PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
janeiro 31, 2009
Soda Biily toca blues está noite no Chopp Fun
Bluseiros de Manaus, o programa de hoje é imperdível!
Libelo contra as mordaças
No início dos anos 1980 lutávamos contra os “salários de fome” (expressão da época) do governo José Lindoso – um homem honrado, que, entre erros e acertos, deixou o governo sem acrescentar nada ao seu patrimônio pessoal, como tantos fizeram antes e depois do seu mandato. Esse é o lado moral da coisa. Do ponto de vista ético, aí a porca torce o rabo: apoiar a ditadura militar tem conseqüências políticas que a história cobrará em todos os tempos.
Curiosamente, os governos estaduais do período da ditadura militar – sem nenhum tipo de saudosismo –, pelo menos no Amazonas, não serviram para o enriquecimento pessoal dos governantes. Atire a primeira pedra quem souber de conduta desabonadora de Henock Reis, Arthur Cézar Ferreira Reis, João Walter. A exceção fica por conta de um governador dos anos 1960 que beneficiou empresários e políticos (Chiquinho Scarpa, César Cals etc.) num processo fraudulento de concessões de terras na área atingida pela construção da Hidrelétrica de Balbina, com o objetivo de conceder indenizações por benefícios nunca prestados em território amazonense. “É verdade”, diz Zefofinho de Ogum (consultor deste blog e estudioso das ‘coisas da Amazônia’). “Nunca plantaram um pé de pupunha, mas é um caso isolado. Configura abuso de poder, mas não enriquecimento ilícito”. O processo atravessou o final do século XX, e salvo engano, ainda tem “interposição de recurso” até hoje. Coisas do Brasil!
Na época, do fato que nos interessa, trabalhava como Diretor Clínico do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro. No plenário do Clube dos Trabalhadores, os servidores públicos (termo que caiu em desuso) deram a vitória à proposta dos funcionários do hospital psiquiátrico (só recentemente o trabalhador como conceito ganhou dimensão política, embora algumas categorias rejeitem a denominação por lhes ameaçar o status – talvez por isso o PT tenha tão poucos médicos inscritos em sua agremiação). A mesa diretora da Associação dos Servidores da Secretaria Estadual de Saúde (AS-SESAU) não reconheceu a vitória e declarou vencedora a sua proposta. O tempo fechou, e, entre sopapos e catiripapos, uma corajosa enfermeira saiu acusada como pivô do imbróglio. Colocada sub judice pela diretoria arbitrária lá fomos nós, dias depois, para uma reunião defender a enfermeira acusada e ameaçada de expulsão da AS-SAESAU.
De cara, ela é chamada de fascista pelo presidente da entidade. Dei um salto da cadeira e manifestei, veementemente (que palavrinha venenosa!), minha discordância da distorção da história, devolvendo o adjetivo à indigitada criatura. A enfermeira agradeceu e, com a delicadeza habitual, disse que não precisava de macho para defendê-la. O bate-boca levaria horas.
Ao sairmos, descendo a escada um (col)eguinha bate-me no ombro e brada: “Defendendo enfermeira, doutor?”. Nem tive tempo de fazer minha defesa; a enfermeira, que vinha logo atrás sem que o infeliz tivesse percebido (caso contrário não teria aberto a boca, pois só o faz contra desafetos ausentes dos debates), foi logo vociferando: “Como é que é seu FDP!!!... É por isso que tua mulher... #**#***#**#*****#**#****...”
Lembrei-me do episódio quando vi o cartum acima. Tudo porque tem gente que anda discordando do espaço que tenho oferecido neste blog ao movimento zapatista no México: os militantes zapatistas usam lenços no rosto para não serem identificados pelas forças repressoras do exército mexicano.
Moral da história: tem sempre alguém, em todos os tempos, querendo te amordaçar. Vixe!
Chico Anísio em Manaus
CIRCUITO CULTURAL TABLADO
Com mais de 200 personagens criados em 60 anos de carreira, como os inesquecíveis como o Alberto Roberto, Bozó, Coalhada, Painho, Popó e o célebre professor Raimundo. Chico Anysio, com 77 anos, já fez mais de 11 mil shows na carreira.
A idéia do espetáculo surgiu após uma participação no programa do Jô em que houve uma enquete sobre uma "velhinha de programa". Com muito humor, Chico absorveu a idéia e levou para o público em forma de teatro.
Serviço: Sábado (07) a partir das 19h. Ingressos: R$ 55,00, R$ 40,00 e R$ 30,00 (platéia, frisa, 2 e 3 pavimentos) antecipado (estudantes, professores e aposentados 60 anos) . O espetáculo acontece no teatro Amazonas - Largo de São Sebastião. Informações pelo telefone (92) 3232-1768/8183-7665.
RELEASE
Dia 07 de Fevereiro á partir das 19hs no teatro Amazonas, as gargalhadas serão garantidas na apresentação do espetáculo De Pai para Filho com o mestre do humor Chico Anysio e seu filho André Lucas.
"DE PAI PARA FILHO" é um show que, de repente, ficou OBRIGATÓRIO ser produzido. Chico Anysio e seu filho André Lucas apareceram em alguns programas de televisão onde fizeram algumas cenas dialogadas e a coisa fez um grande sucesso.
A cena da prostituta velhinha querendo aposentadoria, apresentada no programa do Jô Soares determinou o nascimento do show com o pai e o filho, coisa que agora está sendo apresentada.
Chico Anysio diz que é delicioso poder trabalhar com seu filho, a quem ensinou muito do que ele sabe e André Lucas acha que a cada apresentação que fazem juntos, mais ele aprende com o seu velho.
São vários esquetes e monólogos, além de uma montoeira de pequeninas histórias que os dois contam muito bem, pois são (os dois) belos contadores de histórias.
Nas vezes em que o show foi apresentado fora de circuito, em lugares fechados, à guia de ensaio, o sucesso foi muito grande, o que animou os dois a levar o show para o país inteiro.
"DE PAI PARA FILHO" é um espetáculo "feito em casa", mas de tal modo brilhante que você, com certeza, aplaudirá.
De pé, quem sabe?
De acordo com a produtor do evento Marcelo Dias este show faz parte do circuito cultural TABLADO que terá uma pitada de magia desde a entrada e o público poderá esperar um super show.
"Estamos preparando tudo com muito carinho, afinal de contas Chico Anysio estará comemorando 60 anos de carreira e merece uma produção a altura".
INF: inconcert@vivax.com.br
(92) 8183-7665
Marcelo Dias
Produtor Artístico e cultural
IN CONCERT PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
janeiro 30, 2009
B.B. King - Key to the Highway
Desfrute do som incomparável do grande BB King. É música pra bluseiro nenhum botar defeito. Ouça, genuflexo, o rei do blue note!
I Tributo aos Mestres do Blues, no Chopp Fun
Se você que está atrás de novas opções musicais em Manaus para alegrar o seu sábado, o Chopp Fun pode ser a saída!
Todo sábado rola som de qualidade com muito blues, jazz e rock n roll clássico... alternando o comando das noites com as bandas Tulipa Negra e Soda Billy e seus respectivos convidados. Contudo, neste sábado, dia 31, as duas bandas farão um "I Tributo aos Mestres do Blues", mostrando que o blues é universal e que pode ser admirado por qualquer pessoa, além de prestar uma homenagem às pessoas que as influenciaram diretamente.
As duas bandas trabalham há pelo menos 5 anos juntas divulgando estes estilos na região norte, sempre na perspectiva de quebrar com o preconceito de música "elitizada": "muita gente pensa que blues e jazz são coisas de gente rica, musica elitizada, isso é uma grande bobagem, pois tanto o blues quanto o jazz e o rock n roll surgiram nas ruas", afirma Augusto Rocha vocal da banda Tulipa Negra.
