novembro 30, 2010

Mario Monicelli, pai espiritual do PICICA, sai de cena aos 95 anos

PICICA: Mario Monicelli é o pai espiritual deste PICICA, com todo respeito ao blog homônimo. Nossa homenagem ao pai da "commedia all'italiana". Veja aqui duas entrevistas com o cineasta italiano e um trecho de L'Armata Brancaleone.
rai | 29 de novembro de 2010 | 
Mario MONICELLI, il regista viareggino a cui si deve l'invenzione della "commedia all'italiana" aveva 95 anni ed era affetto da un tumore alla prostata in fase terminale. Si è lanciato da un balcone al quindo piano del reparto di urologia dell'Ospedale San Giovanni di Roma. Al suo attivo più di 60 film come regista ed oltre 80 sceneggiature, tra cui capolavori della commedia come "La grande guerra", "l'armata Brancaleone", "Un eroe dei nostri tempi" ed "Amici miei".

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Cacophony89 | 25 de março de 2010 |
 
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paologa66 | 8 de março de 2008 | 
Brancaleone ora all'armata
 

Vice-presidente da Associação Metamorfose Ambulante critica novo presidente da ABP

PICICA: "Diagnósticos psiquiátricos, sr. Silva, na opinião de quem sofreu seus empregos, servem para situar estudos acadêmicos e, tais estudos, servem pra potencializar a práxis de cuidadores.  No mais, diagnósticos são rótulos que podem ser descolados das embalagens e inutilizados como lixo. É o que pensa alguém como eu, que sofreu a desorganização da loucura e vem encontrando-se no mundo, pela Graça de ser cuidado em liberdade, com a atenção proporcionada pelos serviços substitutivos da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. Esse sou eu."

Abraço simbólico pelo fim do hospício amazonense - Manaus, 18.Maio.2007
CARTA ao Senhor Antonio Geraldo da Silva
Presidente eleito da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)

Senhor Silva
Salve !!!

Saúdo algo de educado que há em ti, mas, ao invés de cumprimentar-te, caberia estender-te as mãos, para auxiliar-te a sair desse poço ermo e insalubre – as trevas da ignorância. Por defender “interesses políticos e corporativistas”, como o senhor pretende denunciar, vestes a carapuça, com o propósito de reanimar o modelo psiquiátrico “hospitalocêntrico”, e afundas no lodo do preconceito, onde proliferam os vermes das concepções equivocadas, fundamentadas em dados forjados pelos ocultos financiadores dos estudos de encomenda. É triste a tua situação!

Hospital psiquiátrico jamais trouxe nada de positivo às pessoas. Às pessoas sim, porque aqueles aos quais o sr. denominou de “pacientes”, não são mais figuras passivas e apáticas que habitavam instituições asilares conhecidas como hospícios. São pessoas que sofreram (ou ainda sofrem) problemas psíquicos ou transtornos mentais; que chegam a serem definidas como “deficientes psicossociais(?)”; pessoas que se perderam no labirinto da loucura, mas, que merecem ser reconhecidas como seres humanos dignos, com “o direito de ter o melhor tratamento”, como dizes.

Isso que chamas de “tratamento”, restringe-se à contenção química, física ou elétrica e, não chega perto do cuidado que a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial preconiza. É o modelo de cuidado biopsicossocial, a possibilitar a atenção duma equipe multidisciplinar (inclusive com psiquiatras), para acolher o sujeito que a procura ou que a ela é conduzido, em surto ou não, com o objetivo de sanar determinada situação. Ali, ele encontra um Projeto Terapêutico Individual adequado à sua realidade. Isso sim é “humanizar o tratamento”, como o sr. menciona. “Humanizar”, nesse sentido, é trazer o cuidado próximo do homem.

Ora, se fiz referência a um CAPS ideal, do qual diversas unidades espalhadas pelo país, a cada dia, mais se aproximam, reconheço a carência de investimentos da maioria dos serviços de saúde mental, tanto nas estruturas em funcionamento, quanto na educação permanente das equipes técnicas. Entrementes, conheço muita gente que ousa afirmar que “o pior CAPS é melhor do que qualquer manicômio”. Gente que viveu as duas realidades, seja como paciente de um hospital ou usuário de um serviço substitutivo; gente que esteve trancafiada, foi violentada, desprezada, e passou a ser acolhida, assistida, considerada; pessoas que podem falar da política pública de saúde mental com propriedade, conhecimento de causa, autenticidade, como o sorriso genuíno que escapole de uma boca sem dentes.

