julho 29, 2010

Eleições para o CFP: Pra cuidar do futuro da profissão, vá com o Humberto Verona. Vote 21.

Informativos : PRA CUIDAR do futuro DA PROFISSÃO ...SE MUITO VALE O JÁ FEITO, MAIS VALE O QUE SERÁ... 



1996, ano em que o movimento Pra Cuidar da Profissão se consolidou, lançando uma chapa para o Conselho Federal de Psicologia. 


1997, ano em que iniciamos nossos trabalhos, colocando em ação um projeto ambicioso: contribuir para mudar o rumo da Psicologia no Brasil. Algumas mudanças na sociedade, na década de 80, permitiam acreditar que era ambicioso mas viável. Na própria Psicologia o surgimento da Psicologia Social Comunitária e de toda a área da Saúde Pública indicava que os psicólogos haviam inaugurado um novo compromisso com a sociedade brasileira. Faltava reunir, dar visibilidade, permitir o diálogo.


Não foi pra menos que as primeiras ações à frente do CFP foram: a iniciativa de criar o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira - FENPB (junho 1997), o prêmio monográfico Madre Cristina Sodré Dória de Psicologia, Direitos Humanos e Sofrimento Mental (julho 1997), a formação da Comissão Nacional de Direitos Humanos (agosto 1997) e I Mostra de Práticas em Psicologia: Psicologia e Compromisso Social (outubro de 2000) seguida do I Congresso Nacional de Psicologia Ciência e Profissão (2002), este último já em parceira com várias entidades do FENPB. 

Era realmente fantástico acompanhar a Psicologia mudando sua cara e seu compromisso com a sociedade brasileira! As iniciativas do Conselho Federal de Psicologia eram, sem dúvida, importantes nisto tudo. Era o projeto do Compromisso Social da Psicologia como forma de CUIDAR DA PROFISSÃO que se desenvolvia a olho nu.

Mas Cuidar da Profissão era também democratizar o Conselho de Psicologia. Este trabalho começou antes de nós, no início dos anos 90, mas soubemos aproveitar o que já estava feito e ir adiante. Demos forma à Assembléia de Políticas, de Administração e de Finanças do Sistema; regulamentamos a consulta nacional para eleição dos gestores do CFP, estabelecemos acordos de como se poderiam criar referências para a profissão, exigindo consulta às bases e participação de todos os Conselhos Regionais. Quando chegamos ao CFP havia um domínio dos chamados “grandes Conselhos” e foi com acordos e regras claras que pudemos reverter este cenário e ter uma participação importante de todos os CRPs na construção da profissão. 

Criamos coletivamente regras para garantir gestões rigorosas nos Conselhos. As auditorias regulares se tornaram conhecidas dos gestores. Sempre entendemos que as contas dos Conselhos deveriam ser avaliadas pelo Tribunal de Contas da União e lutamos por isto quando se pensou em ser diferente. 

Rigor ao tratar e cuidar do que é dos psicólogos e da sociedade brasileira. Este pensamento também nos levou a produzir nacionalmente esclarecimentos sobre o papel dos Conselhos Profissionais. Muitos, até então, acreditavam que os Conselhos eram entidades da categoria e por isto deveriam trabalhar na defesa dos psicólogos. Os Conselhos são órgãos da sociedade, sob os cuidados dos psicólogos, para cuidar da profissão; isto é, fazer dela um instrumento de atenção às necessidades da sociedade, a partir do que tem a oferecer a Psicologia como ciência e profissão. 

Cabe ainda destacar que, seguindo esta compreensão, transformamos o CFP em uma entidade para criar referências para a profissão, qualificando-a. Fizemos dos problemas encontrados nas fiscalizações um conjunto de desafios para produzir orientações. 

Resoluções sobre documentos escritos, resolução da orientação sexual, do preconceito racial, dos registros documentais na prestação de serviços, dos testes psicológicos, da atuação nos presídios, da escuta de crianças, do registro de especialistas, do credenciamento de cursos de especialização, residência em Psicologia, enfim, foram muitas as resoluções que procuraram e procuram oferecer as referências para um exercício qualificado da profissão.
 
Assim como entendemos que estas medidas eram sinônimo de Cuidar da Profissão, entendemos também que o diálogo com a sociedade e o Estado eram ferramentas fundamentais para esse desenvolvimento. 

Nos aliamos ao movimento social que afirmou a luta pela melhoria das condições de vida de nossa população; buscamos o diálogo com o Estado para apresentar a Psicologia como profissão e suas possibilidades de colaboração. O Banco Social de Serviços e o CREPOP são traduções desta política. 

No entanto, não foram poucos os embates neste trajeto. A Psicologia é diversa e muitos projetos convivem nela. Aí talvez se encontre a melhor qualidade do Cuidar da Profissão: a certeza de que o avanço se faz por meio do diálogo com o diferente. 

Nossas gestões têm a marca da inclusão. Nosso trabalho e nosso projeto acompanharam o tempo. Progrediram porque absorveram o novo, porque acreditamos no movimento incessante da realidade e porque trabalho e projeto se relacionam em uma transformação permanente.

...SE MUITO VALE O JÁ FEITO, MAIS VALE O QUE SERÁ...
É com esta disposição que nos candidatamos para uma sempre nova gestão.

Humberto Verona

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