O blues tem um poder de sedução musical dada, ao contrário do que se possa imaginar, a sua estrutura simples e de suas letras que poetizam a vida cotidiana: "o blues envolve as pessoas porque ele fala da vida, das dificuldades, da tristeza e da alegria, da sorte e do azar e consegue isso tudo sem ser piegas", afirma Matheus Gondim, guitarrista e vocalista da banda Soda Billy
Deste modo, será a oportunidade de ouvir mestres como B.B King, Eric Clapton, Jhonn Lee Hooker, Stevie Ray Vaughan , Ray Charles, Etta James e afins...
É, sem dúvida, uma ótima pedida para quem curte ouvir música feita com carinho e de coração....
Espaço climatizado, videos rolando, 2 ambientes, mesas de sinuca, pessoas legais, chopp e afins... O Chopp Fun fica na Rua 24 de Maio, esquina com Rua Dona Libânia, número 549 - CENTRO - R$10. As apresentações terão início a partir das 23h.
Contamos com sua presença!
Abraço!
9° Congresso de Stress
Já estão abertas as inscrições para a Submissão de Trabalho Oral – Simpósio e Pôster do 9° Congresso de Stress da ISMA-BR. O prazo é dia 8 de março e as abordagens são os efeitos psicológicos do stress, integração trabalho e família, jornada de trabalho, qualidade de vida, responsabilidade social, stress e sistema de imunidade, stress pós-traumático, stress profissional, assédio moral, burnout, diversidade de papéis, doenças ocupacionais, trabalho e saúde, trabalho em turno, tendências atuais no trabalho, trabalho e doenças cardiovasculares e violência no trabalho. Mais informações pelo site: www.ismabrasil.com.br
I Levantamento Nacional sogre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras
Informamos que o prazo para inscrição para concorrer às bolsas de mestrado e doutorado para atividades de pesquisa no Projeto: “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras”, sob coordenação geral do Prof. Dr. Arthur Guerra de Andrade, foi prorrogado até 21/02/20009.
Atenciosamente,
Secretaria Auxiliar
Rede de Pesquisa sobre Drogas
*****
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD, em seu projeto Rede de Pesquisa sobre Drogas oferece Bolsas-Auxílio com objetivo de desenvolver atividades de pesquisa no Projeto: “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras”, sob coordenação geral do Prof. Dr.Arthur Guerra de Andrade, da Faculdade de Medicina da USP – FMUSP, São Paulo.
Esse Projeto, com início no 1° semestre de 2009, é um estudo epidemiológico transversal que recrutará uma amostra representativa de universitários brasileiros para a compreensão do uso de drogas e de suas conseqüências.
Serão oferecidas bolsas-auxílio para alunos de mestrado e doutorado (mestrado: R$ 940,00; doutorado: R$ 1.394,00), durante o período de doze meses, sendo que as despesas de moradia, alimentação e transporte serão de custeio dos próprios alunos selecionados. Os bolsistas receberão, também, passagens aéreas ida/volta de São Paulo à sua cidade de origem. Os selecionados poderão ainda, se matricular na Faculdade de Medicina - FMUSP como alunos especiais para a realização de créditos.
Os projetos aos quais os alunos selecionados estarão diretamente vinculados e seus orientadores diretos serão:
(a) Prevalência e padrão de consumo de álcool e problemas relacionados ao Beber Pesado Episódico (BPE) entre estudantes universitários brasileiros: Profa. Dra. Laura Helena S. G. de Andrade;
(b) Comportamentos de risco entre universitários: Prof. Dr. André Malbergier e Prof. Dr. Arthur Guerra de Andrade
Para o preenchimento da vaga de Mestrado será selecionado um aluno graduado em cursos da área da saúde e com interesse em saúde pública. Para a vaga de Doutorado prioriza-se a seleção de um epidemiologista ou estatístico. É fundamental que os candidatos estejam desenvolvendo, na instituição de origem, dissertação ou tese em assuntos correlatos aos dos projetos anteriormente mencionados.
Para concorrer os interessados deverão:
-Possuir cadastro na Rede de Pesquisa sobre Drogas (clique aqui para se cadastrar);
- Possuir currículo atualizado na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.
- Estar regularmente matriculado em cursos de Mestrado/Doutorado reconhecidos pelo Ministério da Educação - MEC, vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu desenvolvidos por Instituições de nível superior situadas em Estados das regiões Centro-Oeste (com exceção do Distrito Federal), Norte e Nordeste Brasileiras;
- Possuir disponibilidade para residir na cidade de São Paulo durante um período de até 12 (doze) meses.
Para o recebimento das bolsas de pesquisa acima, os candidatos selecionados deverão:
a) Dedicar-se exclusivamente às atividades relacionadas ao Projeto de Pesquisa “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras”;
b) Não receber bolsa de outra entidade durante o período de recebimento dessa bolsa-auxílio.
Os interessados poderão concorrer à bolsa-auxílio de Mestrado/Doutorado durante o período de 01/12/2008 a 21/02/2009 por meio do envio da documentação abaixo relacionada para o seguinte endereço: Rua Dr Ovídio Pires de Campos, 785, 3° andar, sala GREA, CEP 05403 -010, aos cuidados de Roberta Yamamoto (caso opte por fazê-lo por email, encaminhe os documentos para grea@usp.br). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 30697891 – falar com Roberta Yamamoto.
(a) Currículo Lattes;
(b) Declaração de vínculo atual como aluno regular do Programa de Pós-Graduação de Origem;
(c) Carta de anuência do orientador;
(d) Carta de Intenções do aluno contendo as seguintes informações:
- Trajetória profissional e perspectiva futura - destacando a relevância acadêmica de sua qualificação para a Região (Estado) de origem;
- Razões pelas quais deseja participar deste estudo (considerando como sua participação nesse estudo poderá contribuir para melhorar sua atuação profissional/acadêmica em sua Região - Estado - de origem);
- Disponibilidade para o desenvolvimento das atividades, incluindo residência na cidade de São Paulo – SP, pelo período de até 12 (doze) meses.
A seleção dos candidatos será feita por meio da avaliação desta documentação e considerará ainda:
-Qualidade da trajetória acadêmica individual – análise curricular;
-Potencial de crescimento acadêmico do candidato;
-Capacidade de multiplicação dos conhecimentos pelo candidato em seu ambiente profissional e em sua região.
***
Meire Blanche Lungaretti
Fundação Carlos Chagas
Equipe do Programa Internacional de Bolsas
de Pós-graduação da Fundação Ford
Site: www.programabolsa.org.br
Email: mlunga@fcc.org.br
Telefone: (11) 3722-4404 / Fax: (11) 3726-1079
I Simpósio de Imagem Corporal
DEPARTAMENTO & INSTITUTO DE PSIQUIATRIA
Faculdade de Medicina - Universidade de São Paulo
Programa de Transtornos Alimentares - AMBULIM
I SIMPÓSIO DE IMAGEM CORPORAL
14 de março de 2009
LOCAL: AUDITÓRIO PRINCIPAL DO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA – Hospital das Clínicas – USP
Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - Cerqueira César - São Paulo - SP
Apoio para divulgação e inscrições: Livraria Resposta
PROGRAMA DO SIMPÓSIO
8:00 – 09:00: Introdução ao construto imagem corporal - Profaª Drª Fernanda Scagliusi
9:00 – 10:00 Conceituação e origens dos distúrbios de imagem corporal – Profª Drª Fernanda Scagliusi
10:00 – 10:30: Intervalo
10:30 – 12:00: Distúrbios de imagem corporal nos transtornos alimentares - Profª Drª Fernanda Scagliusi
12:00 – 13:30: Almoço
13:30 – 14:30: Transtorno dismórfico corporal – Prof Dr Táki Athanássios Cordás
14:30 – 15:30 Instrumentos de avaliação da imagem corporal - Profª Drª Maria Aparecida Conti
15:30 – 16:00: Intervalo
16:00 – 18:00: Técnicas e abordagens teóricas no tratamento dos distúrbios de imagem corporal
Profª Drª Maria Aparecida Conti e Nutricionista Priscila Sato
COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Táki Athanássios Cordás e Profª. Drª. Maria Aparecida Conti.
