setembro 22, 2012

A maior parte dos candidatos à Prefeitura esquece as comunidades tradicionais de ribeirinhos da área rural de Manaus

PICICA: Para os candidatos à Prefeitura nessas eleições de 2012, a área rural do município de Manaus não existe. Sequer é mencionada nos programas eleitorais. A campanha da candidata do PC do B tem o mérito de dar visibilidade às nossas comunidades tradicionais de ribeirinhos, pelo menos à oeste da cidade. Fica aqui a sugestão do PICICA: extensão das políticas públicas para as comunidades do Mainá e do Jatuarana, a leste da cidade. Além de terem suas terras ocupadas pelo Exército, os militares não deixam passar o Luz Para Todos, programa do governo federal. É impossível manter estoque de vacinas e merenda escolar para as crianças da região. Veja o que diz o antropólogo Alfredo Wagner sobre esse conflito, que se arrasta desde os anos 1990: Cartografia da resistência ribeirinha (sinopse abaixo).
Duas comunidades tradicionais de ribeirinhos - São Francisco do Mainã e São José do Jatuarana, localizadas a 60 km de Manaus, na costa do rio Amazonas, resistem à ocupação de suas terras pelo Exército brasileiro. Neste vídeo, realizado pela Nova Cartografia Social da Amazônia (UFAM/UEA), o professor doutor Alfredo Wagner e sua equipe, atendendo um pedido da Procuradoria Geral da República, apresenta uma contundente resposta contra uma agência institucional do governo que procede de maneira arbitrária, em franco desrespeito aos direitos territorais daquelas comunidades. O vídeo postado neste espaço, para socialização da denúncia, é propriedade intelectual da Nova Cartografia Social da Amazônia.

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Vital Melo vê em comunidades um polo agroindustrial e turístico de Manaus


Na caminhada em oito comunidades localizadas no Tarumã Mirim e Tarumã Açu, nessa quinta feira, 21/09, o vice de Vanessa, Vital Melo, pôde constatar que as necessidades dos moradores da Comunidade Nossa Senhora de Fátima são semelhantes às das outras famílias ribeirinhas das comunidades da margem direita do Rio Negro.

A pouco mais de 10 minutos da Marina do Davi, por via fluvial, a Comunidade Nossa Senhora de Fátima fundada em 1987, tem uma população formada por 800 famílias, as características de um bairro de Manaus e todos os problemas de uma distante cidade do interior do Estado.

Entre os problemas confirmados por Vital estão: a falta de energia elétrica, o transporte dos moradores com horário marcado, a estrada para escoamento da produção de polpa de frutas e o maior deles, uma solução urgente para a regularização da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Tarumã – Mirim, que é dona de uma câmara frigorífica com capacidade de estocagem de 50 toneladas de polpa de frutas, mas que já está inativa há mais de um ano por porque a máquina do frigorífico não resiste as quedas de energia e, queima com regularidade.

Independente dos projetos que Vanessa está preparando para as oito comunidades do Tarumã Açú e Mirim, já está em andamento o chamado “turismo de lazer na comunidade da Agrovila”, que segundo o senhor Sebastião Vieira de Souza, 56, é a principal fonte de renda local, em virtude da proibição da extração de madeira, que lhes dava certa renda e sustento.

Mas, também pede a Vanessa que olhe para as questões básicas, como: poços artesianos, saúde energia elétrica, regularidade dos transportes de passageiros. Com esses cuidados, é possível dar início a uma nova fonte de renda para os moradores dessa comunidade.

Fonte: Vanessa 65

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