maio 07, 2010

Apoio ao povo guarani kaiowá


guaranifilmes 8 de novembro de 2009 — Produção com Imagens do despejo da comunidade indigena Kaiowá Guarani Laranjeira Nhanderu em Rio Brilhante.
Junto há imagens do ataque dos pistoleiros a comunidade Apykai em Dourados.
Triste realidade que reflete em outros 21 acampamentos a beira das rodovias do Mato Grosso do Sul.
Demarcação já!


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GUARANI KAIOWÁ PEDEM APOIO À CIDADE DE SÃO PAULO


Baixe o cartaz e divulgue
“A gente vai perdendo a esperança e não sabe mais a quem recorrer”. Esta frase dita por Bráulio Armoa, liderança Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, mostra o estado de espírito deste povo frente a tantos problemas que vêm sofrendo naquele estado e a disposição que têm em buscar apoio em outras regiões. Por isso seis representantes deste povo estão chegando a São Paulo na próxima 5ª. feira, dia 7, para fazer contatos com grupos e entidades da capital paulista, para sensibilizá-los sobre a situação em que estão vivendo.
 
Nesta semana, aqui em São Paulo, estão sendo julgados os assassinos de Marcos Veron, liderança indígena morta em janeiro de 2003, em Juti, no interior de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, quatro homens armados ameaçaram,  espancaram e atiraram nos líderes indígenas no assentamento indígena, atingindo o cacique Veron, com 72 anos, que sofreu traumatismo craniano, morrendo logo a seguir. Por não haver isenção nos julgamentos envolvendo indígenas naquele estado, o Ministério Público Federal pediu que o processo fosse julgado na capital paulista.

A violência no Mato Grosso do Sul não apenas continua, como tem aumentado. Em 2006 foram mortos 28 indígenas, em 2007, 53 indígenas, e em 2008, 42 pessoas.

No ano passado dois professores indígenas desapareceram da aldeia, sendo que o corpo de um deles foi encontrado morto, embora o segundo até hoje continua desaparecido.

Estarão em São Paulo nesta semana, a partir de 5ª feira, familiares destes dois professores, além de representantes das aldeias Kurussu Ambá, onde no ano passado foram assassinadas duas lideranças, e representantes da aldeia Laranjeira Nhanderu, cuja comunidade foi despejada por ordem judicial, estando as famílias indígenas acampadas à beira da BR 163.

O que se questiona agora é a falta de isenção do judiciário regional, que pouca sensibilidade tem para com estes povos originários, favorecendo de maneira sistemática os fazendeiros e pessoas ligadas ao agro-negócio.

Estão sendo programados no pátio do Museu da Cultura da PUC-SP (dia 7, 6ª feira, às 18h30. Rua Monte Alegre, 984, Perdizes, tel.: 3670 8331 / 8559), projeção do vídeo Terra Negada (CIMI MS) e debate com estas lideranças, aberto ao grande público, e uma fala das lideranças no Curso da Defensoria do Estado de São Paulo – A questão indígena: caminhos e desafios – no dia 8, sábado, às 9h (Defensoria da União, rua Fernando de Albuquerque, 155, Consolação, restrito aos participantes do curso).

Organização: Conselho Indigenista Missionário do Mato Grosso do Sul e da Grande São Paulo (CIMI MS e SP), Pastoral Indigenista de São Paulo, Programa Pindorama da PUC/ SP, Museu da Cultura da PUC/SP e Núcleo de Estudos de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais (NEMA).


Fonte: Organização Popular Aymberê

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