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Companheira presidenta, tenho pela sua pessoa o mais profundo respeito. Os brasileiros que enfrentaram corajosamente a ditadura militar, como você o fez, mereciam um lugar de honra na história do país, não fosse o vergonhoso papel assumido pela imprensa corporativa. Ao longo dos anos, sob penas de aluguel, toneladas de papel foram usadas para despejar a tinta da discórdia. Só recentemente, por ocasião da mais repugnante campanha que nenhum outro grupo oposicionista ousara fazê-lo, caiu a máscara dos impérios midiáticos que cresceram à sombra da ditadura militar
Tenho orgulho da geração que sustentou a luta política durante o regime militar. Faço parte dela. Tê-la à frente do maior cargo público do país é pois motivo de júbilo para todos nós. O Brasil estava merecendo ter a primeira mulher na presidência da república.
Estou entre os blogueiros que, na eleição de 2010, fizeram do espaço virtual uma trincheira contra a mídia golpista, articulada em torno de suas perdas financeiras, depois que o governo Lula democratizou as verbas publicitárias. Não é outro o fundamento da guerra midiática movida contra o governo Lula e sua candidata Dilma Vana Rousseff.
Continuo e continuarei fazendo parte desta rede. Entretanto, é chegada a hora de sairmos do palanque eletrônico. Se não formos capazes de formular análises críticas sobre pontos discordantes do conteúdo de algumas políticas públicas, teremos deixado de cumprir o propósito de manter acesa a chama do debate democrático.
O Brasil já sabe das suas prioridades no governo. Uma delas tem íntima ligação com a canção que lhe ofereço no dia da sua posse. Tome-a como uma singela lembrança da imensa dívida que a nação tem com suas crianças e adolescentes.
Rogelio Casado
Rogelio Casado
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