A poucos metros da Secretaria de Cultura, ninguém viu quando a empresa Andrade Gutierrez começou a demolir quatro casarões históricos - vizinhos do Palácio Rio Negro, antiga sede do governo -, onde está em andamento as obras de finalização do Parque Senador Jefferson Peres. Afinal, quem fiscaliza a obra?
Embora o jornal A Crítica tenha denunciado esse descaso com o patrimônio destruído, a certeza de que não haverá manifestação popular em defesa da história da cidade obriga os leitores a engolir essa pérola publicada na matéria de hoje sobre a violação daquele patrimônio centenário (a matéria não informa se eles estão tombados), depois que o IPHAN notificou a empresa sobre o ocorrido (a mesma entidade que notificou os responsáveis pela restauração do Mercado Público Municipal, na administração Serafim Corrêa, impedindo que aquele patrimônio fosse descaracterizado):
Quanto a uma notificação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Robério afirmou não precisar desse tipo de intervenção para tomar as providências, pois o Iphan não tem jusrisdição na área, já que as casas não têm tombamento federal. “O Estado não precisa da proteção do Iphan. Temos políticas mais eficientes do que as do Governo Federal. Várias restaurações já foram feitas naquela e em outras áreas e vamos apurar o que houve”, finalizou. (Fonte: A Crítica)A matéria sugere que houve imperícia. Queremos, como cidadãos, a verdade dos fatos. Uma coisa é certa, a ausência de diálogo entre os três poderes tem deixado vulnerável o patrimônio histórico dos amazonenses. Aqui e ali ele está desaparecendo para dar lugar a uma arquitetura de gosto duvidoso. Invocar a eficiência das políticas estaduais é esconder esse mal estar, além de uma deselegância com o principal parceiro político do Estado: o governo Lula. Por essa e por outras, Robério Braga, Secretário de Cultura, é candidato ao mesmo destino de FHC.
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