novembro 13, 2010

A Via Campesina na luta por justiça climática

PICICA: "Muitos governos dos países do Sul, atraídos também pelas novas oportunidades financeiras, tendem a aproveitar em vez de mudar a novos modos de produção e consumo que seriam de utilidade para a população. Por exemplo, dar apoio a agricultura sustentável e dos camponeses seria muito mais benéfico para a sociedade e o meio ambiente do que fomentar as plantações de monocultivos."

A Via Campesina convida os movimentos sociais em todo mundo para mobilização

Os Movimentos sociais de todo o mundo estão se mobilizando para a 16ª Conferência das Partes (COP 16) da convenção Marco das Nações Unidas para a Mudança Climática (CNNUCC) que se acontecerá em Cancun, México de 29 de novembro a 10 de dezembro de 2010.

A COP 15 em Copenhague demonstrou a incapacidade dos governos para enfrentar as causas reais do caos climático. No último momento, os EEUU pressionaram para aprovar de forma antidemocrática o chamado “Entendimento de Copenhague”, com intenção de levar o debate para os compromissos de Kioto das Nações Unidas e favorecer soluções voluntárias com base no livre mercado.

As Negociações climáticas parecem cada vez mais um grande mercado. Os países industrializados, historicamente responsáveis pela maioria das emissões de gases de efeito estufa, estão inventando todos os truques possíveis para evitar reduzir-las. Por exemplo, o “mecanismo para um desenvolvimento limpo (MDL) do protocolo de Kioto permite aos países seguir contaminando e consumindo como de costume, ao mesmo tempo que pagam aos países do sul global para abrir novas plantações agrícolas que se consideram “sumidouros de carbono”.

Neste mercado climático global, as empresas transnacionais estão tentando embolsar o máximo de dinheiro possível, vendendo tecnologias destrutivas mascaradas por trás de uma mentira de que podem solucionar a crise climática, com os agrocombustíveis geneticamente modificados com o pretexto de reduzir o consumo de combustíveis fósseis. Por exemplo, desde a eleição de Obama, a Monsanto tem gastado milhões pressionando o Congresso para a legislação sobre a mudança climática. A maior empresa de sementes do mundo diz que os monocultivos de sua soja Roundup Ready podem qualificar para os créditos de carbono, pois contribuem na redução de gases de efeito estufa no solo. As comunidades que vivem onde há os monocultivos de soja podem atestar os efeitos da devastação desses monocultivos em seu entorno e nas suas vidas.

Muitos governos dos países do Sul, atraídos também pelas novas oportunidades financeiras, tendem a aproveitar em vez de mudar a novos modos de produção e consumo que seriam de utilidade para a população. Por exemplo, dar apoio a agricultura sustentável e dos camponeses seria muito mais benéfico para a sociedade e o meio ambiente do que fomentar as plantações de monocultivos.

A Maioria dos países não tem tomado muito a sério as negociações de políticas que podem reverter a crise climática, em vez disso, estão negociando por quanto tempo mais poderão seguir escapando sem fazer nada, pois simplismente querem seguir com seus “negócios como sempre”. 

Por esta e outras razões que os movimentos sociais, e organizações de todo o mundo devem seguir lutando contra este modelo que destrói não só o meio ambiente como também nossas vidas.

Convidamos a todos/as para neste período estarmos junto realizando atividades em tosos os países denunciando esta crise e exigindo mudança neste modelo.

¡Miles de soluciones del pueblo ante el cambio climático!

¡Miles de parcelas campesinas para enfriar el planeta!

¡Miles de Cancún por la justicia climática!

Fonte: MST RJ

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