Santos-SP: A Primavera e os Lírios

Concha Acústica de Santos-SP

A cidade de Santos-SP, na administração Telma de Souza, do Partido dos Trabalhadores, tendo como Secretário de Saúde o saudoso sanitarista David Capistrano Filho, foi o primeiro município a responder positivamente ao desafio de criar uma sociedade sem manicômios. Em 1987, os trabalhadores de saúde mental num congresso em Baurú-SP, onde o próprio Davizinho era Secretário de Saúde (que coincidência, não?) estabeleceram uma ruptura na Reforma Psiquiátrica em curso no Brasil daquela época, criando o lema POR UMA SOCIEDADE SEM MANICÔMIOS. Porém, para instaurar um novo paradigma era preciso ter poder na mão. Foi então que, dois anos depois, em 1989, lá estava Davi e seus companheiros fazendo história. Desta vez, em Santos ao fecharam um manicômio barra pesada, desses que contibuiram um dia para que o país chegasse a mais de 100 mil leitos; atualmente ainda faltam fechar 40 mil leitos. Prá isso, vai ser preciso mais investimento na saúde. Mas essa é outra história. O fato é que, em Santos, os próximos 8 anos seriam marcados por inúmeras conquistas no campo da Reforma Psiquiátria... até o PT perder as eleições para o PFL - atual DEMO - (Vixe!), e em seguida para o PSDB. São passados dez anos da contínua tentativa de desmontar o que os pioneiros criaram em Santos. A Rádio Tan-Tan, por exemplo, é apenas uma lembrança na memória da Reforma Psiquiátrica brasileira. Mas, como se pode constatar, pela dica enviada pelos queridos amigos e companheiros Dulce e Geraldo Peixoto, o Núcleo Maluco Beleza (filiado à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial) continua resistindo. De parabéns a moçada que se envolveu nessa façanha, entre eles: Tânia Canhadas, Wagner Oda e Fabrício.

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Vejam nossas fotos em vídeo...
http://www.youtube.com/watch?v=yWrLCfqiI9U

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A Primavera e os Lírios

V Chá na Concha!!!

Data: 22/09/2007

Local: Concha Acústica de Santos (praia com canal 3)

Horário: 15h

O por que de tudo isso?

Resolvemos... Quem resolveu?

Bom, somos pessoas vinculadas à loucura de alguma forma: loucos, cuidadores, familiares, curiosos, interessados, atraídos, admiradores...

Não precisamos de nome, de cargo, classificação ou distinção entre nós. Somos seres humanos.Temos em comum a vontade de resgatar uma discussão, há muito tempo banalizada, que é a da convivência com a loucura, em todos os espaços desta cidade.

Santos já se admirou com a capacidade expressiva de pessoas consideradas incapazes de se expressar... já se surpreendeu com o grau de autonomia que os considerados dependentes puderam alcançar...

Então, retomando:

Resolvemos fazer este informativo para podermos divulgar a beleza, a criatividade, a saúde e a vida que existe em cada casa desta cidade, em cada indivíduo, passando ou não por momentos de sofrimento, mas que fazem parte do processo contínuo de construir a nossa sociedade, com vontade de fazê-la mais justa e mais livre, respeitando as diferenças e superando os preconceitos.

Chega mais e boa diversão!