VALOR DA INSCRIÇÃO
Inscrição para profissional - R$ 160,00
Inscrição para estudante - R$ 110,00 (comprovação na recepção do evento)
Inscrição de profissional do IPq/HC - R$ 70,00 (comprovação na recepção do evento)
AS INSCRIÇÕES ESTÃO SENDO RECEBIDAS POR NOSSA PARCEIRA, A LIVRARIA RESPOSTA
É possível pagar pelos cartões de crédito em até 3 vezes sem juros. E também por depósito ou boleto bancário (instruções detalhadas na ficha de inscrição)
Para fazer a inscrição, clique aqui
Se preferir você pode fazer a inscrição pelos telefones (11) 5044-7592 e 5044-7565
com o atendimento da Livraria Resposta
Apoio para divulgação e inscrições:
Livraria Resposta
O ponto de encontro da inteligência com a sensibilidade.
LOCAL DO EVENTO: AUDITÓRIO PRINCIPAL DO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA – Hospital das Clínicas – USP
Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - Cerqueira César - São Paulo
Enlace Zapatista
Morelos: El pueblo de Temimilcingo libera camino ejidal invadido y bloqueado por cacique.
Posted: 29 Jan 2009 12:55 PM PST
COMPAÑEROS: EL MIÉRCOLES 28 DE ENERO DEL 2009, EN LA AYUDANTÍA DE TEMIMILCINGO, TALTIZAPAN, MORELOS, EL PUEBLO DE TEMIMILCINGO REALIZÓ UNA ASAMBLEA URGENTE, YA QUE EN DÍAS ANTERIORES EL CACIQUE ROQUE PACHECO, EN PRESENCIA DE SUS ESBIRROS (POLICÍA MUNICIPAL Y MINISTERIAL) COLOCARON UN PORTÓN Y POSTES DE CONCRETO EN UN CAMINO DE PROPIEDAD EJIDAL, POR [...]
El CCTI denuncia presencia militar en la comunidad de La Morena, Municipio de Petatlán, Guerrero.
Posted: 29 Jan 2009 12:54 PM PST
Compañeroas: El martes 27 de enero recibimos una comunicación del campesino ecologista Javier Torres cruz, quien desde algún lugar de la Sierra de Petatlán nos informó que desde el sábado pasado se encuentra en la comunidad de La Morena, municipio de Petatlán un grupo de 25 soldados que llegaron a pie y desde entonces se [...]
Ontem foi o Dia Nacional da Visibilidade dos Travestis
ATRAAM – Associação das Travestis do Amazonas
CNPJ nº 08.246.326/0001 – 05
Inscrição Municipal: n. 11928601
A Associação das Travestis do Amazonas - ATRAAM iniciou seus trabalhos em 20 de junho de 2006, tendo suas atividades voltadas aos DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA, ASSISTENCIA SOCIAL.
A Associação das Travestis do Amazonas - ATRAAM em manifestação ao Dia Nacional da Visibilidade das Travestis protocolizou na terça feira 27 de janeiro de 2009 Ofício ao Órgão responsável: Secretaria Estadual de Educação do Amazonas – SEDUC/AM – Protocolo n. 2580/09, SOLICITANDO a adoção do PRENOME social de Travestis, tendo sempre como fundamentação a prevalência do sexo psicológico do individuo.
O Dia 29 de Janeiro é o dia da visibilidade das Travestis. O Dia da Visibilidade Travesti é uma referência ao lançamento da primeira campanha de cidadania desenvolvida especificamente para a comunidade. A campanha “Travesti e Respeito” que foi lançada pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, em 2004, com o objetivo de sensibilizar os educadores e profissionais de saúde e motivar travestis para a cidadania e auto-estima.
Apesar do reconhecimento das Travestis como mais uma manifestação da diversidade sexual, ainda sofre cotidianamente as conseqüências da TRANSFOBIA que podem ser definida como o medo, a aversão, ou o ódio irracional às Travestis.
Em todos os Estados da Federação diversas manifestações de Instituições não governamentais e governamentais são realizadas nessa data, para que a população brasileira respeite com dignidade e consciência os direitos de “Cidadania” das Travestis, combatendo com seriedade à TRANSFOBIA[1].
Haverá nas cidades: Manaus/AM, São Paulo/SP, Campinas/SP, Rio Preto/SP, Curitiba/PR, Salvador/BA, São Sebastião do Passe/BA, Vitória/ES, Goiânia/GO, Palmas/TO, Picos/PI, Teresina/PI, Porto Alegre/RS, Novo Hamburgo/RS, Pelotas/RS, Aracaju/SE, Porto Velho/RO, Belém/PA, Boa Vista/RR, Maceió/AL, Natal/RN, Fortaleza/CE, Caucaia/CE, Florianópolis/SC, Tubarão/SC e outros, uma grande manifestação das Organizações não Governamentais – ONG´s da República Federativa do Brasil, com diversas atividades para a celebração do Dia 29 de Janeiro – Dia da Visibilidade das Travestis.
Eng.a Civil Weydman Henriques
Presidente da ATRAAM – Associação das Travestis do Amazonas
[1] Transfobia Individual: um sistema de crenças pessoais ( um preconceito), de que se deve sentir pena das minorias sexuais enquanto seres infelizes, incapazes de controlar seus desejos; ou de que se deve odiá-las;
Transfobia Interpessoal: ocorre quando um viés ou preconceito pessoal afeta as relações entre indivíduos, transformando o preconceito em seu componente afetivo – a discriminação;
Transfobia Institucional: refere-se às formas como governos, empresas e organizações educacionais, religiosas e profissionais discriminam sistematicamente com base em orientação ou identidade sexual.
Rua 40c Quadra 130 n. 016 Bairro Amazonino Mendes - Cep 69099-190 (Fone 8118-1417)
Manaus – Amazonas
Email: weydman@bol.com.br
Sobre a homofobia e sobre evangélicos homossexuais
Mais sobre os evangélicos e a homofobia
Posted: 29 Jan 2009 06:35 PM PST
por Daniel Lopes – Lá nos primeiros dias do Amálgama, escrevi um textinho intitulado “Os evangélicos e a homofobia”. Tratava da oposição de alguns evangélicos ao Projeto de Lei Complementar nº 122/2006, de autoria da ex-deputada pelo PT de São Paulo, Iara Bernardi.
O projeto torna mais rigorosa a repressão à homofobia. Segundo os religiosos, ele é “heterófobo”, representa a “ditadura homossexual” e é um atentado à liberdade de expressão. Coisas assim. (Mas, como também está no texto, outros não estão preocupados com essa balela, e vão direto ao que consideram importante, como o pastor Jabes de Alencar, da Assembléia de Deus: “Senhor, sabemos que há uma maquinação para que esse país seja transformado numa Sodoma e Gomorra. Um projeto desses vai abrir as portas do inferno.”)
O PLC deveria ter sido aprovado ano passado, mas, por pressão de congressistas evangélicos, foi empurrado para votação em meados deste Ano da Graça de 2009. Segue a expectativa.
Pois bem.
Há poucos dias, alguém descobriu o texto e o levou até a comunidade da Congregação Cristã no Brasil, no Orkut, lincando pra cá. A partir de então, temos recebido muitas visitas e alguns comentários. Destes, uns são interessantes. Outros, com o devido respeito, são bastante divertidos.
Leia mais clicando no link acima.
*****
Leia reportagem sobre evangélicos homossexuais, publicada na Revista Época e postada em Koiné.
janeiro 29, 2009
Pela qualificação dos camelôs de Manaus
Camelódromo - Explicando melhor. Nas matérias televisivas já surgem representantes da categoria afirmando que tem um zum-zum-zum de retirada dos camelôs das ruas. Uma autoridade municipal já declarou que estão sendo estudados novos espaços para abrigar o comércio ambulante. Sem os representantes da categoria na mesa de negociações, é chover no molhado. A propósito, para que esse tipo de comércio não prolifere mais, já foram identificados os comerciantes que fazem negócios com os camelôs? Ainda não! Então, tá?