Eu, sr. Silva, por não ter sofrido os piores horrores nessas pocilgas, como os eletrochoques ou as camisas-de-força, talvez não seja aquele que deveria responder-te à altura. Todavia, estes que passaram por tais martírios (que legitimas como “EletroConvulsoTerapia”), em sua maioria, sofrem os danos provocados por tamanha tortura. Onde estaria algo de “melhor tratamento” em tal prática ? Onde repousa tua razão, ao indicar ECT ? (...)  Então, assumo o encargo de escrever-te, situando-me como alguém que também passou pela violência da contenção física ou química em um hospital e, veio encontrar-se no acolhimento em um CAPS II, onde percebi a lógica libertária antimanicomial, que permite minha participação. Porém, como sei que o sr. pode argumentar que não sirva de referência às tuas citações, respondo-te que já estive em situações, nas quais não seria possível sequer escrever uma carta como esta. Era preciso um CAPS III 24hs, para acolher-me nesses momentos. E não havia um. Até hoje, poucos foram implantados. Muitos usuários e familiares que alegam falta de assistência, não aderiram à ideologia antimanicomial, nem se implicaram no cuidado biopsicossocial, porque não conhecem as possibilidades ofertadas por um CAPS III 24hs, por Residências Terapêuticas ou Centros de Convivência. E, essa é uma lacuna na política de saúde atual, que agrada àqueles opositores do SUS, onde parece estar o senhor.

Portanto, apenas pessoas com algum discernimento crítico podem compreender o quanto é necessário à construção de vínculos nesses espaços, pra viabilizar qualquer reabilitação, ou mesmo inclusão social. Sejam com as famílias, sejam com os “ambientes terapêuticos” (como propõe a lei 10.216/2001), é preciso construir vínculos com a realidade das histórias humanas em interação. É isso que a filosofia de atenção e cuidado facilita, ao consolidar-se nas relações entre pessoas. É daí que precisamos de equipes multidisciplinares – de pessoas em parceria na prática psicossocial – pessoas que partilham.

Esses vínculos serviram de ponte para meu resgate pessoal, a ponto de dirigir-me a um médico psiquiatra como o sr. (presidente eleito da ABP) para dizer-te o quanto está equivocado, ao afirmar que “o melhor tratamento apenas o médico pode indicar” e “o diagnóstico médico define a internação”. Essa tua defesa do “Ato Médico” remete à minha história clínica. Há 27 anos, um psiquiatra psicoterapeuta presenteou-me com o diagnóstico da esquizofrenia; anos mais tarde, outro me disse que era psicótico; depois, mais um deles chamou-me de bipolar. Agora, após passar algum período como usuário de um CAPS, reconheço-me como pessoa, gente, cidadão. Alguém que merece certos cuidados, por conseguinte, aprende a se cuidar. Diagnósticos psiquiátricos, sr. Silva, na opinião de quem sofreu seus empregos, servem para situar estudos acadêmicos e, tais estudos, servem pra potencializar a práxis de cuidadores.  No mais, diagnósticos são rótulos que podem ser descolados das embalagens e inutilizados como lixo. É o que pensa alguém como eu, que sofreu a desorganização da loucura e vem encontrando-se no mundo, pela Graça de ser cuidado em liberdade, com a atenção proporcionada pelos serviços substitutivos da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. Esse sou eu. Por isso, em meu lugar, o desafio: 

- Cite, ao menos, um caso de Reabilitação Psicossocial advindo de hospitais psiquiátricos ? ...

