Nota do blog: Amanhã, sexta-feira, é o último dia da 61a. Reunião da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência, realizada em Manaus no campus da Universidade Federal do Amazonas. O movimento SOS Encontro das Águas e sua luta esteve presente na fala dos cientistas e da sociedade civil organizada, e certamente será aprovada na plenária final uma moção de repúdio à construção do Porto das Lajes nas imediações do Encontro das Águas, patrimônio da humanidade. O que surpreende é que se o projeto não recebe a chancela da maioria dos cientistas, porque a comunidade científica não se manifesta de maneira clara e insofismável contra o desastre anunciado? O momento não comporta ambiguidades. Uma coisa são os acertos do governo estadual na política ambiental de um modo geral; outra coisa é a omissão diante das heresias pseudo-científicas do relatório sobre os impactos sócio-ambientais na região das Lajes a serviço de interesses privados. Manaus precisa de um porto sim, mas não numa área que merece ser conservada como patrimônio inalcancável pelo capital predatório. Queremos que o poder público e a sociedade científica trabalhem pelo bem comum e não pela privatização do bercário de nossos cardumes. O Encontro das Águas, onde nasce o Rio Amazonas em território brasileiro, é área inviolável e pertence a toda a humanidade. Para conhecer mais sobre a luta desse patrimônio paisagístico acesse o link Mediateca de Saúde Mental e Racismo Ambiental e leia SOS Encontro das Águas - a história de uma luta. Aos companheiros que esqueceram de creditar a fotografia que abre o power-point aviso que ela leva minha assinatura. Sou capaz de aceitar os que não querem me escutar. Há muito convivo com os que me ouvem, mas não me escutam. Que não reconheçam minha participação cidadã na luta por interesses comuns, vá lá! Porém, na minha fotografia - ninguém tasca - exijo o crédito. É de lei! Reafirmo minha posição contra o Porto das Lajes, não apenas como Pro-Reitor de Extensão da Universidade do Estado do Amazonas, mas, sobretudo, como cidadão. Agora, com vossas licenças, vou atrás de uma yalorixá e cuidar de fazer um ebó para obter ajuda das divindades, que é pra cientista nenhum correr do pau na hora de ir ao encontro do clamor popular.
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