Dica - No governo municipal passado teria surgido a idéia de usar o trecho visto na fotografia acima para ser um dos lugares para abrigar parte do comércio informal de Manaus. Conheço o autor da idéia. Não vou revelar o nome para não matar de raiva os invejosos. O lugar está bastante deteriorado. A casa da esquina há muito não existe; as demais só têm a carcaça. Tudo graças a um imbróglio jurídico provocado por interesses anti-populares.
Antes que eu esqueça, o trecho acima fica no antigo Taboleiro da Baiana. Vai ver nem os atuais proprietários desses imóveis sequer conhecem o antigo nome do lugar. Nem os mais jovens. O sítio fica próximo ao Banco do Brasil, no Largo da Matriz.
O projeto teria maior grandeza se se tratasse de tornar a gente humilde que vai às ruas em busca de sobrevivência em micro-empresários ou coisa que o valha. Ganharia o cidadão, lucraria a cidade.
Natureza morta
Como engenheiro que era, ER fez pravelecer uma concepção parisiense de cidade que resultou no aterramento de inúmeros igarapés, onde hoje é o centro de Manaus. Tanto assim que a cidade conhecida por suas sete colinas (só restou a Colina de São Raimundo), conviveu com o desaparecimento de cada uma delas ao longo do tempo. Ali onde foram erguidas a Penitenciária Desembargador Raimundo Vidal, o Patronato Santa Terezinha, a antiga Escola Técnica Federal do Amazonas (atual CEFET), entre outros, existia outrora uma dessas colinas.
A moda pegou, e ainda hoje, aqui e ali, um igarapé é aterrado.
Meio ambiente - Em plena era da defesa do meio ambiente, no alvorecer da luta pelo ecossocialismo, eis que a Ordem dos Advogados do Brasil - seção Amazonas - acaba de aterrar, não exatamente um igarape, mas todo o trecho verde de sua propriedade, que não era muito, mas o suficiente para arejar um dos territórios mais agredidos em sua natureza, depois que administração Serafim Corrêa permitiu a construção de Shopping em extensa área verde entre as avenidas Recife e Paraíba. Ninguém merece!
A Voz do Advogado - Recebi a imagem acima sem saber se o jornal dos Advogados faz uma homenagem ou uma crítica a essa desastrada intervenção, numa época em que a engenharia têm soluções mais criativas no trato com o meio ambiente. Se é homenagem, meus pesâmes; se é uma crítica, unimo-nos aos lamentos.
Imbróglio na comunicação
Porto intermodal? Que raios significa isso? Acaso tem relação com o projeto do Porto das Lajes, cuja construção irá gerar um grande impacto ambiental, como vem sendo anunciada pela sociedade civil organizada? Certamente a matéria do jornal italiano Roma (texto reproduzido abaixo) esclarece, em parte, o que inutilmente tentou-se negar. Não havia precisão, maninho!
Esclarecimento - São legítimos os interesses de construção de um porto que ponha fim ao caos provocado no centro da cidade de Manaus por uma estrutura que já não atende as demandas do nosso Parque Industrial. E mais ainda, pela importância de um porto intermodal (você ainda vai saber do que se trata). O que não é correto é subtrair informações de interesse público acerca dos agentes envolvidos. Mesmo porque um deles, o cavaliere Punzo, desconhece a legislação brasileira. Quem o autorizou a dizer que a construção do porto intermodal seria iniciada num prazo não superior a 24 meses? Ora, um bom Relatório de Impacto Ambiental não se faz em menos de 2 anos. Ademais a discussão envolve o Conselho Estadual de Meio Ambiente. Se na Itália o poderoso empresário tem essas facilidades, aqui temos uma sociedade civil organizada, o que que há?
Bom, vamos à matéria, que muita água ainda vai rolar!
***
Interporto Campano conquista a Amazônia
O governador da região brasileira em visita a Nola comissiona um estudo ao presidente Punzo
do nosso enviado – Rosa Benigno
O polo intermodal de Nola conquistou o governador da Amazônia, Eduardo Braga. O anúncio chegou de surpresa, no final de uma visita que o representante do Estado confederado brasileiro efetuou à estrutura do cavaliere Gianni Punzo. Uma manhã preparada por Lucianno Cimmino, presidente honorário da Inticom spa (marca Yamamay) e transcorrida entre os galpões do Cis, o pólo do frio, a área logística da Seda (a indústria de Antonio D’Amato) e o Vulcão Bom.
Promover a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (o pulmão verde do planeta), uma área riquíssima de vegetação, animais e mesmo grupos humanos ainda desconhecidos, que se desenvolve economicamente com um ritmo anual igual ao da China (+12%) mas próprio por isso deve ser protegida das especulações industriais que ameaçam de destruir aquilo que representa um patrimôno natural para a humanidade inteira.
Não era evidente que, do tour, saísse um acordo. Mas, impressionado pela integração com a paisagem do Vulcão Bom (onde ainda se está trabalhando para a plantação de arbustos pata mimetizar a obra de Renzo Piano na zonal rural de Nola) e, provavelmente, das “sfogliatelle” que experimentou com grande prazer assim que chegou ao Cis, Eduardo Braga, no final da visita ao sistema interporto, anunciou oficialmente: “Formaremos uma comissão para estudar a realização de um porto intermodal, composta por técnicos do Governo de Manaus, responsáveis da Fundação e do Cis – Interporto – Vulcão. O projeto vai partir em breve”.
Uma surpresa para o próprio Cimmino que o havia já acompanhado o governador da Amazônia a Gallarate, onde havia sido fechado um acordo para a criação de um centro de pesquisa para a experimentação de fibra textil (juta, malva, algodão) que será feito em colaboração com a univesidade de Bustarsizio.
O porto intermodal de Nola, depois de Milão, foi a outra única etapa italiana do tour mundial do governador da Amazônia, que tocou os Estados Unidos e vai prosseguir na Espanha (Madrid) e depois em Cidade do México.
Punzo vai recambiar a visita de Braga para exportar na América do Sul o “seu” modelo de interporto Cis-Vulcão, obviamente em escala muito mais ampla.
A Amazônia é uma região riquíssima e vastíssima (1 milhão e 600 mil km2) onde já estão implantadas multinacionais como a Honda, Sony, Coca-cola e Pepsi Cola. Manaus, a capital, é uma área franca quase ao centro da imensa bacia fluvial do rio Amazonas, na confluência entre o rio Negro e rio Solimões. E é próprio dali que saem, todos os dias, cerca de cinquenta naves de médias dimensões para transportar importantes quantidades de mercadorias na direção dos países fronteiriços (Venezuela, Perú, Colombia) para que sejam distribuidas em todo o mundo. “Devemos começar a olhar um pouco o Ocidente, no lugar de ter o olhar fixado para o lado Oriental”, afirmou Luciano Cimmino, que trabalha há dezenas de anos no Brasil e recentemente, com o grupo Yamamay, entrou na Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. Agora também o porto inermodal de Nola fará parte da Fundação e não se pode excluir que será seguida depois pela Kimbo. Durante a visita do governador também estava presente Marizia Rubino. “Estamos aqui para avaliar com interesse eventuais colaborações naquele território, afirmou, sem querer se comprometer muito, a senhora Rubino.
Punzo, ao contrário, tem intenção de não perder tempo. “Estamos na época dos computadores, não mais da caneta - afirmou o proprietário do porto intermodal de Nola –, visitarei a Amazônia para avaliar pessoalmente o que pode ser feito e para realizá-lo em um período não superior a 24 meses”.
