setembro 19, 2007

Decifra-me ou te devoro!

Observe bem esta fotografia aérea da cidade de Manaus feita pela NASA. Você é capaz de identificar, nesta distância de milhares de quilometros, o que falta para uma população de quase dois milhões de habitantes?

Atente bem! Olhe de novo! Você ainda não conseguiu enxergar?

Não se desespere. De perto, que é de perto, as autoridades sanitárias dos anos 1990 também não se deram conta de que tínhamos apenas o velho Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro - instituição fundada em 1894 - para atender as demandas de saúde mental de todo o estado do Amazonas e estados vizinhos!

O que há de positivo é que depois da passagem do milênio, no governo Eduardo Braga, foi criado o primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Mais exatamente em 4 de maio de 2006. Pouco mais de um ano depois, a demanda aumenta a cada dia que passa. E olha que o atendimento é restrito apenas ao povo da zona Norte da cidade de Manaus.

Profissionais de saúde, usuários do Sistema Único de Saúde, familiares, autoridades civis e eclesiásticas esperam pela implantação de mais CAPS em Manaus. Peraí! Em vez de esperar, não é melhor organizadamente começar a buscar interlocução com as autoridades sanitárias antes que o pessoal do Hospital Psiquiátrico baixe enfermaria de vez, de tanto levar no couro pela demora do atendimento de centenas de pessoas que, diariamente, buscam naquela casa de saúde para seus sofrimentos.?

Lembrete: por desconhecimento, as cobranças têm sido endereçadas ao poder público estadual; vale lembrar que as ações de saúde foram municipalizadas desde 2003. Portanto... há que se abrir interlocução com a autoridade sanitária municipal.

O fato é que a falta de instalação de uma rede de CAPS está atrasando o cronograma de substituição do Hospital Psiquiátrico pelo Hospital de Clínicas, mantido o Pronto Atendimento Humberto Mendonça, responsável pelo atendimento de crises psiquiátricas.

Tá dada a dica! Resta saber quem vai colocar o guizo no pescoço do gato.

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