PICICA: "Zorba, O Grego é um filme de Michael Cacoyannis ( 1964) que tem na
dança, uma metáfora da vida vivida em sua essência, quando o espírito
renasce através da amizade, da confiança e do amor ultrapassando todos
os obstáculos."
ZORBA O GREGO- O VALOR DA VIDA

Zorba the Greek (br/pt: Zorba, o Grego; em grego: Αλέξης Ζορμπάς;transl.: Alexis Zorbas) é um filme greco–americano de 1964, baseado no romance homônimo de Nikos Kazantzakis. O filme foi dirigido por Michael Cacoyannis e o protagonista Zorba é interpretado por Anthony Quinn. O elenco inclui Alan Bates ( Basil) como um visitante britânico e Irene Pappas como a velha prostitua francesa. O tema, "Sirtaki", de Mikis Theodorakis, tornou-se famoso e popular como canção e dança. O filme foi rodado na ilha grega de Creta. Lugares específicos incluem a cidade de Chania, a região de Apocórona, nomeadamente na península de Drápano, e a península de Acrotíri. A famosa cena onde o personagem interpretado por Quinn dança o Sirtaki foi rodada na praia do vilarejo de Stavros. O filme tem como fio condutor a história de um camponês, Zorba, que é ávido pela vida em todos os seus detalhes que nos levam ao mar do inconsciente. Zorba vive a vida na essência de que nos falava C. G. Jung. A vida rumo a si mesmo como um ser completo. Ele ama e tem consciência da intensidade de seu amor. Ele transcende a mediocridade e a burocracia do sistema. É um ser livre, espontâneo e responsável por suas escolhas. Zorba traz a energia cósmica que muito se perdeu no século XX com sua transitoriedade para o capitalismo e todos os valores inversos à vida em si.

O tema principal é a amizade construída entre o escritor inglês, Basil, que chega à Creta para trabalhar em uma mina que herdou do seu pai grego. Ao conhecer Alexis Zorba , conhece um homem alegre, cheio de vida que o pulsiona a reerguer a mina. Os dois se hospedam em um pequeno hotel administrado por uma prostituta francesa,Bobulina, já muito velha, que além de ser admirada por Zorba, encoraja, com sua sabedoria de anos, o escritor a cortejar uma bela viúva, muito cobiçada pelos homens do local. A mina está precisando de conserto para funcionar e Zorba e o escritor buscam um grupo de monges para removerem madeira de uma floresta deles, numa montanha próxima, inventando um meio de transportá-la para a mina. O trabalho não se realiza porque a madeira está muito velha e corroída. Assim como Bobulina, a prostituta está chegando ao fim da vida depois de ter encorajado o jovem Basil a visitar a viúva.

Já Bobulina está prestes a morrer e Zorba, com um gesto de generosidade, concorda em se casar com ela e enquanto trabalha na mina fica sabendo que a saúde dela piorou. Ele volta rápido! Tempo dela morrer em seus braços. Apesar das mortes, ou talvez, por causa dessas perdas, Basil aprende que a vida é mais rica que a mina herdada de seu pai. Aprende que a vida não está nos livros, e estes são instrumentos para libertarmo-nos. A vida é mais misteriosa, impactante e imprevisível do que ele pensara. Ela continua com todo seu esplendor, não importando o que aconteça. Para ter esse olhar mais amplo sobre a existência, o amor e a amizade, Basil e Zorba dançam juntos na beira do infinito mar, símbolo do inconsciente, de profundezas que só aprendemos ousando, indo ao encontro do desconhecido, da arte de saber viver.

Fonte: OBVIOUS
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