Fonte: Jornal Roma
10 abril 2008
janeiro 28, 2009
O mundo encolheu, meu caro Watson!
Nota do blog: Por ordem de prioridade, o Teatro Amazonas é um dos nossos mais ricos patrimônios. O outro é o Encontro das Águas. O primeiro é cultural; o segundo é paisagístico. Ambos constituem parte essencial da identidade dos amazonenses. Propor a construção de um porto na frente do Encontro das Águas é o mesmo que propor a transformação do teatro num estacionamento de carros. O texto abaixo pretende dar relevância ao tema, que pode ficar obscurecido por um imbróglio na comunicação. Certamente, deve-se lutar pelo mais legítimo direito à informação e a transparência com que são conduzidos os negócios públicos, sem descuidar das razões que levaram a Associação Amigos de Manaus - AMANA a contestar o local da construção de um porto para atender as demandas do Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus.
O mundo encolheu
Ficou pequeno. Cabe na ponta dos dedos. Para quem conhece linguagem digital.
No Brasil, a internet atingiu, neste ano, o expressivo número de 40 milhões de usuários; grande parte deles situados na faixa de idade da população economicamente ativa. Nela cabe tudo: conhecimento, lazer, informação, notícia, comunicação e lixo... “Muito lixo”, acentuam os conservadores, sempre dispostos a demonizar qualquer avanço tecnológico . Vide o debate teatro versus cinema; rádio versus televisão; pintura versus fotografia, máquinas de datilografia versus computadores etc.
Certamente vivemos numa sociedade que valoriza o espetáculo e o consumo. Nela os meios de comunicação desempenham um importante papel no estímulo e na permanente alimentação desses dois componentes do cimento ideológico da atual fase do capitalismo.
Ocorre que se a indústria da cultura construiu uma forte hegemonia, nas brechas do sistema atuam agentes que tecem as possibilidades de um outro mundo. Para esses, a internet é um instrumento a serviço da rápida difusão da comunicação de idéias.
Nos Estados Unidos da América do Norte, a candidatura de Barack Hussein Obama soube captar essa evidência da vida real dos tempos de hoje e usá-la como instrumento de persuasão do eleitorado.
O genocídio praticado pelo governo de Israel contra a população da Palestina teve na internet uma cobertura como nunca houve nos conflitos do Oriente Médio, permitindo uma (re)visão da ocupação israelense sobre o território palestino desde a fundação do estado judaico. Uma derrota da opinião eurocêntrica vigente, obrigada a conviver, doravante, com um outro entendimento público da tragédia vivida pelo povo palestino.
Entretanto, não é qualquer um que sabe usá-la. É preciso que o agente social que a maneja disponha de credibilidade.
Ademais o instrumento contém suas armadilhas. A pressa é uma delas. No afã de prontas respostas, o açodado come cru. Ora, não se constrói discursos competentes tratando a informação de modo superficial.
O caso do Porto das Lajes
Demonizada pelos conservadores, incensada pelos movimentos sociais, a internet está no centro de um debate que vem despertando, paulatinamente, o interesse da opinião pública manauara: a construção do Porto das Lajes.
Em menos de 24 horas, duas tentativas de responder às evidências de uma matéria publicada no jornal italiano Il Manifesto e postado em dois blogs manauaras, com repercussão posterior na mídia local, causaram mais perplexidade do que esclarecimento sobre um fato sugerido pela reportagem – a de que os legítimos interesses em construir um porto para atender demandas do Distrito Industrial de Manaus pudessem conter outros: o de personas non gratas à opinião pública internacional.
Embora não haja nenhum fato jurídico – salvo um rumoroso processo que resultou na prisão de um empresário italiano por supostas ligações com o crime organizado – agiu-se com inusual inabilidade em omitir o fato, ou julgar que ele não viria à luz por intermédio da imprensa italiana livre, ainda que o primeiro ministro italiano, com suas pretensões monopolizadoras, tenha construído um império de comunicação.
E ademais, é elementar meu caro Watson: existe a internet. A riqueza dos detalhes contidos nas matérias do jornal – que podem ser consultadas por qualquer indivíduo no planeta – abriu um rombo na credibilidade da prestação de informação de interesse público.
Não é a primeira vez que sobra para uma autoridade pública as pressões para um esclarecimento não trabalhado no tempo devido. Ossos do ofício.
Todo esse imbróglio ainda deve render contundentes discursos políticos. Enquanto isso, nosso maior patrimônio paisagístico corre o risco de ser subtraído da discussão sobre a pertinência da criação de um porto em frente do Encontro das Águas. Ou alguém aí acredita que o projeto das Lajes deixará de ter seus defensores, tenham ou não personas non gratas nele envolvido?
Rubens Thimóteo: desaparecido há 30 anos
Se você tem alguma informação que possa auxiliar a desvendar o misterioso desaparecimento desse cidadão, ocorrido provavelmente em Porto Velho-RO, mande um e-mail para este blog.
*****
Dados fornecidos pela filha de Rubens:
CONTRATO DE TRABALHO - feito no dia 07/04/76. Fortaleza-CE, por CERAMA TRANSPORTES LTDA.
RUBENS THIMOTEO.
DE NACIONALIDADE ---BRASILEIRO.
ESTADO CIVIL,--CASADO.
RESIDENTE À RUA --ESTRADA MARANGUAPE........S/Nº.
DE PROFISSÃO _MOTORISTA___, PORTADADOR DE CARTEIRA PROFIFISSIONAL Nº098.372.
CÉDULA DE IDENTIDADE NÚMERO-3133, NASCIDO EM 14/04/28.
Morro de Liberdade
Os bairros vizinhos ao Morro da Liberdade estão solicitando à diretoria da Escola de Samba Reino Unido da Liberdade que os seus ensaios também aconteçam em suas ruas, a exemplo do que aconteceu neste final de semana em que os bairros de São Lázaro e Betânia receberam a visita da sua representante no carnaval de Manaus. Neste próximo domingo o ensaio técnico da Reino Unido sairá da Rua Maués, ao lado da Fogás, às 17h00, com concentração a partir da 16h00. Moradores dos mais diferentes bairros de Manaus tornaram um hábito comum ir ao Morro da Liberdade também aos domingos, para prestigiarem os ensaios técnicos e usufruir do Banho de Samba que acontece logo a seguir, se estendendo até às 23h00.
A diretoria agradece a presença, nestes eventos, da Companhia de Trânsito, que muito tem colaborado para o sucesso na condução e orientação do trânsito.
As fantasias continuam à venda, das 14h00 às 22h00.
Atenção: dia 13 de fevereiro, sexta-feira magra de carnaval, a Reino Unido da Liberdade estará realizando "A Noite da Imprensa", a todos os profissionais do Rádio, Jornal e Televisão. Aguardem.
Contato: Ivan de Oliveira (Dir. de Comunicação da Escola)
Tel. 92 9966.9758
Nota do blog: E no sábado magro não esqueça, meu cumpadre Ivan, o carnaval irreverente da BICA (Banda Independente da Confraria do Armando), que este ano sai com o tema: "Renata, mulher ingrata".
Coronel da reserva faz críticas à Funai e ao processo de demarcação de Raposa Serra do Sol
Depois passar por 34 cidades e comunidades do interior do Amazonas abordo de dois caiaques, percorrendo cerca de 1,7 mil quilômetros, foi dada como encerrada a expedição iniciada no dia 1º de dezembro do ano passado, em Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus).
Segundo o coronel Hiram Reis, a expedição tinha como meta levar conhecimento sobre a região Amazônica para os alunos do Colégio Militar de Porto Alegre.
Como democrata que o coronel certamente o é, este blog espera que ele leve também o conteúdo das críticas que lhe serão dirigidas, como as que este blog já manifestou em postagens anteriores.
Nota do blog: Leia mais sobre as críticas do Cel. Hiram na matéria publicada no Portal Amazônia.
