PICICA: Amanhã, dia 22 de novembro, a Associação Chico Inácio (filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial), através de uma parceria com a Secretaria Estadual de Ação Social (SEAS) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), inicia um novo período na história da Saúde Mental amazonense. Pela primeira vez, usuários de saúde mental ultrapassam os muros de uma das mais temidas instituições da violência - o hospício - e, com o apoio da Extensão da UEA, formulam projetos de inclusão social, superando a moral manicomial que, nos últimos 250 anos, alçou à categoria de ordem médica a exclusão da vida social dos portadores de transtorno mental. Uma série de projetos de geração de renda estarão sendo oferecidos a partir desta segunda-feira, através de outra importante parceria. Referimo-nos ao CETAM (Centro de Educação Tecnológica do Estado do Amazonas). Face à proximidade do Natal, o primeiro deles envolve a produção de enfeite natalinos. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não participa como parceira do projeto, em razão do paradoxo manicomial que se instalou na atual coordenação de saúde mental, incapaz de oferecer um parecer que ajude a Saúde Mental a sair do paralizante convívio com o atual modelo híbrido de tratamento de pessoas com transtorno mental, no qual o hospício convive com centros de atenção psicossocial, num ata-e-nem-desata próprio do impasse provocado pela falta de operacionalização da passagem do modelo manicomial para o modelo baseado na atenção psicossocial. Desde meados de agosto, o parecer solicitado pelo titular da pasta ainda não foi respondido, depois que lhe foi enviado um pedido formal de compromisso institucional, o que tem deixado a coordenação do projeto perplexa com a falta de iniciativa do setor. Aos companheiros(as) da gloriosa Associação Chico Inácio, autora do projeto de Lei de Saúde Mental, sancionada pelo governador Eduardo Braga em outubro de 2007, e da atual proposta de inclusão social através da criação de cooperativas sociais, ofereço este singelo vídeo como prova do imenso carinho pela persistência na luta. Sintam-se abraçados. E como sugestão, proponho que a primeira audiência do coral VIVA VOZ seja feito em praça pública, acompanhado não mais de um abraço simbólico como os três que realizamos entre 2003 e 2004, mas através do simpático convite aos transeuntes para receber um abraço de verdade. Praticante ardoroso do abraço, uma das mais simpáticas manifestações da humanidade, em sua dimensão fraterna, amorosa e solidária, ofereço-me, humildemente, como voluntário. Viva o Projeto "Nós e Voz".
Abbracci gratis a Sondrio, 15 maggio 2010
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