janeiro 12, 2011

Grandes fortunas, por Francisco Praciano

PICICA: "(...)as 5 mil famílias mais ricas do Brasil tinham, em 2004, um patrimônio correspondente a 42% de toda a riqueza produzida pelo País em um ano."
 
Grandes fortunas



  
Após os oito anos do governo Lula, o Brasil mudou para melhor, com 20 milhões de pessoas saindo da miséria e 30 milhões passando a fazer parte da classe média.

Hoje, numa população de 190 milhões, 105 milhões são trabalhadores, com 60% possuindo carteira assinada. Nesses oito anos, os direitos sociais e o bem estar dos mais pobres e desprotegidos da sociedade brasileira foram promovidos e ampliados por meio de políticas públicas federais de inclusão social.

Particularmente, faço parte dos 84% da população brasileira que considera ótimo ou bom o governo do presidente Lula. Contudo, também faço parte da grande maioria de brasileiros que se indigna com o fato de que os espectos da miséria e da fome ainda rondam 30 milhões de pessoas que continuam excluídas de qualquer possibilidade de uma vida digna, com uma boa parte delas sobrevivendo do lixo e das sobras e outras vivendo com R$ 50 reais por mês, dependendo do bolsa família para complementar a renda familiar.

Segundo o Atlas da Exclusão Social (organizado pelo economista Márcio Pochman), as 5 mil famílias mais ricas do Brasil tinham, em 2004, um patrimônio correspondente a 42% de toda a riqueza produzida pelo País em um ano. E essas 5 mil famílias representavam apenas 0,001% do total de famílias brasileiras.

Por esses dias, li em um jornal que, antes mesmo de 2020, seremos uma das 7 maiores potências mundiais em termos de produção de riqueza e que em 2050 só perderemos para China, Índia e Estados Unidos. De nada adiantará, porém, nos tornarmos um país com riqueza de 1º mundo se essa riqueza continuar concentrada nas mãos de poucos. Por isso, quando a Câmara dos Deputados começar a discutir neste ano a Reforma Tributaria, estarei entre aqueles que também defendem, por uma questão de justiça, um imposto específico para ser pago pelos que possuem grandes fortunas.

Fonte: Diário do Amazonas

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