Carta do MST
"O MST não é a doença do Brasil, é a demonstração da saúde, dos que não se dobram diante da tirania, da opressão e da marginalização. O MST no Brasil é o movimento palestino em Gaza. Esse movimento extraordinariamente organizado, que forma militantes em escolas e universidades, é uma graça de Deus para que a paz seja instaurada no país", afirmou o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB). Jackson Lago (PDT), governador do Maranhão, destacou a importância do Movimento na luta pela educação. "O MST desempenha um papel importante nas lutas sociais do país, e especialmente na luta pela erradicação do analfabetismo. Espero que o Movimento continue contando com o apoio da sociedade". "A gente só luta porque ama, e esse movimento faz com que a gente se contagie com o espírito de liberdade no seu sentido integral", disse a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT).
"Vocês estão fazendo aquilo que meu pai sempre buscou e pelo qual doou 70 anos de sua vida. Ele sempre disse que o povo precisa se organizar. A história do século XIX é uma história de luta e repressão dos movimentos sociais. No século XX, foi a mesma coisa, apenas a Coluna Prestes não foi derrotada. O MST está seguindo esse exemplo, com muito estudo, para poder transformar o Brasil em um país socialista", ressaltou Anita Prestes, historiadora e filha dos lutadores comunistas Luiz Carlos Prestes e Olga Benário.
Apoio internacional - Aleida Guevara, médica cubana e filha de Che Guevara, também levou seu apoio a Sarandi. "Quando vou a alguma área do MST, seja um acampamento, assentamento ou escola, sempre sinto a força de vida que emana de vocês. Força que mostra que, quando um povo decide criar seu próprio destino, ele pode". Representando a Via Campesina Internacional, o dirigente turco Abdullah Aysu afirmou que o MST é símbolo de terra, dignidade e vida para os camponeses da Turquia. "Sempre que algum companheiro do MST cai na luta, nós nos entristecemos na Turquia", concluiu. Ao final do ato, as delegações dos 24 estados em que o MST atua e uma delegação de convidados internacionais plantaram 25 mudas de árvores – cada uma representando um ano de vida do movimento.
Prêmio luta pela terra - O MST concedeu o Prêmio Luta pela Terra, comemorativo dos 25 anos, na noite de 23 de janeiro. O prêmio, que existe desde o ano 2000, reconhece entidades, coletivos, personalidades, lutadores e lutadoras sociais com destaque na defesa da Reforma Agrária, do MST, dos movimentos sociais e dos interesses do povo brasileiro. A premiação procura valorizar as iniciativas e lutas de outros movimentos sociais, assim como homenagear aquelas pessoas que dedicaram sua vida em defesa dos interesses do povo brasileiro. Neste ano, foram concedidos 15 prêmios, em várias categorias. O advogado Jacques Alfonsin e o promotor Afonso Henrique Miranda foram homenageados na categoria Amigos da Reforma Agrária. A personalidade internacional homenageada como amigo do MST foi Fidel Castro. Foram premiados ainda a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (Movimento sindical), Movimento dos Atingindos por Barragens (Movimento popular), Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara (Povos quilombolas) e Celso Furtado, como homenagem póstuma.
CARTA DO MST
13º Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
1. Nós, mais de 1.500 trabalhadores rurais sem terra, vindos de todas as regiões do Brasil, e delegações internacionais da América Latina, Europa e Ásia, nos reunimos de 20 a 24 de janeiro de 2009 em Sarandi, no Rio Grande do Sul, para comemorar os 25 anos de lutas do MST. Avaliamos, também, nossa história e reafirmamos o compromisso com a luta pela Reforma Agrária e pelas mudanças necessárias ao nosso país.
2. Festejamos as conquistas do nosso povo ao longo desses anos, quando milhares de famílias tiveram acesso à terra; milhões de hectares foram recuperados do latifúndio; centenas de escolas foram construídas e, acima tudo, milhões de explorados do campo recuperaram a dignidade, construíram uma nova consciência e hoje caminham com altivez.
3. Reverenciamos nossos mártires que caíram nessa trajetória, abatidos pelo capital. E, lembramos dos líderes do povo brasileiro que já partiram, mas deixaram um legado de coerência e exemplo de luta.
4. Vimos como o capital, que hoje consolida num mesmo bloco as empresas industriais, comerciais e financeiras, pretende controlar nossa agricultura, nossas sementes, nossa água, a energia e a biodiversidade.
5. Nos comprometemos em garantir à terra sua verdadeira função social; cuidar das sementes e produzir alimentos sadios, de modo a proteger a saúde humana, integrando homens e mulheres a um meio-ambiente saudável e adequado a uma qualidade de vida cada vez melhor.
6. Reafirmamos nossa disposição de continuar a luta, em aliança com todos os movimentos e organizações dos trabalhadores e do povo, contra o latifúndio, o agronegócio, o capital, a dominação do Estado burguês e o imperialismo.
7. Defendemos a Reforma Agrária como uma necessidade popular, que valoriza o trabalho, a agro-ecologia, a cooperação agrícola, a agroindústria sob controle dos trabalhadores, a educação e a cultura, medidas imprescindíveis para a conquista da igualdade e da solidariedade entre os seres humanos.
8. Estamos convencidos de que somente a luta dos trabalhadores, e do povo organizado, pode nos levar às mudanças econômicas, sociais e políticas indispensáveis à efetiva emancipação dos explorados e oprimidos.
9. Reafirmamos a solidariedade internacional e o direito dos povos à soberania e à autodeterminação. Por isto, manifestamos nosso apoio a todos os que resistem e lutam contra as intervenções imperialistas, como hoje faz o povo afegão, cubano, haitiano, iraquiano e palestino.
10. Cientes de nossas tarefas e dos enormes desafios que se colocam, reafirmamos a necessidade de construir alianças com as organizações e os movimentos populares e políticos em torno de bandeiras comuns, para que, unidos e solidários, possamos construir um projeto popular, capaz de romper com a dependência e subordinação interna e externa ao capital, e de construir uma sociedade igualitária e livre – uma sociedade socialista.
Sarandi, 24 de janeiro de 2009
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST
Fonte: www.mst.org.br
(Re)velações
Encontrava-me em pleno Império quando se processava o ritual de passagem de mandato... nada de faixas, o simbolismo passou pelas ações do cidadão... o presidente eleito pinta uma parede, o presidente visita asilos, escolas, bairros periféricos. Na televisão vende-se de tudo sobre o personagem... broches, medalhas, pratos, vasos, bandeiras, camisas, bonés, ceias completas para acompanhar a posse. Exalta-se suas qualidades, a sua trajetória, em todos os canais a dose é cavalar para expor a chegada do novo presidente, do novo líder.
Todos nós sabemos os enormes desafios que o aguardavam. A plantação de pepinos é muito maior do que qualquer outro produto. Espera-se dele os desejos utópicos engendrados em nossa intimidade ancestral. O salvador! o Messias! O libertador! Mas no dia seguinte ao dia cujo, não deu outra, o Canal Fox amanheceu dando-lhe cacetadas, cobrando-lhe ações concretas e objetivas, condenando-o sobre a questão de Guantanamo. A lua de mel durou pouco... menos de 24 horas. De volta ao Brasil recebo este artigo numa mensagem enviada por um amigo e aproveito para compartilha-lo.
Come back South Ameican Way!
abs
A.
*************
Detalhes escondidos da cerimônia de posse
Por Muniz Sodré em 27/1/2009
Observatório da Imprensa
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=522JDB002
A imprensa brasileira chamou a atenção para o registro quase nulo, por parte da mídia norte-americana, da numerosa presença da família queniana (tios, primos etc.) de Barack Obama nas festividades da posse, em contraste com a enorme atenção dedicada à família nuclear norte-americana (esposa e filhas). Isto pode ser apenas um detalhe de um magno acontecimento, mas é certamente índice cultural da permanência de uma forma velha e arraigada de percepção social, incompatível com as circunstâncias da eleição e posse do novo primeiro mandatário dos Estados Unidos. É mesmo uma forma anacrônica frente ao novo éon de que o fenômeno Obama dá sinais.
