PICICA: "Com base em critérios universais, foram selecionados 85 projetos
dentre os mais de 1500 iniciais. Os autores definiram, então, sete
árbitros, um para cada área prioritária, que escolheram quatro projeto
cada um, reduzindo o número para 28 iniciativas. O estágio final foi
escolher os últimos 15 projetos, o que foi feito por meio de uma
pontuação detalhada de cada um deles em relação à sua capacidade de
lidar com as megatendências globais do Estado Futuro.
Pela seleção das obras, deduz-se que nos próximos anos se consolidará
a função colonial da Amazônia, de exportar matérias primas. É por isso
que a hidrelétrica de Belo Monte, a mais cara obra pública em andamento
no Brasil (em torno de 30 bilhões de reais), é complementada pela linha
de transmissão do rio Xingu no destino dos mercados de transformação
industrial, no distante sul do Brasil."
Sumidouros de riqueza
As hidrelétricas de Belo Monte e São Luiz do Tapajós, e as concessões da BR-163, a Santarém-Cuiabá, são os três projetos localizados (os dois primeiros na totalidade e o último parcialmente) no Pará que estão entre as 15 obras de infraestrutura mais importantes para o Brasil. É o que diz o relatório Futuro do Estado 2030, elaborado pela consultora KPMG e a revista Exame, da editora Abril.O estudo aponta “as nove megatendências que vão impactar os programas governamentais”. Dos 15 projetos em que elas se materializam, cinco se situam em São Paulo: o aeroporto internacional de Viracopos, o tratamento e abastecimento de água São Lourenço, a linha 6 do metrô paulistano, as habitação de interesse social e o Ferroanel.
Os outros projetos mais importantes são o saneamento da região metropolitana do Recife, o metrô de Salvador, o Smart Grid Light, o campo de petróleo de Libra (do Pré-Sal), 29 sondas de perfuração marítima em águas profundas e o Plano Nacional de Melhoria da Qualidade/Plano de Investimentos das operadoras de serviço móvel pessoal 2012-2014 (Tim, Vivo, Claro e Oi).
A ferrovia Norte-Sul é o 15º projeto, que devia beneficiar também o Pará, mas por enquanto se expande apenas para o sul, a partir do Maranhão. Como tema de campanha, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a estender uma linha no sentido do porto de Vila do Conde, em Barcarena.
Informativo da KPMG diz que foram analisados 1.566 projetos concluídos ou em andamento no país, divididos por segmentos: energia, petróleo e gás, transporte, saneamento, telecomunicações, infraestrutura social e mobilidade urbana.
A partir daí, os projetos foram classificados “de acordo com os pilares das megatendências apontadas no Futuro do Estado 2030, que são: mudanças demográficas; ascensão das classes sociais; inclusão tecnológica; economias interligadas; dívida pública; alterações no poder econômico das nações; mudanças climáticas; escassez de recursos; e urbanização.
Segundo levantamento de competitividade do World Economic Forum (WEF), o Brasil ocupa a 114ª posição entre 148 países em termos de qualidade de infraestrutura, apesar de ser classificado como o sétimo maior PIB mundial. A seleção dos 15 projetos, de acordo com a KPMG/Exame, pode ajudar o Brasil a melhorar no ranking do WEF, “além de servir como modelo para ajudar a enfrentar os desafios das nove megatendências”.
Com base em critérios universais, foram selecionados 85 projetos dentre os mais de 1500 iniciais. Os autores definiram, então, sete árbitros, um para cada área prioritária, que escolheram quatro projeto cada um, reduzindo o número para 28 iniciativas. O estágio final foi escolher os últimos 15 projetos, o que foi feito por meio de uma pontuação detalhada de cada um deles em relação à sua capacidade de lidar com as megatendências globais do Estado Futuro.
Pela seleção das obras, deduz-se que nos próximos anos se consolidará a função colonial da Amazônia, de exportar matérias primas. É por isso que a hidrelétrica de Belo Monte, a mais cara obra pública em andamento no Brasil (em torno de 30 bilhões de reais), é complementada pela linha de transmissão do rio Xingu no destino dos mercados de transformação industrial, no distante sul do Brasil.
Fonte: Lúcio Flávio Pinto
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