PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
agosto 06, 2009
Juiz comanda pessoalmente despejo ilegal de sua fazenda, pela segunda vez
JUIZ COMANDA PESSOALMENTE DESPEJO ILEGAL DE SUA FAZENDA, PELA SEGUNDA VEZ
Como já é de conhecimento de todos/as o MST Maranhão ocupou no dia 26 de julho de 2009, a fazenda Por do Sol do Juiz Escravocrata Marcelo Testa Baldochi, Município, Bom Jardim Maranhão. No dia 01 de agosto, as famílias foram despejadas, a liminar estava com prazo de 15 dias para contestação e mesmo assim o despejo foi efetuado na hora. A área ocupada tem processo por ter sido encontrado trabalho escravo e também por ter fornos de carvão que funcionavam ilegalmente. A fazenda fica em frente ao Assentamento Terra livre, organizado pelo MST, o que possibilitou as famílias se reorganizarem e realizar uma segunda ocupação no dia 04 de agosto de 2009.
Hoje dia 05 de agosto de 2009, as 11:00 da manhã as famílias foram novamente despejadas, sendo esta, uma ação realizada de forma violenta com a participação direta do próprio Juiz. Segundo depoimento tanto das famílias acampadas como das famílias assentadas houve agressão física e verbal por parte da policia na ação de despejo e também com as famílias do assentamento por terem dado apoio e proteção aos acampados. Dois companheiros: Cícero Martins dos Santos e Valmir Soares da Silva foram presos e fisicamente agredidos. Neste Momento, às 21:30 do dia 05, a polícia retornou ao assentamento Terra Livre, onde as famílias se encontram acampadas e além de amedrontar a comunidade assentada e os acampados, estão perseguindo incansavelmente alguns companheiros e companheiras que estão identificados por eles como líderes e permanecem na área sem ter como sair. Estes, mesmo estando sendo protegidos pelos assentados, temem por sua segurança e pelas suas próprias vidas. No acampamento se encontram trabalhadores que já foram vítimas do trabalho escravo, ato praticado pelo Juiz Marcelo Testa, nessa mesma fazenda.
Necessitamos urgentemente tornar esta uma ação pública, articular apoio aos trabalhadores e trabalhadoras que estão em luta pelos seus direitos e defender as vidas dos companheiros e companheiros que estão a mercê da injustiça da Justiça.
Secretaria Estadual do- MST-MA
São Luis, 5 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário