Nota do blog: A nota abaixo faz parte da crônica deste domingo da coluna TAQUIPRATI do imortal José Ribamar Bessa Freire (link neste blog), publicada no Diário do Amazonas. Ele mora no Rio de Janeiro onde é professor universitário, mas volta e meia vem ao Amazonas a trabalho. Sua coluna está entre as mais lidas em todo o Estado. Para Zefofinho de Ogum, sociólogo carioca, que morou em Manaus, e que também vive atualmente no Rio, porque Ribamar Bessa é uma espécie de Stanislaw Ponte Preta baré ele não perde os artigos do filho da dona Elisa. Dou fé. Os artigos são fundamentais na análise das relações de poder e do autoritarismo no vale amazônico e para além do vale. Corra na banca e compre o Diário de hoje.
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P.S.- Nos anos 1980, com um grupo de alunos de história da UFAM, fomos fazer um levantamento da documentação existente nos arquivos cartoriais e paroquiais de Coari. À noite, num barzinho, batendo papo com um morador da cidade, ele nos contou que, dias antes, o dono da padaria havia flagrado, de madrugada, um menino de 9 anos que tentava roubar pão. O menino foi espancado pelo dono da padaria e preso pelo delegado de policia, como era de praxe. No entanto, o novo juiz, quando soube da história, mandou soltar o menino e prendeu os dois. “Esse juiz não aceita ‘bola’ e está do lado dos fracos” – disse-nos o morador. Será que fazer justiça não é isso: estar do lado dos fracos? No próximo dia 16 de julho, quinta feira, esse juiz toma posse como desembargador. Seu nome: João Mauro Bessa. Sua integridade abre uma esperança para quem tem fome de justiça.
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