Audiência - Durante a audiência, na Câmara dos Vereadores, sobre a construção do Porto das Lajes tive oportunidade de conversar com o vereador Marcelo Ramos, do PC do B, autor da propositura que levou o movimento SOS Encontro das Águas e os representantes da empresa Login Logística Intermodal a defenderem seus pontos de vista sob o impacto socioambiental a ser provocado pela obra. O que se viu foi um festival de desinformação e desrespeito à inteligência por parte dos empreendedores.
Um dos responsáveis pela produção do relatório de impacto ambiental, segundo me foi informado posteriormente também esteve na equipe que fez parte do relatório do impacto socioambiental da estrada BR-319. É bom ficar de olho. Se for a mesma pessoa que prestou depoimento na audiência na Câmara dos Vereadores, que chamou os moradores do bairro do Aleixo de desqualificados, negou impactos de qualquer natureza quanto a eventuais obras na região das Lajes e ainda valorizou a oferta de empregos em quantidade pífia quando se sabe que estão previstos investimentos de mais de 200 milhões de reais, sua conduta ética é no mínimo suspeita. Sobre qual dos empreendimentos ele falta com a verdade?
Internet - Voltando ao jovem vereador Marcelo Ramos – advogado por formação, atleta na juventude, jogador de voleibol, de um time que costumava ser “freguês” de um outro time por onde jogava Pablo, meu filho mais velho –, que está com um portal novo. Durante nossa breve conversa, Marcelo revelou que está de viagem marcada para o município de Parintins (terra do folclore dos bois Caprichoso e Garantido) para conhecer o sistema de banda larga criado pela Prefeitura Municipal. Marcelo é um dos propositores da implantação de um sistema semelhante no entorno da Câmara Municipal de Manaus, que beneficiará os bairros circunvizinhos.
A iniciativa, modesta, é resultado de uma iniciativa do vereador em sensibilizar as autoridades para os péssimos serviços de internet na capital amazonense. Além de ser um dos piores do Brasil, é lenta, cara, e não atende às necessidades dos cidadãos, das instituições e das empresas que atuam em Manaus.
Num debate que envolveu autoridades do governo federal e cientistas da região sobre a prestação dos serviços de internet, lembro que foi apontada como dificuldade a transposição do cabo de fibra ótica de uma margem a outra do rio Amazonas. A contestação foi imediata: um país que faz prospecção de petróleo a 4 mil metros abaixo do nível do mar não tem problema com tecnologia, tem problema com a vontade política e com as fatias de poder político tão mal distribuídas no país. Desconheço qualquer iniciativa dos parlamentares amazonenses, salvo a de Marcelo Ramos, em fazer defesa intransigente pela implantação do sistema de fibra ótica no Amazonas.
O que está faltando para indústria, comércio, sociedade civil e política unirem-se em torno da causa e pressionarem as autoridades federais a por fim nessa vexatória prestação dos serviços de internet numa cidade que pretende ser uma das sedes da Copa do Mundo?
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