agosto 05, 2009

Juiz libera circulação de guia que chama mulheres brasileiras de “máquinas do sexo”

Nota do blog: Fosse viva, a saudososa Tia Pátria - tacacazeira por três décadas na outrora graciosa Praça dos Remédios, em Manaus - diria pura e simplesmente: "Éraste, esse 'filhudumaégua' num tem vergonha na cara? Vôte!". Tia Pátria era assim; espontânea, dava logo uma direta na lata.

Juiz libera circulação de guia que chama mulheres brasileiras de “máquinas do sexo”

O juiz José Luis Castro Rodriguez, da 21ª Vara Federal do Rio de Janeiro, negou ontem (21) o pedido de antecipação da tutela, formulado pela Embratur, para que fosse retirado de circulação o guia “Rio for Partiers” (´Rio para Festeiros’), que divide as mulheres cariocas em quatro tipos - dentre eles, estão as “popuzudas”. O mérito da ação ainda não foi julgado. A publicação é de responsabilidade da Editora Solcat Ltda.

A Advocacia-Geral da União encaminhou à Justiça Federal, a pedido da Embratur, ação para retirar de circulação o guia “Rio for Partiers”, sob o argumento de que ele estimula o turismo sexual, “viola a dignidade humana e expõe o povo brasileiro a situação vexatória".

O guia divide o estilo das cariocas em quatro tipos. Segundo o texto, “as popozudas são máquinas de sexo com grande bunda”. O livro sugere que, com elas, “bom investimento é o motel... se você também é sarado”. Prossegue: “elas malham, vestem calças apertadas que entram no bumbum, pintam o cabelo de louro e fazem de tudo para ficarem lindas”.

“Rio for Partiers” descreve os outros três tipos de cariocas: a “Britney Spears é linda e filhinha de papai, mas esqueça delas”.

Para a publicação, “as hippie/raver são mais divertidas, fáceis de se chegar, boas de papo, difícil de beijar, fácil de beber e se divertir com elas”. De acordo com o texto, “as com mais de 30 anos gostam de se divertir, dançar, beber e beijar”. O leitor é aconselhado a “tratar elas como damas e elas o tratarão como um rei, talvez não esta noite, mas amanhã com certeza”.

O guia recomenda que o turista “não tente pegar sua brasileira na praia”, principalmente no fim de semana, bem como ele não deve tentar a abordagem na rua. Recomenda: “tente derretê-la com uma aproximação suave”. E ainda: “tente começar a beijar o mais rápido possível”. Outra recomendação: o turista não deve insistir para ir à casa dela, e sim sugerir um passeio por onde estão os melhores motéis.

A decisão judicial que negou a antecipação de tutela refere que “a simples classificação da mulher – ou do homem – brasileiro em tipos, segundo critérios ligados, em tese, ao seu comportamento sexual, não implica, por si só, afronta aos princípios norteadores da Política Nacional de Turismo ou violação à dignidade da pessoa humana”.

O juiz fundamentou ainda que o pedido da Embratur poderia ser classificado como uma pretensão de censura, o que contraria a Constituição do país.

Com base no artigo 12 da Lei da Imprensa, o procurador federal Marco Di Lulio - que pretende interpor um agravo de instrumento ao TRF da 2ª Região - sustentou que “o guia, além de estimular a prática de exploração sexual, usa na capa, sem autorização, o selo Brasil Sensational, do Ministério do Turismo, criado para divulgar a imagem do turismo no país”.

A assessoria da Embratur afirmou, em nota, que “em nenhum momento houve qualquer pedido de utilização da marca Brasil”. A nota dizia ainda que "o Ministério do Turismo, por meio da Embratur, condena qualquer utilização de imagens, expressões ou apelos que remetam à exploração do turismo com conotação sexual e, por este motivo, não faz cessão de uso da marca Brasil para publicações que vão de encontro a este conceito”.
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2 comentários:

ts disse...

Sou simpatizante de todos movimentos que pedem e lutam por seus direitos civís, mas seria interessante voce ler o livro antes de repudiar, se nao voce estará fazendo um ato tao grosseiro quanto o que voce acha que o autor do livro Rio For Partiers faz: o ato de preconceito.

Caso voce chegue a analisar o livro, voce verá que o livro não faz nada do que te deixou repugnada. Nao tem nada de incentivo a prostituicao, de machismo, ou submissao.

Igualmente, o juiz, por ser a pessoa que a civilizacao escolhe para "julgar" tais disputas, nao viu nada de errado. Podemos presumir que ele fez uma analisa mais profunda que voce.

O erro que voce esta cometendo é de presumir que com as suas informacoes limitadas, que voce pegou somente em outros jornais "marrons" e escandalosos e sem analisar o livro e o processo. Esse erro chama-se "regurgitação de informação", e é tão desnorteante quanto ficar no final da fila de um "telefone sem-fio".

Quem perde sao seus leitores.

Anônimo disse...

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