PICICA: "A decisão foi tomada durante reunião realizada no salão do bar, com
participação da herdeira do Armando, Ana Claudia Soares, de fundadores
da Bica, o procurador-geral Francisco Cruz, o jornalista Mário Adolfo e o
psiquiatra Rogelio Casado, e outros integrantes que desembarcaram na
Bica há 10 anos, como o empresário da noite e antigo garçon do bar,
Charles Stones; o pesquisador musical Roberto Pinheiro e o compositor
Adal, além do empreiteiro Fabrício Seabra."
“A Bica está viva. Viva, a Bica!”. Com essa frase, que será exposta no Bar do Armando, no largo de São Sebastião, nas próximas horas, parte dos fundadores da Banda Independente da Confraria do Armando confirmou na noite de segunda-feira, 17, que a banda vai sair no sábado magro, dia 2 de fevereiro, cumprindo uma tradição de 26 anos.
A decisão foi tomada durante reunião realizada no salão do bar, com participação da herdeira do Armando, Ana Claudia Soares, de fundadores da Bica, o procurador-geral Francisco Cruz, o jornalista Mário Adolfo e o psiquiatra Rogelio Casado, e outros integrantes que desembarcaram na Bica há 10 anos, como o empresário da noite e antigo garçon do bar, Charles Stones; o pesquisador musical Roberto Pinheiro e o compositor Adal, além do empreiteiro Fabrício Seabra.
Durante a reunião, os biqueiros também votaram no enredo, elegendo “Olha que confusão, o ovo esquerdo perdeu a eleição”, numa referência à história do ovo que teria atingido a candidata à prefeita, Vanessa Grazziotin (PCdoB), à entrada de um debate de TV.
Memória
Os biqueiros discutiram ainda a importância de manter vivo o maior evento de Carnaval de rua do Amazonas, “uma forma de manter viva a memória de Armando”, disse o procurador Francisco Cruz. Embora existam outros fundadores da Bica favoráveis ao fim da banda, já que seu patrono, o português Armando Soares morreu em abril deste ano, a herdeira do botequim decidiu se juntar aos fundadores que são favoráveis em manter a atividade e deu seu apoio para que a Bica retorne às ruas.
O psiquiatra Rogélio Casado, um dos maiores defensores de se manter a banda viva, citou como exemplo o caso do Bacalhau do Batata, um bloco de Carnaval que sai pelas ladeiras de Olinda (PE) arrastando uma multidão de foliões na Quarta-Feira de Cinzas. O bloco, cujo estandarte é um bacalhau, juntamente com outros ingredientes culinários, foi criado por um garçom, Isais Pereira da Silva, conhecido como o “Batata”, que trabalhava durante todo o Carnaval e não podia brincar devido o emprego, e por isso criou o bloco para sair na Quarta-Feira de Cinzas. Batata morreu em 1993, mas a folia continua até hoje, em sua memória.
Fonte: Amazonas em Tempo
Um comentário:
Vida longa para a Bica e o que ela representa para o Carnaval de Manaus,
Lilian Marinho
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