Bem, mesmo que o sr. possa enumerar alguns “pacientes” que foram “tratados” por ti, como “indivíduos aptos à convivência social”, ou algo semelhante (se há “cura para a loucura), entendo que falta-te qualificação para apresentar-te com credibilidade enquanto ser humano, pessoa de bem, que defende uma plataforma decente no âmbito dos médicos psiquiatras. Estes profissionais especializados no estudo permanente da medicina são capazes de reconhecer que, essa ciência vem evoluindo desde Hipócrates, em busca do melhor cuidado à saúde humana. Estamos à procura de arquitetar o melhor cuidado possível.

Enfim, seguindo minha jovem militância no Movimento Social da Luta Antimanicomial, resta-me sugerir-te, senhor Antônio Geraldo da Silva, que desnuda-te diante de um espelho e contemple os fios de luz da loucura em teus olhos. Assim, com a retina enlouquecida e o sentimento à flor da pele, conheça o quanto da humanidade há em ti. Ao saber-te homem, sorria e perceba quão bom é estudar, aprender, conhecer, pelo menos - a lembrar de Sócrates – conhecer a ti mesmo.

É !!! Siga teu caminho, doutor (se algum doutorado tens) e recorde aquele a quem viste no espelho, pois, a Coordenação de Saúde Mental do Governo segue o curso da política pública concebida por uma coletividade, independente com o modo pelo qual encaminhe tua gestão à frente duma associação de classe.

Sem mais delongas, até...   

 Sérgio Pinho dos Santos                                                                                        Vice-presidente da Associação Metamorfose Ambulante de usuários e familiares do sistema de saúde mental do estado da Bahia – AMEA – Ba.

Eis o artigo que merece essa resposta...
 'Políticas públicas de saúde mental são contrárias aos médicos', diz especialista
 Novo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) é eleito afirmando que vai defender os psiquiatras e, por consequência, os pacientes da atual política de saúde mental do Ministério da Saúde

 
O psiquiatra Antonio Geraldo da Silva passou os últimos meses em campanha para se tornar o novo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Seu principal argumento para conquistar o cargo era que, uma vez eleito, promoveria uma “defesa intransigente da psiquiatria, dos psiquiatras e dos pacientes”.

No último dia 26 ganhou as eleições com 2/3 dos votos.

A receptividade a esse discurso se explica pela conclusão dos psiquiatras de que o Ministério da Saúde patrocina uma política de saúde mental contrária aos médicos psiquiatras, à medicina e, por consequência, aos pacientes. “Os responsáveis pela área estão orientados por interesses ideológicos e corporativistas. Para atingir seus objetivos, precisam afastar os critérios técnicos e científicos das decisões, ou seja, se livrar dos médicos”, esclarece o presidente da ABP.

Segundo Antonio Geraldo, com a justificativa de “humanizar o tratamento”, grupos militantes na saúde mental com forte influência no Governo pretendem reclassificar a doença mental como um problema social. “Assim, a condução das políticas de saúde deixa de ser atribuição dos médicos e passa ao controle dos ‘movimentos sociais’. Este é o verdadeiro objetivo”, diz.


Nos últimos anos, de acordo com o presidente da ABP, a coordenação de Saúde mental do Ministério da Saúde vem, por meio de portarias, tentando subtrair da assistência os princípios da Lei 10.216/01, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.


“Esta lei garante, expressamente, ao paciente o direito a ‘ter acesso ao melhor tratamento, consentâneo às suas necessidades’. O melhor tratamento apenas o médico é capaz de indicar e ele pode ser, dependendo do caso, tanto um acompanhamento extra-hospitalar até a internação em um hospital geral com unidade de psiquiatria ou hospital especializado, alguns casos não responsivos a terapia pode ter a necessidade de eletroconvulsoterapia. É o diagnóstico médico que define a intervenção e não ideologias pré-históricas ou a necessidade de alimentar mercados de trabalho. Infelizmente, o conceito de ‘melhor tratamento’ se opõe aos atuais interesses da coordenação de saúde mental do Ministério da Saúde e por isso foi substituído por tratamento ‘humanitário’, como se o tratamento médico não fosse humanizado”, esclarece Antonio Geraldo.


