Banzeiro - Os camelôs de Manaus foram surpreendidos com o anúncio da desativação da cobertura que se estende por quase toda a rua Marechal Deodoro, onde está situado parte do setor informal da cidade. Houve reação. Justa, por sinal. Ninguém desmonta um dispositivo equivocado como aquele (se houver um incêndio no trecho, os bombeiros terão dificuldades de trabalhar), estabelecido há alguns anos, sem ampla consulta e negociação com os interessados. Ou - como diz um amigo luso: "Estão a fazer banzeiro à toa, ou o risco é calculado?"
Camelódromo - Explicando melhor. Nas matérias televisivas já surgem representantes da categoria afirmando que tem um zum-zum-zum de retirada dos camelôs das ruas. Uma autoridade municipal já declarou que estão sendo estudados novos espaços para abrigar o comércio ambulante. Sem os representantes da categoria na mesa de negociações, é chover no molhado. A propósito, para que esse tipo de comércio não prolifere mais, já foram identificados os comerciantes que fazem negócios com os camelôs? Ainda não! Então, tá?
Dica - No governo municipal passado teria surgido a idéia de usar o trecho visto na fotografia acima para ser um dos lugares para abrigar parte do comércio informal de Manaus. Conheço o autor da idéia. Não vou revelar o nome para não matar de raiva os invejosos. O lugar está bastante deteriorado. A casa da esquina há muito não existe; as demais só têm a carcaça. Tudo graças a um imbróglio jurídico provocado por interesses anti-populares.
Antes que eu esqueça, o trecho acima fica no antigo Taboleiro da Baiana. Vai ver nem os atuais proprietários desses imóveis sequer conhecem o antigo nome do lugar. Nem os mais jovens. O sítio fica próximo ao Banco do Brasil, no Largo da Matriz.
O projeto teria maior grandeza se se tratasse de tornar a gente humilde que vai às ruas em busca de sobrevivência em micro-empresários ou coisa que o valha. Ganharia o cidadão, lucraria a cidade.
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