Éon(ou aion), termo de circulação acadêmica, é uma das palavras que expressam "tempo" em grego antigo. Mas é uma temporalidade especial, relativa ao acontecimento. Os pensadores neoplatônicos valiam-se desse conceito para indicar o tempo cíclico do retorno na História, que assinala o acontecimento e a mudança. Cristo, neste sentido, seria um éon, ou seja, um evento de transformação que já se anunciara antes na História e se repetiria mais tarde sob a forma dos avatares.
Mesmo dentro do espírito laico, essa idéia pode ser evocada para se assinalar o advento de um tempo já prenunciado e esperado quando corresponde às esperanças de parcelas ponderáveis de determinados grupos humanos. Por exemplo, depois de um longo período de guerra e destruição, a expectativa de paz e restauração pode instaurar o éon, a marcação temporal de um acontecimento harmonizador.
"Organizar para a mudança"
A eleição e a posse Obama ajustam-se a esse quadro de referência. Entenda-se bem: não se trata de mitificar ingenuamente a figura do novo presidente norte-americano. Afinal, é o primeiro mandatário da maior potência (mesmo se financeiramente combalida e em crise de liderança internacional) num cenário mundial unipolar, que em instantes cruciais agirá como tal, em favor dos interesses do que mais de um autor tem chamado de Império. Em cima da mesa do presidente dos EUA está fixada a inscrição here stops the buck (literalmente, "aqui o coelho pára de correr"), em referência à centralidade do poder. Não se devem ter grandes ilusões, porém, quanto às eventuais conseqüências do peso que o Salão Oval e todo o seu background industrial-militar exercem sobre a cabeça de quem ali toma decisões finais.
É impossível, porém, passar por cima das circunstâncias pessoais e sociais que levaram ao poder o primeiro presidente negro na História dos EUA. A noção de éon justifica-se pelo largo espectro realizado e anunciado de mudanças: a vitória eleitoral do pós-racialismo, o retorno da normalidade democrática às ações de Estado, a expectativa quanto a um estilo menos brutal de governo.
A idéia de mudança, aliás, atravessa desde sempre a vida pessoal de Obama, a se acreditar na autobiografia A Origem dos meus Sonhos (Editora Gente, 2008), best-seller do New York Times que merece ser lido. Em 1983, estudante de Direito, mas decidido a realizar um trabalho social, ele resolveu tornar-se líder comunitário. Narra:
"Quando colegas da faculdade perguntavam-me o que um líder comunitário fazia,
não conseguia responder-lhes ao certo. Mas tentava falar sobre a necessidade de
mudanças. Mudança na Casa Branca, onde o presidente Reagan e seus protegidos
conduziam seus atos sujos. Mudança no Congresso, complacente e corrupto. Mudança
no espírito do país, maníaco e egocêntrico. A mudança não virá do topo, eu
dizia. A mudança virá das raízes, das bases mobilizadas. Isso é o que farei, vou
organizar o povo negro. Nas bases. Para a mudança."
"O chão não é o mesmo"
Uma coisa é o homem; outra, a História, certo. O poder, quando não corrompe, distorce as melhores intenções individuais e destila as suas ironias. Assim, apesar das ácidas críticas a Reagan, Obama já dele retoma o projeto de evitar o declínio do Império que, no entanto, contrabalança com a idéia (à maneira de Roosevelt) de restauração da fé no país e nos valores morais da democracia. As suas primeiras medidas executivas (proibição da tortura, anúncio do fechamento da prisão de Guantánamo, sinalização para a retirada de tropas do Iraque) ainda não impedem concretamente o massacre militar de civis no mundo, mas são "estilisticamente" alentadoras, no fundo estratégias de transformação da percepção social interna e externa.
Resta aguardar o que acontecerá com o desenrolar da crise financeira nos EUA e no mundo e com a evolução do indivíduo Barack Obama no Salão Oval. Resta ver o que sobreviverá de seu empenho existencial, além da política pura e simples, pois foi sobre esse élan que se acenderam os holofotes da mídia e se debruçaram as expectativas dos eleitores.
Resta esperar também que mudem os padrões cognitivos da mídia americana de modo a que não mais a embarace a família africana de seu primeiro mandatário. É aconselhável guardar nas mentes um pequeno trecho do discurso de posse de Obama: "O que os cínicos não entendem é que o chão que eles pisam não é mais o mesmo."
_______________________________________________
Nota do blog: Pela importância, compartilho o artigo enviado por Aurélio Michiles. Cineasta, Aurélio reside em São Paulo.
Aurélio Michiles
IMAGEM CEUVAGEM
tel. 55 11 9666 5582
tel.fax. 55 11 3663 4634
http://ceuvagemichiles.blogspot.com
A estética da mentira
A estética da mentira
Posted: 27 Jan 2009 08:43 PM PST
O que me deixa triste é a falta de escrúpulos com que a imprensa brasileira estupra a verdade, em prol de suas campanhas golpistas. Veja o caso do Cesare Battisti, o escritor italiano beneficiado pelo governo com um asilo político. As opiniões se dividem neste caso, e creio que não há nada de mais em criticar a decisão do ministro da Justiça. O que vem acontecendo, todavia, é a criação de um front de embate político, partidário e ideológico. A mídia corporativa talvez não quisesse esse embate. Talvez quisesse apenas usar o fato para constranger o governo e criar fatos políticos que preparem a vitória de José Serra em 2010.
Bem claro está, afinal, que a mídia não busca oferecer espaço para um debate. Ela quer ser juiz. Quer julgar e condenar Battisti e o governo. Enquanto o Estado tem o poder de encarcerar fisicamente as pessoas, a mídia tem o poder de violentá-las psicologica e moralmente.
Ia dizendo, contudo, que o grave não é criticar a decisão de Tarso. Grave é mentir. Os colunistas midiáticos que comentam o caso, sempre criticando o governo, SEMPRE citam o caso dos boxeadores cubanos. Merval Pereira, em sua coluna de hoje, não somente afronta a verdade, como vomita sobre a lógica, ao afirmar que a recente fuga de um dos pugilistas de Cuba desmente a versão do governo de que eles, após largarem a competição e fugirem com um alemão, queriam voltar. Ora, não é apenas versão do governo. Representantes do Ministério Público e da Organização dos Advogados do Brasil também entrevistaram os rapazes e afirmaram que eles queriam retornar à seu país de origem. Eles mesmos, em entrevistas concedidas em Cuba, disseram ainda mais: que agentes da Polícia Federal brasileira tentaram persuadi-los de que seria mais vantajoso, para eles, permanecer no Brasil.
Aí o Merval diz que eles foram eliminados das competições internacionais. Ora, valha-me Deus! Os caras infringiram o principal dos códigos de ética do atleta! Eles abandonaram a competição no meio! Tudo bem fugir da ilha, mas não no meio de uma competição internacional, ou então, como fizeram outros atletas cubanos, na mesma competição, no mesmo ano: que fugissem após o término da mesma. Uma das características mais importantes para um atleta é a disciplina.
Rolam boatos de que eles estariam sendo perseguidos em Cuba. É claro que esses boatos são ampliados por interesse ideológico. Mas o fato é que, a partir do momento que está provado que os cubanos voltaram por sua livre e espontânea vontade, que outros atletas cubanos que pediram para ficar no Brasil, puderam ficar, então nós não podemos culpar o governo brasileiro pelos problemas que eles possam vir a sofrer em Cuba, assim como não podemos culpar Tarso Genro pela fome no Haiti ou pela tortura na prisão de Guantánamo.
Critiquem a não-extradição de Battisti, mas deixem os atletas cubanos fora dessa história! Todas as notícias relacionadas aos mesmos deixam bem claro que eles quiseram voltar. Se, em algum momento, eles tivessem manifestado a intenção de permanecer no Brasil, o governo teria concedido asilo, como fez com outros atletas cubanos, na mesma competição e em tantas outras ocasiões. Não acho Cuba o melhor dos mundos.
