julho 04, 2009

Bah, tchê! Que baianada é essa?

Acervo da SEMSA de São Lourenço - Rio Grande do Sul - Brasil
Nota do blog: Antes que alguém atire a primeira pedra (basta o mau humor de uma professora que não gostou de ler a postagem sobre o fuzuê provocado pela discussão do uso de imagens religiosas nas repartições públicas no glorioso estado do Piauí), vou logo esclarecendo o termo Baianada, sf. 1. Serviço de campo mal executado, feito por pessoa que não entende do assunto ou feito por baiano (Antigamente, para as guerras do sul, procediam valentes tropas do norte, cujos soldados não sabiam montar à maneira dos sulistas. da Bahia vieram numerosas tropas, daí o nome); fiasco. 2. Erro ou inobservância dos costumes gaúchos. 3. Grupo de baianos (maus cavaleiros) - Dicionário Gaúcho Brasileiro - Ed. Artes e Ofícios, Porto Alegre, 2003. Ufa! Como dá trabalho ser politicamente in/correto. Dito isso, registro minha perplexidade com a iniciativa da Secretaria Municipal de São Lourenço em sua caminhada contra o crack, classificada pela mídia corporativa como uma "epidemia". Os redutores de dano dão um duro danado no enfrentamento do complexo fenômeno do uso abusivo de drogas (quanto às práticas, abordagens e, sobretudo, a linguagem utilizada pelos meios de comunicação) e eis que esse deslize(?) conceitual - epidemia - é assumido publicamente por gestores e entidades da sociedade civil de São Lourenço-RG. Isso me lembra o conceito de "grupo de risco" usado para identificar a rede de pessoas envolvidas na pandemia da AIDS; se o conceito era correto epidemiologicamente, seu uso no cotidiano serviu aos interesses dos setores que discriminavam socialmente os sujeitos soropositivos. Rolam pedras, Sísifo!

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25/06/2009 - São Lourenço Reúne Centenas de Pessoas em caminhada Contra o Crack

A Secretaria Municipal de Saúde, através do CAPS ad C.A.R.E.T.A realizou nesta quinta-feira (25) a caminhada “São Lourenço enfrentando o crack”.

Centenas de pessoas caminharam pela rua central da cidade carregando faixas e cartazes alertando para o perigo que representa a droga.

A delegada de polícia do município Vivian Sander, que acompanhou a atividade, ressaltou a importância da mobilização, “o crack é hoje uma epidemia e um problema de saúde pública e São Lourenço está de parabéns por empenhar-se nesta luta contra a droga”.

Para o secretário de Saúde, Arilson Cardoso, cada pessoa tem que se transformar em um agente no combate a essa disseminação das drogas e principalmente do crack, “por isso estamos nesta caminhada, este não é um problema apenas do poder público, mas que deve ser enfrentado por toda a comunidade”.

Estiveram presentes representantes de entidades da sociedade civil, conselho tutelar, polícia civil, sindicato, comércio local, secretarias municipais, estudantes e comunidade em geral.
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