PICICA: Tá certo que o manauara é um sujeito passivo, quando o assunto é urbanismo e impacto ambiental - guardadas as exceções. Mas, uma coisa ele não é: bocó. Se temos árvores infestadas por parasitas, a responsabilidade é do poder público que cuida mal das nossas árvores. Até parece coisa pensada, não fosse um traço da cultura administrativa das últimas décadas, sobretudo com a instalação da zona franca de Manaus. Desse modo, não surpreende que até agora não tenha aparecido nenhum laudo dando conta de que a mangueira abatida no largo de São Sebastião, ao lado do Teatro do Amazonas, estava doente. Esse argumento tardio é 'conversa pra boi dormir', e ao que tudo indica tem como objetivo preparar o terreno para novos cortes de árvores 'doentes'. Tudo isso debaixo do nariz dos vereadores, incapazes de cuidar da cidade que os elegeram para fiscalizar as ações do poder público. E tem mais, plantar novas mudas na Praça do Congresso, que está em reforma, é chover no molhado. Só faltava a praça virar mais um 'descampado'! Plantar árvores na rua José Clemente, por trás da Santa Casa de Misericórdia, é mole. Quero ver é plantar árvores nas ruas do comércio predatório, que fez desaparecer da paisagem do centro histórico da cidade a arborização legada por nossos antepassados. De louvável, ressalto a iniciativa de plantar ipês. Finalmente poderemos ter no futuro árvores floridas que ponham fim à monotonia do pouco verde que nos sobrou.
O Centro Histórico de Manaus vem perdendo, uma a uma, as suas mangueiras - Foto: Rede Rio Mar
Revitalização da arborização de vias do Centro Histórico de Manaus começou na noite dessa quarta-feira
As mudas nativas que e outras que serão selecionadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) começarão a ser plantadas a partir da noite desta quarta-feira (19), no Centro Histórico de Manaus. O trabalho é resultado de uma parceria feita pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com o implante de 40 mudas nativas amazônicas que passarão a ocupar os passeios públicos situados no entorno da Praça do Congresso e na Rua José Clemente, por trás da Santa Casa de Misericórdia.
O projeto paisagístico estabelecendo as diretrizes da revitalização da arborização do Centro Histórico de Manaus deverá receber mudas de mais de dois metros de altura com grades de proteção e gradil para área permeável, obedecendo aos parâmetros exigidos pelo Plano Diretor de Arborização Urbana de Manaus.
As ações que serão desenvolvidas em conjunto com a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente prevê inicialmente o plantio de um quantitativo de 50 mudas, dez a mais que a SEC deveria compensar,em função do corte da mangueira localizada no Largo São Sebastião. Todas serão de espécies nativas como o pau-pretinho e o ipê amarelo, que proporcionarão sombra, conforto térmico e um paisagismo inédito para o centro histórico de Manaus, uma vez que mais de 80% das espécies plantadas naquela área são exóticas.
As mudas serão plantadas com o distanciamento médio de cinco metros entre uma e outra. No final da tarde desta quarta-feira (19), uma equipe da Semmas e da SEC acompanhou o trabalho de medição para a abertura das covas e realização do plantio propriamente dito. A expectativa é de que o trabalho desta fase de compensação ambiental esteja concluído na sexta-feira (20). Técnicos da Semmas já deram início ao estudo para identificação de pontos de arborização nos logradouros do Centro Histórico da cidade. Até o momento, somente na Avenida Eduardo Ribeiro, foi detectada a necessidade do plantio de 43 árvores.
O trabalho consiste em plantar e também substituir árvores infestadas por parasitas e totalmente mortas. Na Praça do Congresso, por exemplo, diversos espécimes exóticos já se encontram em estado de biodeterioração avançado. A praça foi visitada na manhã da última segunda-feira (16) pelos secretários de Meio Ambiente e Sustentabilidade, da Prefeitura de Manaus, Marcelo Dutra, e de Cultura do Estado, Robério Braga. A revitalização do logradouro vai constar de obras estruturais e na parte do paisagismo, o trabalho da Semmas consistirá na indicação das árvores nativas da região amazônica e acompanhamento da execução do projeto. Na praça, quatro acácias de grande porte estão em estágio de declínio e poderão ser retiradas e substituídas. O trabalho faz parte de uma parceria entre a Semmas e a SEC. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura é responsável pela realização do projeto.
Fonte: Culturadoam.blogspot.com
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