Para promover essa mudança de orientação na assistência, o Ministério da Saúde vem implantando o que denomina “reforma psiquiátrica”, que basicamente prega a extinção dos hospitais especializados e a concentração dos atendimentos nos CAPS. Estratégia que se opõe à Lei 10.216, “É um erro, promovido por má fé e ignorância. Os CAPS são bons instrumentos, mas incapazes de atender a demanda dos pacientes e a complexidade de determinados transtornos. Essas unidades devem estar inseridas dentro de uma rede, que se sucede com promoção de saúde, prevenção de doença, atendimento primário, secundário e terciário. Obviamente que não concordamos (e sempre lutamos contra) com os serviços de má qualidade. Mas, nesses casos, as ferramentas devem receber investimento para melhorar o atendimento e não serem simplesmente fechada sem análise técnica, visando apenas a redução de custos e a condenação de determinados diagnósticos psiquiátricos”, diz Antonio Geraldo.


A postura antimedicina da dita “reforma” pode ser observada nas normas que regulamentam os CAPS, símbolo do movimento. Segundo as regras, essas unidades só poderão funcionar em área física específica e independente que qualquer estrutura hospitalar. “Por que essa determinação? A proximidade com um hospital pode trazer diversos benefícios. Não existe qualquer indicação técnica que sustente o contrário. É um raciocínio dogmático a serviço de interesses estranhos à saúde”, afirma o presidente da ABP.


Entre as funções do CAPS está a oferta de “acolhimento noturno”. “Essa expressão é um eufemismo para internação. Ao dizer que ‘acolhem’, não se obrigam a ter um médico para diagnosticar a necessidade de internação”, explica. "Quem ficaria tranquilo em deixar um filho, durante um surto psicótico, em um serviço sem médicos?", pergunta.


A prioridade para esse tema foi fundamental para Antonio Geraldo se tornar o novo presidente da ABP, e ele não pretende decepcionar os psiquiatras. “Vamos lutar para abolir a ideologia e o corporativismo das políticas públicas e exigir que a saúde volte a ser planejada com base na ciência, conduzida por médicos comprometidos com os conhecimentos técnicos e que tenha como finalidade atender as necessidades do paciente, o que hoje não é o caso. Aqueles que necessitam do serviço público para tratamento próprio ou de familiares sabem muito bem do que estou falando”, finaliza.
 

Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: ABP

Argentina sancionó la nueva Ley de Salud Mental

PICICA: "Se propicia que las internaciones, siempre por lapsos breves, se efectúen en hospitales generales: éstos –si se cumple la ley– no podrán negarse a recibir a estos pacientes porque esto “será considerado acto discriminatorio”."

SOCIEDAD › YA ES LEY EL PROYECTO QUE IMPULSA LA DESMANICOMIALIZACION Y LIMITA LAS INTERNACIONES COMPULSIVAS

Un cambio de paradigma en la salud mental

El Senado sancionó la nueva Ley de Salud Mental, que prohíbe la creación de nuevos manicomios y promueve lugares alternativos de atención. Las nuevas internaciones se harán en hospitales generales, que deberán contar con el servicio específico.

 Por Pedro Lipcovich
 
Las instituciones monovalentes que ya existen, como el Borda, deben adaptar sus principios a la nueva ley.
Imagen: Giorgina Garcia.

Se sancionó la nueva Ley de Salud Mental, por la cual “queda prohibida la creación de nuevos manicomios o instituciones de internación monovalentes, públicos o privados”. La ley promueve dispositivos alternativos como “casas de convivencia y hospitales de día”. Modifica el Código Civil para impedir las internaciones de personas por su “peligrosidad”. Las internaciones involuntarias quedan restringidas y sujetas a control por un órgano de revisión en el que participarán organismos de derechos humanos. Se propicia que las internaciones, siempre por lapsos breves, se efectúen en hospitales generales: éstos –si se cumple la ley– no podrán negarse a recibir a estos pacientes porque esto “será considerado acto discriminatorio”. También se modifica el sistema de inhabilitaciones: hasta ahora, una persona que, en el marco de una crisis, perdiera capacidad para administrar sus bienes, podía quedar privada para siempre de todos sus derechos. Además los profesionales y empleados en instituciones psiquiátricas serán “responsables de informar, al juez y al órgano de revisión, sobre cualquier trato indigno o inhumano”.

