonda: A Clínica cotidiana e a habilitação social nos serviços comunitários de saúde
Coordenadora:
Vitória Ottoni Carvalho (UFBA)
Relatores:
Ricardo Guinea – Reabilitação Psicossocial em Madri (WAPR-ESP)
Erotildes Leal – O cuidado cotidiano: que e como fazer? (UFRJ)
Antonio Lancetti – Cuidado e inclusão: desafios possíveis (SP)
09:50 às 10:00h – Café
10:00 às 12:00h – Mesa Redonda: Avaliação dos programas de atenção psicossocial
Coordenadora: Ana Pitta (BA)
Relatoras:
Maria Tavares - Revisitando CAPS: estratégia de avaliação (UFRJ)
Mônica Nunes - Um certo modo de avaliar CAPS (ISC-UFBA)
Juarez Furtado – Os CAPS em Campinas (UNIFESP)
Luciane Kantorski – Avaliando o CAPS-Sul (UFPelotas)
12:00 às 13:50h – Inauguração do CAPS do Garcia – UFBA
Almoço
14:00 às 15:50h – Mesa Redonda: Avaliando os serviços de residência terapêutica
Coordenadora: Cristina Hoffmamm (DECIT-MS)
Relatores:
Mirsa Delosi – Voltando prá casa (WAPR-SP)
Juarez Furtado – Avaliando SRT em Campinas (UNICAMP)
Márcia Carvalho – SRT: estratégia de inclusão social (BA)
15:50 às 16:00h – Café
16:00 às 17:30h – Mesa Redonda: Direitos Humanos e Inclusão Social
Coordenadora:
Josenaide Engracia (BA)
Relatores:
Roger Montenegro – Reabilitação e Inclusão social na Argentina (Argentina)
Edna Amado- Inclusão social na Bahia (BA)
Ligia Costa Leite – Reabilitação Psicossocial para Infância e Juventude(UFRJ)
AMEA – Um olhar interessado: os usuários
17:30h – Assembléia Da WAPR
13.09.2008 – Sábado
08:30 às 10:00h – Mesa Redonda: Inclusão Social e Geração de Renda
Coordenador:
Roberto Miguel (BA)
Relatores:
Teresa Monnerat – Geração de renda: como começar?(MS-RJ)
Antonio Rabelo – O que já está acontecendo (UFBA)
Sandra Fagundes – Negociando cidadania (MS-RS)
10:00 às 11:30h – Mesa Redonda: Geração de Renda – Iniciativas locais
Coordenador:
Alfredo Schetchman (DECIT-MS)
Relatores:
Heliane Dias- Um certo compromisso de fazer (Teixeira de Freitas-BA)
Andreia Oliveira – Uma boa experiência (BA)
Cleriston Costa - Acontecendo e fazendo acontecer (CAPS A. Novis-BA)
11:30 às 12:00h – Conferência: Globalização e Reabilitação Psicossocial
Presidente: Antonio Rabelo (BA)
Conferencista: Michelis Madianos (WAPR-Grécia)
12:00 às 12:50h – Almoço
13:00 às 17:00h – Fórum Internacional de Reabilitação Psicossocial
Coordenadora: Anne Alice Quaresma Mattos (BA)
Michelis Madianos (WAPR-Grécia)
Anel Garcia (WAPR-México)
Ricardo Guinea (WAPR-Espanha)
Roger Montenegro (WAPR-Argentina)
T. Murali (WAPR-Índia)
Ana Pitta (WAPR-Brasil)
Encerramento do Encontro
agosto 27, 2008
Eleições Municipais e Saúde Mental (V)
Novembro de 2003: o Conselho Estadual de Saúde aprova a Política de Saúde Mental. Presentes os usuários do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro e da Associação Chico Inácio – filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial. Fato inédito: jamais participaram de uma sessão sequer.
Os obstáculos enfrentados até ali tinham caráter ideológico. Tal era a força do modelo manicomial e seus ambulatórios de consultas, que saltava aos olhos as distorções éticas contidas nas propostas de reformistas “bem intencionadas”.
