panem et circenses
Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer....
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Srs e Sras,
Enquanto algumas pessoas na sala de jantar "estão muito ocupadas em nascer e morrer" mais uma morte... mas uma morte covarde de um cidadão indefeso, mais uma morte anunciada, prevista, esperada... morte de um cidadão imobilizado entregue com vida aos seus "carcereiros" em nome da razão, da boa ordem social, da insuportabilidade das suas expressões sintomáticas; entregue a uma instituição privada, credenciada pelo SUS, paga com dinheiro público; entregue a uma instituição que já foi apontada em duas vistorias de Direitos Humanos como uma das piores do Brasil; como uma instituição cujas características físicas já foram condenadas, consideradas como inadequadas e irrecuperáveis... Mais uma morte que deve ser debitada, imputada à responsabilidade do Estado brasileiro, como o caso Damião Ximenes deixou sobejamente demonstrado... cidadãos que morrem sob a tutela do Estado são de responsabilidade do Estado... Mortes criminosas pela violência ou pela negligência, ou pelo somatório das duas...
Mortes que devem ser debitada também a todos os que acham, como se fosse uma questão de cálculos burocráticos, que o processo de desospitalização brasileiro tem que ser feito, segundo conveniências políticas, de olho na "opinião pública" ou aos ritmos da vontade dos proprietários dessas pocilgas... Aos que acham que o atual sistema de fiscalização dos serviços prestados ao SUS por estas casas de horrores, via o PNASCH é satisfatória; aos acham que a exigência de participação dos movimentos sociais e entidades dos trabalhadores, nessas inspeções, causa "muito tumulto" para os gestores. Aos "federais", "estaduais" e "municipais" cada um com uma parcela de responsabilidade pela sua omissão. Omissão por permitir que elas aconteçam, pela frouxidão naturalizadora da "necessidades de leitos" que faz com que a desaceleração da desospitalização seja cada vez maior; pela ausência de fiscalização continua e rigorosa; e pela letargia na apuração das responsabilidades, cultuando a condição impune: ninguem é responsável pela morte a não ser o próprio morto!!!.
Há quase oito anos encontra-se nas mesas do Ministério da Saúde uma proposta para aprofundar os processos de fiscalização e notificação de mortes e violência em hospitais psiquiátricos, obrigando a notificação compulsória de todas as situações de mortes e traumas físicos em hospitais psiquiátricos, criando grupos de inquérito independenes para a sua apuração, exigindo exames de corpo de delito e autopsia, notificação a autoridade policial e ministério publico... enfim uma regulação para protejer a vida dos que estejam internados enquanto não são desospitalizados... porque uma medida adminstrativa tão simples não foi tomada? perguntem aos gestores...
Se essa é uma lista... (omitimos o nome da lista) não é estranho que ela não queria discutir a política nacional de saúde mental? Fica aqui uma pergunta como um desafio para todos que participam desta lista: o que é que deveríamos fazer para enfrentar essa situação crônica de mortes em hospitais psiquiátricos? O que deveriam fazer os gestores, o que deveriam fazer as entidades e movimentos, o que deveríamos fazer cada um de nós que se diz militante antimanicomial da Reforma Psiquiátrica?
veja mais em http://osm.org.br/
Marcus Vinicius
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Um comentário:
Muita dor pesar pela morte de meu grande mestre, Sensei Sergio Mario era muito mais que um professor de técnicas de karatê ou lutas, era um
entendedor da verdadeira estratégia de lutas e de vida, me ensinou o mais profundo conhecimento da busca pelo auto conhecimento.
Agradeço a deus por ter conhecido este homem e que mudou minha vida, hoje sou mestre de hapkido e taekwondo, mais o seu ensinamento mora em meu coração e passo este conhecimento para os meus alunos, assim tento manter a tradição e o nome daquele verdadeiro mestre que mudou a minha vida e a de muitos. Osss!
Mestre Alessandro Morales.
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