Las instituciones monovalentes que ya existen “se deben adaptar a los objetivos y principios” de la ley, “hasta su sustitución definitiva por los dispositivos alternativos”. A diferencia de otras leyes en el mundo, ésta no llega a prohibir lisa y llanamente la internación en estas instituciones.

Para facilitar las externaciones, la normativa requiere “promover servicios de inclusión social y laboral para personas después del alta institucional; atención domiciliaria supervisada y apoyo a grupos familiares y comunitarios; casas de convivencia, hospitales de día, cooperativas de trabajo, centros de capacitación y familias sustitutas”.

Las internaciones involuntarias requerirán una evaluación interdisciplinaria; según el régimen anterior, era suficiente el dictamen del psiquiatra. El juez debe autorizar cada internación, pero pierde la facultad de ordenar internaciones; también se suprime el requisito de pedir autorización del juez para dar el alta. “En distintas provincias hay muchos pacientes cuya alta se demora porque el juez no la autoriza”, comentó Leonardo Gorbacz, quien, como diputado, presentó el proyecto original, y hoy es asesor en la Jefatura de Gabinete de la Nación.

Conceptualmente, se modificó el Código Civil para reemplazar el criterio de internación, que obedecía a la noción de “peligrosidad para sí o para terceros”, por la constatación de “riesgo cierto e inminente”. Esto ha sido requerido en dos oportunidades por la Corte Suprema de Justicia.

Transcurridos noventa días de una internación involuntaria, si la institución insiste en mantener a la persona bajo encierro, la ley exige una segunda opinión, a cargo del órgano de revisión que la propia ley establece. Si este organismo se expide en contra, la institución deberá dejar en libertad al paciente. Además, “los asistidos, sus abogados o familiares tienen derecho a acceder a las historias clínicas y a tomar decisiones relacionadas con su tratamiento”.

Se propicia que las internaciones se efectúen en hospitales generales. En éstos, “el rechazo de la internación de pacientes por el solo hecho de tratarse de problemática de salud mental será considerado acto discriminatorio”.

La ley también ordena realizar un censo nacional de las personas internadas en instituciones públicas y privadas. “Las clínicas privadas son las que están menos controladas, ya que las inspecciones se limitan a condiciones edilicias: el censo determinará si hay personas secuestradas de hecho”, observó Gorbacz.

El órgano de revisión incluirá representantes de asociaciones de usuarios y familiares, de los profesionales y otros trabajadores de la salud, de organizaciones de defensa de los derechos humanos, de las defensorías oficiales y del Poder Ejecutivo. Sus funciones incluirán “supervisar de oficio o por denuncia de particulares las condiciones de internaciones por salud mental en el ámbito público y privado”.

Además, “los integrantes, profesionales o no, del equipo de salud, son responsables de informar al órgano de revisión y al juez sobre cualquier trato indigno o inhumano a personas bajo tratamiento. Dicho procedimiento se podrá realizar bajo reserva de identidad”.

Se modifica el sistema de inhabilitaciones: “Hasta ahora –señaló Gorbacz–, una persona que, en una circunstancia de crisis, no estaba en condiciones de administrar sus bienes inmuebles, podía quedar inhabilitada, generalmente de por vida, para todos sus derechos personales, como casarse o votar”. La nueva ley dice que la inhabilitación “no podrá extenderse por más de tres años y deberá especificar las funciones y actos que se limitan, procurando que la afectación de la autonomía personal sea la menor posible”.

La ley es “de orden público”, lo cual implica que debe ser cumplida en todas las jurisdicciones del país sin requerir adhesión específica. Tenía media sanción de Diputados desde el año pasado y fue aprobada en la madrugada de ayer en la Cámara de Senadores con una sola abstención, la del radical Nito Artaza. La ley fue explícitamente apoyada por la Organización Panamericana de la Salud (OPS)/Organización Mundial de la Salud (OMS).

Fuente: Página/12

Associação Mineira de Psiquiatria comemora 40 anos da sua fundação

PICICA: No final do anos 1970, a Associação Mineira de Psiquiatria, a Comunidade Terapêutica Enfance e a Sociedade Brasileira de Psicodrama foram responsáveis em trazer o psiquiatra italiano Franco Basaglia ao Brasil, logo depois da sanção da Lei 189, que fechava os manicômios na Itália. A lei brasileira levou 12 anos tramitando no Congresso Nacional, e só foi sancionada em 6.4.2001. No Amazonas, a lei levou 4 anos tramitando na Assembléia Legislativa, sendo sancionada em 10.10.2007. Ambas foram fruto do movimento social de luta pelo fim dos manicômios, entrentato esta última, até agora, não saiu do papel. A Associação Amazonense de Psiquiatria não segue o exemplo histórico da sua co-irmã. Lástima!

É com imensa satisfação que a Associação Mineira de Psiquiatria, convida-lhe a participar do Lançamento do livro “O Melhor do Risco” e da Comemoração de nossos 40 anos.

O coquetel de lançamento e comemoração será realizado no dia 03 de dezembro – 6ª feira, a partir das 19:30h, no Instituto Raul Soares, à Av. do Contorno, 3017. B. Santa Efigênia em Belo Horizonte e contaremos com a presença dos autores dos artigos, durante a noite de autógrafos.


Você é nosso convidado especial. Comemoremos juntos!


Diretoria AMP



O Risco, publicação oficial da Associação Mineira de Psiquiatria, completa 20 anos.

Há muito vimos ouvindo de Chico Goyatá a demanda: - Precisamos publicar "O melhor do Risco!"


À princípio, como coordenadora da Comissão de Publicações da AMP, achei que a proposta poderia ser recebida como uma pretensão de nossa parte.


Mas, pensando bem, uma publicação que se sustenta por todo este tempo, construindo um estilo reconhecido e coerente com o postulado exposto pela Comissão Editorial de seu número I - "Editar um jornal via AMP implica num laço cuja armação não se pode efetuar entre parênteses" - merece sim ser muito bem festejada! O Risco é hoje traço indelével da história da Psiquiatria Mineira nos últimos 20 anos.


Gilda Paoliello
Comissão de Publicação

“Clarice Lispector de corpo inteiro”, na Quarta Literária

PICICA: A última Quarta Literária do ano irá exibir a última entrevista concedida por Clarice Lispector, gravada em fevereiro de 1977.
A última Quarta Literária do ano acontecerá dia 1º de dezembro, às 18h, no Espaço Cultural da Livraria Valer (Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro), com a professora Francisca de Lourdes, que ministrará a palestra “Clarice Lispector de corpo inteiro”. Na ocasião será lançado o livro Histórias para minha tia dormir, de Maria Elisa Souto Bessa. A entrada é franca.


A palestra “Clarice Lispector de corpo inteiro”, ministrada pela professora Francisca de Lourdes no dia 1º de dezembro, encerra o ciclo de palestras intitulado Palavra de Mulher, um programa especial dedicado às mulheres, com palestras ministradas por mulheres que ao longo do ano, sempre na primeira quarta-feira de cada mês. Antes da palestra será exibida a última entrevista concedida por Clarice, gravada em fevereiro de 1977.
Francisca de Lourdes abordará a questão feminina na literatura de Clarice Lispector, que implica um confinamento e domesticação de que é preciso viver para a família. Por isso no universo as personagens femininas refletem vestígios de transgressão como Macabéa, que tenta alçar voo, mas cai.

SOBRE CLARICE LISPECTOR

Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1925. Recém-nascida mudou-se com os pais para o Brasil, passando a morar em Recife, mais tarde, em 1929, no Rio de Janeiro. Com 19 anos publicou seu primeiro romance – Perto do Coração Selvagem – com o qual ganhou o Prêmio Graça Aranha. Clarice morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes do seu 57° aniversário. Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia. Só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos confessionais por ela escrito possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade. Conheça mais sobre Clarice no site www.claricelispector.com.br.
Obras: Perto do Coração Selvagem (1943), O Lustre (1946), A Cidade Sitiada (1949), A Maçã no Escuro (1961), A Paixão segundo G.H. (1964), Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres (1969), Um Sopro de Vida - Pulsações (1978), A hora da estrela (1977), Laços de família (1960), A legião estrangeira (1964), Felicidade clandestina (1971), A imitação da rosa (1973), A via crúcis do corpo (1974), Onde estivestes de noite? (1974), A bela e a fera (1979), A mulher que matou os peixes (1968), A vida íntima de Laura (1974), etc.