Dois exemplos são emblemáticos: uns queriam a implantação de um CAPS numa sala no antigo PAM da Getúlio Vargas. Ora, Centro de Atenção Psicossocial é um serviço comunitário, substitutivo ao manicômio, que não tem caráter ambulatorial. Imagine uma salinha com plaquinha escrita CAPS! O Brasil iria rir da piada. Tragicômica foi a proposta de implantação das moradias assistidas na Nova Cidade: além de ser um monstrengo arquitetônico fora dos padrões mínimos de uma habitação digna, isolava os usuários de longo período de hospitalização psiquiátrica em bairro longínquo, tão ao gosto das classes médias zelosas em promover a “limpeza” do “lixo humano” criado por uma sociedade excludente.
Mais um exemplo enriquece o que o imortal Stanislaw Ponte Preta um dia nomeou como Festival de Besteiras as estultices que assolavam o País. Foi o caso da proposta de alfabetização dos usuários de saúde mental em dependência do próprio hospital psiquiátrico, em franco desacordo com os princípios de inclusão social. Ora, inclusão, neste caso, exige acordos pactuados com Secretarias de Educação. Como diz a sabedoria popular: era muita areia para o caminhãozinho dos reformistas de araque.
Incapazes de enxergar o conteúdo manicomial das suas propostas, esses reformistas prestam um desserviço à luta por uma sociedade sem manicômios. Douram pílulas com tintas surradas de um humanismo obsoleto. São maus exemplos, se seguidos. Especialmente pelos candidatos à Prefeitura de Manaus.
Manaus, Agosto de 2008.
Rogelio Casado, especialista em Saúde Mental
Pro-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UEA
www.rogeliocasado.blogspot.com
Nota do blog: Artigo publicado no jornal Amazonas em Tempo, no Caderno Raio-X, que circula às quartas-feiras.
agosto 26, 2008
Relator Especial da ONU para os povos indígenas termina visita oficial ao Brasil
Relator Especial da ONU para os povos indígenas termina visita oficial ao Brasil
"Apesar de avanços, o exercício dos povos indígenas à livre determinação – isto é, o controle real de suas próprias vidas e terras – ainda é um grande desafio para o Brasil". Esta foi a principal observação do Relator Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e as Liberdades Fundamentais dos Povos Indígenas, S. James Anaya, ao finalizar sua visita de 12 dias ao país. Do Centro de Informação da ONU (UNIC Rio).
Brasília/Genebra - A visita do Relator Especial ocorreu após ele ter recebido pedidos neste sentido de diversas organizações indígenas do País. O propósito da mesma é investigar e relatar sobre as preocupações na área de direitos humanos dos povos indígenas e estabelecer um diálogo construtivo com o Governo do Brasil. A cooperação do Governo com a visita é um componente importante da parceria do Governo brasileiro com as Nações Unidas na construção da democracia e respeito aos direitos humanos.
O Relator Especial visitou Brasília e várias áreas dos estados do Amazonas, Roraima e Mato Grosso do Sul. Ele teve encontros em Brasília com representantes do Ministério das Relações Exteriores; da Justiça, incluindo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI); da Secretaria Especial de Direitos Humanos; do Ministério Público Federal; da Advocacia Geral da União; da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas; do Ministério da Educação; e da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Ele também participou de um foro com varias organizações indígenas durante um seminário sobre o novo estatuto dos povos indígenas.
Ele teve encontros, em várias comunidades, com organizações indígenas, autoridades estaduais e locais, e organizações da sociedade civil durante sua passagem por Manaus e Alto Rio Negro no Estado do Amazonas, Boa Vista e Raposa Serra do Sol no Estado de Roraima, e Campo Grande e Dourados no Estado do Mato Grosso do Sul.
O Relator Especial observou com satisfação o compromisso expresso pelo Governo do Brasil de fazer avançar os direitos dos povos indígenas em conformidade com a Declaração dos Direitos os Povos Indígenas das Nações Unidas. O Relator Especial também demonstrou satisfação com a existência de proteção constitucional e de diversos tipos de proteção legal no país, que ele afirmou estarem entre as mais avançadas do mundo. No entanto, de acordo com o Relator Especial, "ainda é preciso fazer muito para melhorar a situação dos direitos humanos dos povos indígenas no Brasil e para implementar integralmente a proteção constitucional e as normas aceitas internacionalmente".
