PICICA: Jean Paul Belmondo foi, na minha juventude, um dos meus artistas de cinema predileto. Época de ação. O filme tem três sequências inesquecíveis. Uma captura Brasília no ano de 1964; duas outras em Manaus. Ainda me lembro o alvoroço na Cidade Flutuante (casas de madeira e cobertura de palha construídas sobre enormes açacus), quando ali foram filmadas algumas cenas. Nessa época, garoto, morava na rua dos Barés, fronteira com a Praça dos Remédios, de onde se divisava a referida Cidade, e já havia completado 11 longos anos de vida. As cenas ali gravadas não estão disponíveis no You Tube. O amazonense "pó-de-arroz" não gosta da cena, porque lembra a decadência da economia daqueles tempos. A de Brasília é memorável. A capital da república num registro inédito. Mas é o sobrevôo da chegada do personagem a Manaus que traz uma cena igualmente inédita. Um doce de cupuaçu japonês para o primeiro militante do movimento socioambiental SOS Encontro das Águas que identificar o achado do internauta que enviou essa preciosidade. Na verdade, o internauta, que não quer se identificar, mandou apenas a sequência de Brasília. Quanto à cena abaixo, foi um achado consequente: o Encontro das Águas, a costa do Catalão, a costa do Careiro da Várzea, a Ponta das Lajes e, ao fundo, o lago do Aleixo, no tempo em que ele era protegido pela Colônia de Hanseníanos ali existente, e que hoje, através do Movimento dos Hanseníanos do Amazonas (MOHAM), desempenha um importante papel como uma das entidades que luta pelo tombamento e criação da Área de Conservação do Encontro das Águas "Thiago de Melo" (a nomeação do lugar vai por conta do PICICA, que defende a idéia de homenagem justa ao poeta que canta a Pátria das Águas). Nessa época, o lugar ainda estava virgem da poluição provocada pela expansão da cidade, sobretudo a do Polo Industrial da Zona Franca de Manaus. Dedico esta postagem aos companheiros de luta. Divirtam-se.
belmondo
Nenhum comentário:
Postar um comentário