julho 07, 2010

PQP!... aprovaram o novo Código Florestal. Pobre Vanessa!...

DecoSampaio | 24 de junho de 2010
Vídeo de protesto contra o Projeto de Lei nº 1876/99, que propõe alterações no Código Florestal.

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Nota do blog: Quando não é o governo Lula, é o próprio partido quem complica a vida da deputada federal Vanessa Graziottin, PC do B-AM. Candidata à prefeitura de Manaus, Vanessa teve uma baixa votação, tudo porque apoiou o salário mínimo proposto pelo governo federal, logo no início do primeiro mandato de Lula. A oposição jogou pesado, mesmo sabendo que o orçamento deixado pelo governo FHC não dava pra fazer graça. Agora é o secretario nacional do meio ambiente do seu partido, Aldo Rebelo, quem faz seus aliados corarem de vergonha, como relator do novo Código Florestal, que acaba de ser aprovado. Tá explicado porque o PC do B não apoia a causa da conservação do Encontro das Águas, no Amazonas. A candidatura de Vanessa ao senado dançou. Lástima!

Comissão da Câmara conclui votação sobre mudança no Código Florestal

Aldo Rebelo (PC do B-SP) diz que intenção é legalizar propriedades rurais.
Líder do PV, Edson Duarte (BA), fala em retrocesso ambiental.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília
Reunião da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma do Código Florestal, nesta terça-feira (6) 
Reunião da comissão especial da Câmara dos
Deputados que analisa a reforma do Código
Florestal, nesta terça-feira (6) (Foto: Roosewelt
Pinheiro/ABr)
A comissão especial que analisa mudanças no Código Florestal aprovou nesta terça-feira (6) o projeto que trata do tema mantendo o texto do relator, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Os destaques foram rejeitados e o projeto está agora pronto para votação em plenário, mas isso deverá acontecer apenas após o período eleitoral.

Aldo afirma que seu relatório tem a intenção de regularizar a situação de 90% dos produtores rurais brasileiros, que estariam atualmente na ilegalidade. A idéia é fazer uma consolidação das áreas que já estão em uso na agricultura e proibir o desmatamento nos cinco anos posteriores à promulgação da lei.
O texto afirma que nas pequenas propriedades, com até quatro módulos rurais, não é preciso fazer a recomposição das áreas já desmatadas de sua reserva legal. Nas áreas maiores, a recomposição florestal tem que ser feita em áreas do mesmo bioma e no prazo de 20 anos.

Uma das polêmicas é que a pessoa que regularizar sua propriedade terá uma espécie de “anistia” das multas que sofreu por causa do desmatamento ou da não preservação da área de reserva legal.

Outra mudança feita por Aldo nessa semana flexibiliza a possibilidade de desmatamento de florestas que tenham autorização ou tenham licenciamento ambiental. Pelo relatório anterior, só poderia desmatar quem obteve essa permissão até 22 de julho de 2008. Com o novo texto, o desmatamento será permitido para quem conseguir a permissão até a promulgação da lei. O argumento de Aldo é que a data anterior poderia provocar “problemas jurídicos”.

Outro tema controverso é sobre a possibilidade de flexibilização do tamanho da área de preservação permanente na margem dos rios. Aldo retirou de seu texto a permissão de que os estados reduzam pela metade essa reserva. O relatório, no entanto, abre a possibilidade que algum órgão do Sistema Nacional de Meio Ambiente faça alterações no tamanho das áreas de preservação permanente. Entre os órgaõs do sistema existem conselhos estaduais.

Para críticos do projeto, as mudanças feitas pelo relator nos últimos dias não resolveram o problema. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) é um dos mais exaltados contra o projeto. Para ele, a proposta beneficia principalmente os grandes produtores e é um risco para o meio ambiente.

“Podemos estar cometendo aqui um grande retrocesso na questão ambiental. Estamos mudando aqui para atender a interesses pequenos, isolados. A questão ambiental é de todos”, protestou o líder do PV, Edson Duarte (BA).

A votação aconteceu depois de muito debate e sob forte obstrução dos parlamentares ligados à causa ambientalista. Eles tentaram de toda a forma adiar a votação, mas não conseguiram.

A sessão foi acompanhada por dezenas de militantes a favor e contra a mudança no código. A segurança foi reforçada na sala em que se realizou a reunião, mas mesmo assim manifestantes do Greenpeace conseguiram entrar na frente da mesa da presidência com faixas contra o relatório de Aldo. Após a votação, defensores do código comemoraram gritando “Brasil” enquanto os adversários respondiam com o grito de “retrocesso”.

Fonte: G1

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