Não acho Cuba maravilhosa. Tenho, contudo, uma visão com perspectiva histórica sobre Cuba, sobre a América Central, sobre a América Latina. Não foram os cubanos que transformaram a democracia e os direitos humanos numa piada de mau gosto. Quem fez isso foi a direita, foram as elites do continente, com o apoio direto dos Estados Unidos. No Chile, caças americanos bombardearam o palácio presidencial, matando Salvador Allende, um presidente eleito num sistema democrático livre e moderno. Quando mataram Allende, mataram o sonho de milhões de latino-americanos, não apenas chilenos. Quando derrubaram Jango, mataram o sonho de milhões de latino-americanos, não apenas de brasileiros. Quando Fulgêncio Batista assumiu o poder em Cuba com um golpe de estado e acabou com as instituições democráticas, ele não exterminou as esperanças apenas da juventude cubana de mudar as coisas democraticamente, mas de toda juventude ao sul do Rio Grande. Não foi por outra razão que tantos jovens pegaram em armas. Poucos anos antes, Che Guevara fizera trabalhos no México para o governo de Jacobo Arbenz Guzmán, eleito pelo voto direto - e também deposto por um golpe de estado, em 1954, articulado pelos americanos. Como, em tais circunstâncias, o jovem Chê, ou qualquer outro jovem latino-americano, se empolgaria com as vantagens de uma democracia?
E agora, cinquenta anos depois, a direita, através de seus house-organs, querem nos empurrar a tese de que a esquerda latino-americana é que é autoritária? Que aqueles jovens guerrilheiros que pegaram em armas para combater as ditaduras sangrentas de então, eles é que não acreditavam na democracia? Ora, se você defendesse democracia nos anos de chumbo, era classificado imediatamente como subversivo, preso, e lançado no oceano atlântico, do alto de um helicóptero.
Acesse www.oleododiabo.blogspot.com
L. Ruas - o padre "vermelho"
Prezado(a) senhor(a),
A Livraria Valer tem a satisfação de convidá-lo(a) para o evento comemorativo dos 50 anos de publicação do livro “Aparição do Clown”, de L. Ruas, que acontecerá sábado, dia 31 de janeiro, às 10h, no Espaço Cultural da Livraria Valer – Rua Ramos Ferreira, 1195 – Centro.
No próximo sábado, dia 31 de janeiro, comemora-se 50 anos de publicação do livro “Aparição do Clown”, do padre poeta L. Ruas. Para comemorar esta data a Livraria Valer realizará a partir das 10h da manhã um encontro com estudiosos e pessoas interessadas na obra do escritor.
Ao longo de cinco anos, o historiador Roberto Mendonça pesquisou sobre a vida e obra de L. Ruas e, durante o evento, apresentará o resultado de seu estudo. Em seguida, a palavra será aberta aos presentes para manifestação. O evento comemorativo contará ainda com exposição de livros e fotos do homenageado, declamação de poemas de L. Ruas, feitas por integrantes do Clam – Clube Literário do Amazonas, e a apresentação do músico Mauri Marques, que musicou alguns poemas de L. Ruas.
Na ocasião a segunda edição do livro “Aparição do Clown” estará à venda com 50% de desconto.
Considerada uma das mais importantes obras da literatura amazonense, “Aparição do Clown” é composto de um só poema e seus desdobramentos. O poema ocupa as 105 páginas do livro, ora reeditado pela Valer, dentro da Coleção Resgate.
“Aparição do Clown” é um poema místico e filosófico. Na apreciação do Professor Tenório Telles, o livro reproduz simbolicamente a trajetória de Cristo na terra, a promessa de redenção do mundo, a busca do homem, um palhaço no palco da vida à procura da sua verdadeira face, em sua tentativa de reencontro com o divino.
Sacerdote da arquidiocese de Manaus, Luiz Augusto de Lima Ruas nasceu em Manaus, em 1931, e exerceu seu ministério sacerdotal nas paróquias de Educandos, Colônia Oliveira Machado, dos Remédios e Sagrado Coração de Jesus, onde se despediu da atividade religiosa. Ao tempo de sua ordenação, em 1954, passou a lecionar algumas disciplinas em colégios, como o Colégio Estadual (francês), o Instituto de Educação do Amazonas (psicologia) e no então Instituto Christus, que teve sempre sua colaboração. Também foi professor de Psicologia, na Faculdade de Filosofia, quando esta foi criada. Iniciou sua atividade jornalística no Universal, jornal da Igreja Católica, que circulava aos domingos e existiu entre os anos de 1953-58.
Adotando o nome literário de L. Ruas passou, em 1956, a colaborar com o jornal A Crítica. Dispunha de uma coluna diária (Ronda dos Fatos) onde cuidava com propriedade de problemas da vida humana. Deixou este jornal em 1960. Em 1955, a convite de Jorge Tufic e encaminhado por Bosco Araújo, juntou-se ao movimento literário Clube da Madrugada, do qual foi presidente no biênio de 1957-58. Colaborou fartamente no Suplemento, editado pelo Clube, enquanto este circulou encartado em O Jornal, no período de 1962-72.
L. Ruas também esteve envolvido no movimento cinematográfico da cidade, escrevendo para a revista Cinéfilo, que circulou em quatro edições. Todavia, o movimento militar de 1964 fez o padre Ruas amargar dias de prisão junto com outros companheiros intelectuais e políticos. Faleceu em 1º de abril de 2000, estando sepultado no cemitério de São João Batista.
Obras publicadas:
· 1959 – A Aparição do Clown, poesia. Reeditado pela Valer em 2000.
· 1970 – Linha d´Água, crônicas reunidas e publicadas no jornal A Crítica.
· 1979 – Os Graus do Poético, ensaios. Publicado por ocasião dos 25º aniversário da Rádio Rio Mar, onde também colaborou como cronista.
· 1985 – Poemeu, poesia. Premiado pelo Governo do Estado.
Evento: Comemoração dos 50 anos de publicação do livro “Aparição do Clown”, de L. Ruas
Data: 31 de janeiro de 2009 (sábado)
Horário: 10h
Local: Espaço Cultural da Livraria Valer – Rua Ramos Ferreira, 1195 – Centro
Contatos: 3635-1324 (Livraria Valer); 3302-2571 / 9608-9010 (historiador Roberto Mendonça)
***
Nota do blog: A expressão "vermelho" era justaposta à todos aqueles que faziam oposição ao regime militar, lá pelos idos dos anos 1970. Tanto faz se a oposição era ostensiva ou não. Bastava simpatizar com a idéia de uma vida mais democrática... catampimba!... tascavam o rótulo no cidadão provido do mínimo de inteligência. Havia uma outra expressão tão ou mais estigmatizadora: subversivo. Muitas vezes assim foi tratado o Padre Ruas, um símbolo da minha geração, respeitado pela sua biografia. Lembro-me dele, já em idade avançada e adoentado, quando o procurei na Igreja dos Remédios, onde era o pároco em 1989, para lhe pedir apoio ao vídeo que dirigi na época - Balbina no País da Impunidade (sobre o desastre ambiental provocado pela construção de uma usina hidrelétrica): precisava de um sino para associar o som à morte que se abateu sobre a fauna local. Ruas fez questão de me levar até a área de acesso à torre da igreja para mostrar a impossibilidade de chegar até o sino: a escada que dava acesso ao lugar deteriorou-se com o tempo, apodreceu e se desfez. Percebendo minha aflição, depois da negativa do pároco da Catedral de N.S. da Conceição, indicou-me o da igreja de Educandos, que me receberia generosamente. O gesto de solidariedade para com os povos ribeirinhos foi para mim um sinal de que no peito do respeitável ancião morava, ainda, um coração "vermelho".