SP ganha maior ambulatório psiquiátrico do Brasil
Modelo inédito de atendimento em saúde mental irá tratar pacientes com quadros mais graves, mas que não necessitam de internação
A Secretaria de Estado da Saúde entrega nesta terça-feira, 10 de agosto, o maior ambulatório psiquiátrico do Brasil. O AME-Psiquiatria (Ambulatório Médico de Especialidades) Vila Maria, na zona norte da capital, faz parte de um modelo inédito de atendimento em saúde mental, que irá atender pacientes com quadros clínicos mais complexos, mas que não necessitam de internação. O investimento foi de R$ 1,8 milhão na reforma e adequação do espaço físico do prédio.
No AME-Psiquiatria haverá atendimento exclusivo para os grupos principais de portadores de doenças mentais, que são os depressivos e com transtorno bipolar, os dependentes de álcool e drogas, os pacientes com transtornos psicóticos e esquizofrenia e idosos com transtornos mentais, além de psiquiatria infantil e adolescente.
O projeto terapêutico do AME uniu três dos principais especialistas em psiquiatria do Brasil: Ronaldo Laranjeira, da Unifesp, Valentim Gentil Filho, do Hospital das Clínicas da FMUSP, e Sérgio Tamai, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Quando estiver operando em plena capacidade, a unidade poderá realizar até 39,2 mil consultas psiquiátricas e 14,4 mil consultas não-médicas com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, por exemplo. A manutenção da unidade deverá custar cerca de R$ 6 milhões ao ano.
Com modelo totalmente inovador, o AME-Psiquiatria receberá os pacientes encaminhados de outras unidades de saúde, estaduais ou municipais. Lá, eles passam por uma triagem, onde são avaliados, enquadrados nos grupos pré-definidos de patologias e encaminhados para as alas de tratamento específicas.
Na unidade, todos os detalhes foram pensados especificamente para o tipo de atendimento realizado. Os vidros das janelas e portas são revestidos com uma película que não permite ser estilhaçado, há uma ala para observação de pacientes em surto, área de convívio externa e brinquedoteca para crianças que estiverem aguardando pelo atendimento.
É um modelo terapêutico único e inédito na área da saúde mental, porque não exige internação do paciente, embora dê amparo total para os casos mais complexos. O paciente só é encaminhado novamente para uma unidade que trata problemas psiquiátricos leves, como os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) quando seu problema estiver inteiramente controlado, afirma o secretário de Estado da Saúde, Nilson Ferraz Paschoa.
Assessoria de Imprensa
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Um comentário:
Triste, mas normal. Já dizia Cazuza; toda forma de poder é uma forma de morrer por nada!
Lamentável, porém coerente com a atitude de Serra na época das conferências de saúde mental.
Agora dá para entender o porque, o que estava por tr´sa da atitude antidemocrática do governo de São Paulo.
A autonomia da loucura se constrói de baixo para cima e não de cima para baixo.
Viva a resistência dos Pciqueiros!
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