junho 23, 2009

Indígenas reivindicam políticas nas áreas da saúde, da educação e dos direitos humanos

Foto: Rogelio Casado - UEA e causa indígena - Manaus-AM, 2008
ESTADO DO AMAZONAS
CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS
GABINETE DO VEREADOR JOSÉ RICARDO

Indígenas reivindicam políticas nas áreas da saúde, da educação e dos direitos humanos

Manaus, 22 de junho de 2009.

A Câmara Municipal de Manaus (CMM), por meio de solicitação do vereador José Ricardo Wendling (PT), abriu espaço na manhã desta segunda-feira (22) para que lideranças indígenas pudessem expor reivindicações formuladas durante o 2º Encontro dos Povos Indígenas de Manaus, realizado dos dias 8 a 10 de maio deste ano, no Centro de Formação, localizado no KM-22 da BR-174 (Manaus - Boa Vista). Dentre as pautas reivindicatórias constam implantação de programas de saneamento básico e de melhor distribuição de medicamentos nas comunidades; construção de escolas indígenas, bem como formulação de material didático em conjunto com as lideranças e ainda criação de Disk-Denúncia, de um Centro de Referência em Assistência Social e de um Pronto-Atendimento Psico-Social às comunidades.

Representando várias etnias, como Cocama, Apurinã, Sateré-Maué, Ticuna, Tariano, Baré, Cambeba e Mura, o cacique Denísio Araújo, do Grupo Indígena Cocama, falou sobre a necessidade do poder público promover políticas que contemplem os povos indígenas. "Estamos buscando o nosso reconhecimento, existência e dignidade. Fomos colocados à margem de tudo. Ser índio hoje ainda é motivo de preconceito. Por isso, estamos na luta para garantir vida digna e reconhecimento por parte da sociedade e das autoridades", declarou ele, ressaltando que, apesar das dificuldades, as famílias ainda mantêm as tradições e a cultura.

Na área da Saúde, Denísio informou que há várias reivindicações tiradas do Encontro, como participação dos indígenas como agentes de saúde, melhoria na distribuição de medicamentos, participação das comunidades no Programa Médico da Família (PMF), intensificação no atendimento aos povos, participação das lideranças em projetos das secretarias de saúde, implantação de programas de saneamento básico, atendimento psicológico e multidisciplinar às famílias.

Já na área da Educação, os povos indígenas lutam para formar professores e gestores indígenas, reconhecer a categoria "professor indígena", contratar professores das comunidades, melhorar merenda, transporte e material didático, construir escolas nas aldeias, como ainda de ludotecas e centros de informática. Eles também reivindicam a participação das etnias nos Conselhos Municipal e Estadual de Educação, além de participarem da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos estudantes nas aldeias.

Criação de um Disk-Atendimento para as comunidades indígenas e participação em cursos e oficinas de gestores são outras pautas dos povos, mas na área de Direitos Humanos. Ele ainda lutam para ter um Centro de Referência em Assistência Social às Comunidades, além da criação de Pronto-Atendimento Psico-Social.

Para José Ricardo, os pleitos das lideranças indígenas precisam ser encaminhados aos órgãos competentes, para que a sociedade não perca com a desvalorização da história e dos costumes dos primeiros habitantes do País. “Queremos pedir aqui apoio de todos os vereadores para que essas reivindicações sejam encaminhadas e atendidas. E também sugiro que nas discussões da Lei Orçamentária haja a inclusão de pautas dessa natureza”.


ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
CRISTIANE SILVEIRA
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