PICICA: Cidade moderna que se preza recupera antigos espaços por onde os bondes circularam em outras épocas. Faz bem aos olhos e ao espírito. Humaniza o cenário embrutecido pela civilização do automóvel. Só em Manaus que o projeto de revitalização do Centro Histórico encruou. Nem mesmo o fato da capital da Zona Franca ser escolhida como sub-sede da Copa do Mundo tirou o projeto de circulação de bondes do fundo do baú. É desconcertante o descompromisso com a história da cidade, em nome de uma concepção exdrúxula de desenvolvimento. A cada dia a cidade perde suas características para dar lugar a uma arquitetura de mal gosto. Sem falar no trânsito que enferniza nosso quadrilátero histórico. Na fotografia abaixo, nas proximidades onde se encontra o vendedor ambulante - esquina das avenidas Sete de Setembro com Eduardo Ribeiro -, o médico e historiador Antônio Loureiro, durante um passeio domingueiro, localizou uma escada que leva a um antigo brasão do Império. O lugar foi aterrado para dar espaço para o centro histórico da cidade, no governo de Eduardo Ribeiro. O aterro foi feito com terras de uma das sete colinas de Manaus, mais exatamente a que ficava nas imediações da Penitenciária Estadual. Tanto que até hoje é possível ver casas construídas nos alto dos cortes que se constituiram em verdadeiros barrancos lá pelos lados da rua Visconde de Porto Alegre.
Centro Histórico de Manaus - início do século XX
O bonde dos turistas
Fora de circulação desde 1970, o meio de transporte voltará ao centro de Porto Alegre num roteiro por pontos culturais e históricos
Depois de mais de quarenta anos, Porto Alegre vai matar a saudade dos bondes elétricos. Mas quem vai aproveitar mesmo são os turistas. A linha fará um trajeto curto, passando pelos principais pontos culturais e históricos do centro da cidade, como o Mercado Público e a Usina do Gasômetro. O edital para o estudo de viabilidade das obras acaba de ser lançado, e elas têm previsão para começar em 2013.
A iniciativa faz parte do “Viva o Centro”, projeto da prefeitura que desde 2005 recuperou mais de vinte prédios e oito praças. “Talvez recuperemos alguns bondes também, mas isso ainda vai ser estudado. A reforma exigiria muito investimento. Outra opção é fazer uma reprodução, com máquinas atuais”, explica Glênio Bohrer, coordenador do projeto.
Os primeiros bondes, puxados por mulas e burros, começaram a rodar pela cidade em 1873. Em 1908 passaram a usar eletricidade e nos anos 1970 foram tirados de circulação. “A cidade passou por grandes mudanças, com novas avenidas, túneis e viadutos. A indústria automobilística crescia e os bondes não eram mais considerados interessantes”, diz a historiadora Renata Andreoni, coordenadora do projeto Memória Carris, da empresa Cia. Carris Porto-Alegrense, que criou as linhas de bonde. Os turistas e porto-alegrenses vão aprender mais sobre essa história, que será exposta em quiosques nas futuras estações dos bondes.
Saiba Mais - Internet
Viva o Centro
www2.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro
Fora de circulação desde 1970, o meio de transporte voltará ao centro de Porto Alegre num roteiro por pontos culturais e históricos
Depois de mais de quarenta anos, Porto Alegre vai matar a saudade dos bondes elétricos. Mas quem vai aproveitar mesmo são os turistas. A linha fará um trajeto curto, passando pelos principais pontos culturais e históricos do centro da cidade, como o Mercado Público e a Usina do Gasômetro. O edital para o estudo de viabilidade das obras acaba de ser lançado, e elas têm previsão para começar em 2013.
A iniciativa faz parte do “Viva o Centro”, projeto da prefeitura que desde 2005 recuperou mais de vinte prédios e oito praças. “Talvez recuperemos alguns bondes também, mas isso ainda vai ser estudado. A reforma exigiria muito investimento. Outra opção é fazer uma reprodução, com máquinas atuais”, explica Glênio Bohrer, coordenador do projeto.
Os primeiros bondes, puxados por mulas e burros, começaram a rodar pela cidade em 1873. Em 1908 passaram a usar eletricidade e nos anos 1970 foram tirados de circulação. “A cidade passou por grandes mudanças, com novas avenidas, túneis e viadutos. A indústria automobilística crescia e os bondes não eram mais considerados interessantes”, diz a historiadora Renata Andreoni, coordenadora do projeto Memória Carris, da empresa Cia. Carris Porto-Alegrense, que criou as linhas de bonde. Os turistas e porto-alegrenses vão aprender mais sobre essa história, que será exposta em quiosques nas futuras estações dos bondes.
Saiba Mais - Internet
Viva o Centro
www2.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário