julho 27, 2009

Projeto da UEA erradicou o analfabetismo em 13 municípios amazoneneses

Centro de Estudos Superiores de Lábrea - UEA
Foto: Rogelio Casado - Lábrea-AM, dez. 2008

Nota do blog: Município esquecido historicamente pelos governantes amazonenses, Lábrea ganhou em dezembro de 2008 um centro de estudos de nível superior, inaugurado pela reitora da Universidade do Estado do Amazonas Marilene Côrrea da Silva Freitas e pelo governador do estado Eduardo Braga.

Reescrevendo o Futuro capacita professores e anuncia nova etapa

23/07/2009


Neste ano o projeto Reescrevendo o Futuro, do Governo do Amazonas, terá investimento total dos governos Estadual e Federal de R$ 19 milhões e aprevisão é de que mais de 40 mil pessoas sejam beneficiadas. Os municípios de Envira, Ipixuna e Pauini, onde os índices de analfabetismo variam de 51% a 60 %, estão na lista das prioridades do projeto. Cerca de 70 professores estão em fase de capacitação, desde a última terça-feira (21), para a nova etapa de alfabetização do projeto.

“Nossas metas são audaciosas, e a capacitação e o investimento no potencial desses alfabetizadores é primordial para que elas sejam alcançadas. É importante que os nossos alfabetizadores entendam as particularidades dos nossos alunos para que eles sejam atendidos de forma eficiente”, destaca Sandra Braga, presidente do Conselho de Desenvolvimento Humano (CDH), que coordena o projeto e é responsável pela política social do governo.

Desde 2003, o projeto já beneficiou 151 mil pessoas e erradicou o analfabetismo em 13 municípios, entre eles Itamaratí, Guajará, Alvarães, Anamã, Beruri, Boa Vista do Ramos, Manaquiri, Nhamundá, Silves, São Sebastião do Uatumã, Uarini, Urucurituba e Urucará. Sandra destaca que o atual desafio do projeto é de, até 2010, reduzir o índice de analfabetismo dos 62 municípios para menos de 4%.

A coordenadora do projeto, Nazaré Corrêa, destaca que para que essas metas sejam alcançadas é primordial a dedicação e a compreensão do alfabetizador a respeito do projeto. Durante a capacitação os alfabetizadores aprendem de que forma a tradicional cartilha de alfabetização pode ser substituída pelo método analítico, utilizado pelo Reescrevendo o Futuro. Nazaré explica que por meio do método o alfabetizador e os alunos constroem um texto a partir do conhecimento do grupo. Posteriormente, o alfabetizador elege uma frase do texto, depois uma palavra e a partir dessa palavra é que é feito o reconhecimento das sílabas.

“O importante durante esse processo de alfabetização é provocar o diálogo. É por meio da fala que o aluno reconhecerá o som de uma mesma sílaba em palavras diferentes. É aí que se inicia o processo de alfabetização”, destaca Nazaré Corrêa. E acrescenta que por meio do método, o Reescrevendo o Futuro consegue alfabetizar os alunos com uma carga horária de 240 horas, o equivalente a metade do tempo utilizado pela escola convencional.

O modelo de formação de alfabetizadores desenvolvido pela Universidade doEstado do Amazonas, especificamente para o Reescrevendo o Futuro, tornou destaque no Brasil e foi um dos cinco trabalhos selecionados pelo Ministério da Educação (MEC) para ser apresentado em Brasília. A apresentação do modelo acontecerá, durante a próxima semana, dos dias 29 a 31, no Encontro de Gestores do Brasil Alfabetizado e no Encontro de Instituições Formadoras, que integram as ações da Diretoria de Políticas de Educação de Jovens e Adultos, do MEC.
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