PICICA: Assim como não são discutidas as alternativas futuras da economia no Estado com o fim da Zona Franca, tampouco se discute o tipo de cidade que queremos e as formas de gestão requeridas para enfrentar os novos tempos. O resultado do esgotamento do modelo baseado no modo atual de produção e consumo no capitalismo já se faz sentir em escala planetária. Somada às decisões governamentais verticalizadas, sem a participação da sociedade, o retrocesso socioambiental será ainda maior. O pior é que não aprendemos nem as lições do passado. Iniciativas como o Prosamim repetem os mesmos erros iniciados no século XIX. Está aí a revanche dos igarapés exigindo seus leitos de volta. Não só continuamos a aterrar igarapés, como a rede de esgotos é lançada em seus leitos sem o menor tratamento. EM TEMPO: reza a lenda que a SUFRAMA tem estudos sobre o pós-Zona Franca, mas esse arquivo continua indispónível para consulta popular.
A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colocou Manaus entre a quarta pior cidade do Brasil com acúmulo de lixo nos logradouros e em terceiro com esgoto a céu aberto.
Caso as tendências de aumento das chuvas extremas sejam confirmadas, a população pode sofrer com perdas materiais e humanas nos próximos 40 anos.
Manaus - Manaus poderá sofrer nos próximos anos com inundações, alagamentos, desabamentos, perdas materiais e humanas. Quem afirma é o pesquisador da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Prakki Satyamurty após realizar estudos sobre as fortes tendências e índices extremos climáticos para a capital do Amazonas.
A pesquisa realizada em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)/UEA e mais dois pesquisadores informa dados alarmantes para os próximos anos em Manaus.
O pesquisador se baseia em estudos realizados com as oscilações de grandes cheias e secas nos últimos anos na Amazônia. “O curto intervalo entre os recordes aponta que o clima na Amazônia está mudando e deve ser acompanhado”, afirmou Prakki, que leva em consideração quatro últimos recordes de cheia e seca.
O grupo de pesquisadores analisou as tendências nos índices de extremos climáticos baseados em dados de chuvas para três estações localizadas na capital e na região circunvizinha do período de 1971 a 2007.
As análises tem relações com as anomalias da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) nos oceanos Pacífico, como os fenômenos El niño e La niña, e Atlântico, como o dipolo do Atlântico. O efeito inibe ou aumenta a formação de nuvens diminuindo ou aumentando os índices da quantidade de chuva por metro quadrado em determinado local e em determinado período calculado em milímetros.
Prakki acredita que mudanças urgentes de hábitos dos amazonenses podem contribuir para que o efeito das mudanças climáticas não cause sofrimento para as futuras gerações. “O uso de energia limpa com a compra de placas de energia solar seria uma das opções, uso de bicicletas para tarefas próximas às casas e entre outros”, declarou.
As chuvas na atual magnitude ocasionam inundações e alagamentos em grandes centros urbanos, devido à impermeabilidade do solo. E o mais preocupante é que se observou o número de dias com precipitações iguais ou superiores a 50 mm.
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