dezembro 04, 2009

Exército sinaliza 1ª unidade de conservação na BR-319

Unidade de conservação da BR-319
Postada em blstb.msn.com

Nota do blog: O geógrafo Milton Santos afirmava, antes de morrer, que a universidade foi fragilizada no processo de globalização. Tanto assim que os projetos hegemônicos são antecedidos de um forte debate ideológico, sem que ninguém queira ouvir o que diz a ciência. Pior do que o debate ideológico é o deboche dos iletrados. Baixaria pura. Em pleno parlamento amazonense, ouvi perplexo um político afirmar que o Ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, só veio ao Amazonas uma vez, e tão somente para fumar um baseado (cigarro de maconha). No debate público nacional o corajoso ministro já foi chamado de boiola y outras cositas mas. Péssimo exemplo oferecido pelos que se habituaram a ganhar no grito. Vejam do que se livrou o meu cumpadre Marcus Barros ao deixar o IBAMA. Enquanto isso, o sindicalismo, outrora mais atuante no debate público, reduziu-se a movimento reivindicatório salarial. Lástima!

Amazônia
Exército sinaliza 1ª unidade de conservação na BR-319

Eric Camara
Enviado especial à BR-319


O Serviço Geográfico do Exército brasileiro completou nesta quarta-feira a sinalização da primeira placa e do primeiro marco no Parque Estadual do Tapauá, uma das 27 unidades de conservação criadas no entorno da BR-319.

Ao todo, serão instalados 5 mil marcos nestes parques, além de placas de sinalização informativas para demarcar a área das unidades, que soma quase 12 milhões de hectares.

A tarefa de levar placas e marcos a locais muitas vezes isolados no meio da floresta amazônica – como foi o caso nesta quarta-feira, deve ser completado pelo Exército até outubro de 2010.

“O Exército sempre foi um órgão essencialmente ambiental e agora, com este trabalho, mais ainda”, afirmou à BBC Brasil o general Pedro Ronalt Vieira, diretor do Serviço Geográfico do Exército.

GPS

A BBC Brasil acompanhou os trabalhos de instalação no parque do Tapauá, que incluíram a instalação de um aparelho GPS de alta precisão para localizar o ponto exato de instalação do marco.

A demarcação das unidades de conservação próximas à BR-319 foi uma exigência do Ibama para liberar a pavimentação do trecho central, de 400 quilômetros, da rodovia.

O Estudo de Impacto Ambiental apresentado pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (DNIT) foi rejeitado pelo Ibama, em julho.

Embora o trabalho do Exército esteja só começando, a ansiedade pela liberação da obra já pode ser sentida nas comunidades que margeiam a estrada.

Edith Alves Pantoja, moradora da Vila Realidade, o último povoado antes do trecho ainda sob embargo, vê a recuperação das pistas com esperança.

“Podia abrir a BR para poder passar gente por aqui”, afirmou Edith à equipe da BBC Brasil.

Na terça-feira, índios da aldeia Tucumã, também às margens da BR-319, encontraram a equipe da BBC Brasil na beira da estrada e manifestaram o seu descontentamento com a demora na demarcação das terras.
Para eles, quanto mais tempo a demarcação levar, mais difícil ficará proteger as suas terras, caso a BR volte a funcionar.

Fonte: BBC
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