Livre determinação ainda é desafio
O Relator Especial observou que, de uma maneira geral, "são necessárias reformas para garantir que os povos indígenas estejam mais aptos a exercer seu direito de livre determinação no âmbito de um Estado brasileiro, que respeite a diversidade". Segundo ele, isso significa o exercício do controle sobre suas vidas, comunidades, e terras, além de participar de todas as decisões que lhes afetem, de acordo com seus próprios padrões culturais e estruturas de autoridade. O Relator Especial observou com preocupação que "é evidente que povos indígenas freqüentemente não têm controle sobre as decisões que afetam suas vidas cotidianas e suas terras, mesmo quando estas já foram oficialmente demarcadas e registradas, devido a invasões, mineração por invasores e outros fatores".
Diversos atores manifestaram ao Relator Especial preocupação sobre o fato de que as comunidades indígenas têm alguma contribuição, mas não o controle adequado, sobre a execução de serviços em suas comunidades pela FUNAI, FUNASA e outras agências do governo, especialmente aquelas responsáveis por educação e saúde. "Embora ricos culturalmente, os povos indígenas continuam empobrecidos economicamente, sem poder ou oportunidades suficientes para se desenvolverem em uma base sustentável, além de serem continuamente sufocados pela discriminação", afirmou.
O Relator Especial identificou atitudes paternalistas tanto entre agências governamentais como em organizações não-governamentais, que impedem os povos indígenas a estabelecer suas próprias prioridades e gerenciar os programas que são destinados a beneficiá-los. Além disso, o Relator Especial chamou atenção para a escassez e o uso ineficiente de recursos destinados a programas essenciais.
O Relator Especial observou que a situação da educação e da saúde é crítica na maioria das comunidades indígenas. Especialmente crianças e mulheres indígenas sofrem com o limitado acesso à saúde. "A falta de educação formal e de serviços de saúde adequados restringe as oportunidades disponíveis aos indivíduos quando procuram melhorar as condições de suas vidas, e priva as comunidades indígenas das habilidades necessárias para gerenciar seus próprios interesses e controlar os programas governamentais e de ONGs que os afetam."
Violência contra indígenas preocupa
Outra forma de privação, observou o Relator Especial, é a persistente discriminação por trás da criação de políticas, de prestação de serviços e da administração da justiça. A discriminação, às vezes, tem se infestado em parcelas da sociedade e resultado em violência. O Relator Especial ouviu depoimentos alarmantes de violência contra pessoas indígenas, especialmente contra seus líderes mais atuantes.
Outra carência é a ausência de um mecanismo que garanta a consulta adequada às comunidades indígenas sobre projetos de desenvolvimento - como a construção de rodovias, hidrelétricas e mineração em larga escala - que, apesar de estarem fora das reservas, mesmo assim os afetam. Ele acredita que isto é reflexo de um problema maior: a necessidade de harmonizar políticas governamentais, leis e iniciativas para o desenvolvimento com os direitos dos povos indígenas.
Finalmente, o Relator Especial enfatizou que durante sua visita ao Brasil percebeu que uma parte significante da sociedade brasileira e vários atores políticos influentes fazem oposição às políticas governamentais responsáveis por atender as demandas dos povos indígenas. Essa oposição parece até desafiar os direitos garantidos pela própria Constituição. O Relator Especial afirmou que esta situação demonstra uma falta de compreensão e até confusão com relação aos direitos humanos dos povos indígenas, assegurados na Constituição e em relevantes instrumentos internacionais.
"Uma campanha nacional de educação sobre as questões indígenas e o respeito pela diversidade, guiada pelo Governo em parceria com os povos e organizações indígenas e com o apoio da imprensa, provavelmente ajudaria a estabelecer pontes de compreensão mútua.
"De acordo com os termos de seu mandato, o Relator Especial apresentará suas observações e recomendações em um relatório ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra (Suíça).
O Conselho de Direitos Humanos nomeou S. James Anaya como o novo Relator Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e as Liberdades Fundamentais dos Povos Indígenas, por um período inicial de três anos. Ele assumiu seu mandato no dia 1º de maio de 2008. Anaya é professor de Políticas e Legislação de Direitos Humanos na Universidade de Arizona (Estados Unidos). Mais informações sobre o mandato do Relator Especial em clicando aqui.
Jornalistas interessados em outras informações devem contatar a Unidade de Mídia do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, por meio deste email. Informações adicionais, por meio da UNIC Rio, com Valéria Schilling.
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