SOBRE A PALESTRANTE

Francisca de Lourdes Souza Louro é amazonense, formada em Letras pela UFAM, mestre e doutoranda em Poética e Hermenêutica pela Universidade de Coimbra-Portugal. Atualmente atua como professora de Literatura Amazonense e Teoria e Crítica Literária nas Universidades ESBAM e UNINORTE.


LANÇAMENTO DO LIVRO HISTÓRIAS PARA MINHA TIA DORMIR:

Maria Elisa Souto Bessa nasceu em São Luís do Maranhão e reside no Amazonas desde os seis meses de idade. Fez bacharelado em Administração na Universidade Federal do Amazonas – Ufam, Licenciatura e Mestrado em Linguística na Universidade de Toulouse (França) e Doutorado em Literatura na Universidade de Grenoble (França). Lecionou Língua e Literatura Francesa na Graduação e Literatura Brasileira no Mestrado em Letras da Ufam. Atualmente dedica-se a produção literária e às artes visuais (cinema, vídeo, animação), tendo assinado roteiro e direção de doze curtas-metragens, em vídeo. Prémios Literários: 2º lugar no Prêmio UFF de Literatura 2009, categoria crônica – Niterói-RJ; 4º lugar concurso de contos SESC-AM 2008 – Manaus-AM; 11º lugar concurso de contos SESC-AM 2009 – Manaus-AM.
Histórias para minha tia dormir traz doze textos que parecem repetir a façanha de Hércules, pois todos se alinham e se festejam numa cadeia de sucessos narrativos. Orientando-se no sentido clássico da trajetória poética, ou, como quer Nelly Novaes Coelho, “partindo do princípio de que a educação da criança visa basicamente levá-la a descobrir a realidade que a circunda, a ver realmente as coisas e os seres com que ela convive”.


Evento: Quarta Literária: palestra e lançamento de livro
Palestra: Clarice Lispector de corpo inteiro
Palestrante: Francisca de Lourdes (9985-1393) / lourdeslouro@yahoo.com.br
Livro: Histórias para minha tia dormir
Autora: Maria Elisa Souto Bessa (8821-3688 / 3635-4277)
Promoção: Livraria e Editora Valer
Data: 1º de dezembro de 2010
Horário: 18h
Local: Espaço Cultural Valer – Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro.
Entrada: Franca
Contatos: Valer – 3635-1245 / livrariaeditoravaler@gmail.com

novembro 29, 2010

WikiLeaks desnuda a política externa dos EUA

PICICA: "O site WikiLeaks é conhecido por divulgar documentos secretos há anos e ganhou destaque internacional este ano com três vazamentos."
Segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Documentos desnudam política externa dos EUA

Organização divulgou cerca de 250 mil documentos enviados pelas embaixadas estadunidenses à Casa Branca
  
29/11/2010

da Redação


Neste domingo (28), o site WikiLeaks divulgou cerca de 250 mil documentos confidenciais do Departamento de Estado dos EUA, que revelam detalhes da politica externa estadunidense entre 1966 e fevereiro de 2010.

Os chamados “cabos”, como ficaram conhecidos, vieram à tona através dos jornais The New York Times (Estados Unidos), The Guardian (Reino Unido), El País (Espanha), Der Spiegel (Alemanha) e Le Monde (França), que tiveram acesso aos documentos levantados pelo site WikiLeaks.

O vazamento das informações sigilosas já vinha sendo anunciado há pelo menos uma semana.   Trata-se de mensagens trocadas entre a Casa Branca e as embaixadas estadunidenses em diversos países. No total, o WikiLeaks teve acesso a 251.288 documentos enviados por 274 embaixadas.

