abril 16, 2009

Porto das Lajes terá audiência pública nesta sexta-feira, dia 17, na ALE-AM


Ao lado da captação das águas, por 260 metros, fica o igapó, onde os peixes desovam, que sofrerá o maior impacto ambiental com a construção do Porto das Lajes. Aí é seu epicentro.
Nota do blog: A nota abaixo foi elaborada pelo gabinete do parlamentar proponente da audiência pública que ocorrerá nesta sexta-feira, dia 17, na Assembléia Legislativa do Estado. Num dos parágrafos, o texto refere interesses de governo na solução dos problemas de logística do Polo Industrial de Manaus. Na verdade, há interesses populares neles envolvidos. O movimento SOS Encontro das Águas também quer uma solução que proteja a cidade da agressão ambiental provocada pelo armazenamento de conteiners no porto de Manaus, e que proteja o Encontro das Águas do impacto visual num dos nossos maiores patrimônios paisagísticos, bem como proteja a comunidade do Bairro Colônia Antônio Aleixo do impacto socio-ambiental a ser provocado pela construção do Porto das Lajes. Para tanto, que se escolha um outro lugar!

Nesta sexta-feira, a partir das 10h, no plenário da ALE, acontece uma audiência pública para discussão sobre a construção do Porto das Lajes pela empresa Log-in Logística Intermodal, nas confluências do Encontro das Águas. A iniciativa do deputado Ângelus Figueira (PV) tem o objetivo de colher subsídios técnicos para uma ação pública na Justiça visando impedir a iniciativa.

O porto viria, segundo o governo do estado do Amazonas, solucionar o problema logístico do Pólo Industrial de Manaus quanto à exportação. Porém movimentos sociais vêm se mobilizando contra este empreendimento, que causará impactos irreversíveis ao ambiente e a depredação de um dos grandes patrimônios naturais e culturais do Amazonas e do Brasil: o Encontro das Águas.

O porto afetará o Lago do Aleixo, no bairro 11 de Maio/ Colônia Antônio Aleixo, prejudicando a vida das comunidadades que vivem neste lugar. Tudo isto para beneficiar o grande capital.

Em fevereiro foi realizada uma caravana ao encontro das águas para denunciar o empreendimento. No último dia 10 de março houve reunião com Ministério Público. No dia 17 de março o assunto foi discutido na reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente. A audiência pública será o último passo antes da briga judicial.

O movimento contra a construção do Porto das Lajes tem à frente os comunitários do Lago do Aleixo sob a direção do Movimento de Reintegração dos Hansenianos (MORHAN), integrantes do Comitê Gestor da Comunidade Colônia Antonio Aleixo.

Estão organizados no movimento "SOS Encontro das Águas" a Associação Amigos de Manaus, a Associação Cultural Ambiental e Tecnológica, WOMARÃ, Fórum Permanente de Defesa da Amazônia, Associação de Moradores da Colônia Antônio Aleixo, Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese de Manaus, Núcleo de Cultura Política do Amazonas - NCPAM/UFAM, Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, Centro Social e Educacional do Lago do Aleixo, Associação Jesus Gonçalves, Associação Beneficente dos Locutores Autônomos de Manaus e Grupo de Mobilização dos Estudantes do INPA.

O porto está sendo construído pela Lajes Logística S/A, ligada à Log-in Logística Intermodal, com sede no Rio de Janeiro, sendo representado pela Bovespa e Vale do Rio Doce, sendo que em Manaus é representado pelo Grupo Simões (Coca-Cola) sob a denominação de Juma Participações S/A.
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