As mensagens referem-se a assuntos diversos: 145.451 sobre a política externa estadunidense, 122.896 sobre assuntos internos dos governos, 55.211 sobre direitos humanos, 49.044 sobre condições econômicas, 28.801 sobre terrorismo e 6.532 tratam sobre o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

A divulgação de tais informações coloca em risco o relacionamento do governo dos EUA com aliados e inimigos em todo o mundo. Sabendo antecipadamente da divulgação dos documentos, a Casa Branca entrou em contato com diversos líderes para amenizar o impacto das revelações, que qualificou como “irresponsáveis”. “Condenamos ao máximo a divulgação não autorizada dos documentos confidenciais e informações de segurança nacional”, informa comunicado do Departamento de Defesa dos EUA.

Os documentos divulgados pelo WikiLeaks revelam a forma como o governo estadunidense obtinha informações referentes a outras nações através de seus diplomatas. As informações tratam da avaliação de líderes de diversos países, arquivos sigilosos sobre terrorismo e proliferação nuclear, bem como ordens de espionagem vindas da Casa Branca.

Leia mais em Brasil de Fato.

Lázaro Ramos, através do UNICEF, faz campanha contra a discriminação racial

PICICA: Aproveite e leia "Desconstruir o preconceito contra o nordestino". No caso da intolerância contra nordestinos, setores da sociedade mostram como agem para proteger a estrutura social da qual fazem parte. Qualquer semelhança com outras formas de discriminação racial, não é mera coincidência.
UNICEFBrasil | 29 de novembro de 2010 
A discriminação racial persiste no cotidiano das crianças brasileiras e se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos.

Com a campanha Por uma infância sem racismo, o UNICEF e seus parceiros fazem um alerta à sociedade sobre os impactos do racismo na infância e adolescência e sobre a necessidade de uma mobilização social que assegure o respeito e a igualdade étnico-racial desde a infância.

Baseada na ideia de ação em rede, a campanha convida pessoas, organizações e governos a garantir direitos de cada criança e de cada adolescente no Brasil.

Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino - 29 de Novembro

PICICA: Acompanhe, depois das 9h45 - hora de Brasília, entrevista com o cartunista Carlos Latuff. Em discussão a causa palestina. Acesse RádioCom.
Cartum de Carlos Latuff e bandeira Palestina
Somos todos Palestinos: entre os afro-americanos do norte e do sul

Somos todos Palestinos: na África do Sul e na América do Norte

Carlos Latuff

Somos todos Palestinos: no Tibete, ou no Vietnam

Carlos Latuff

Somos todos Palestinos: nos guetos de Varsóvia, e entre os indígenas de Chiapas

Carlos Latuff

UNIC Rio e UERJ comemoram o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino

PICICA: Para marcar a data o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) promovem uma mesa redonda sobre o tema.

Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino será comemorado na UERJ


Será comemorado no próximo 29 de novembro, segunda-feira, o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Para marcar a data o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) promovem uma mesa redonda sobre o tema no mesmo dia, às 18h.
 
O debate contará com a participação do Reitor da UERJ, Professor Ricardo Vieiralves de Castro; do Embaixador da Palestina no País, Senhor Ibrahin Alzeben; do Sub-Chefe da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, Secretário Breno Hermann; e do Diretor do UNIC Rio, Giancarlo Summa. O debate será mediado pela jornalista e professora Beatriz Bissio. Antes do debate será mostrado um vídeo mostrando o trabalho da ONU na região.

No mesmo dia também será inaugurada uma exposição fotográfica contando a história recente do povo palestino, o envolvimento das Nações Unidas nesta questão, o trabalho que a ONU desenvolve na região e as ações que o governo brasileiro vem desenvolvendo nesta área. As fotos ficarão expostas no 9o andar.

A UERJ fica rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã. O debate será realizado no Auditório 701, 7o andar, às 18h. A entrada é franca.

Fonte: UNIC Rio de Janeiro

En España “El Estado no tiene religión oficial”

PICICA: "(...) como miembros del Colectivo Prometeo y de Córdoba Laica quisiéramos aportar nuestras reflexiones sobre la pasada visita del Papa, incluyendo en ellas sus polémicas declaraciones urbi et orbi, que han vuelto a poner sobre la mesa las carencias de un mal llamado “Estado aconfesional” que encubre su sometimiento y genuflexión ante el Vaticano y sus representantes hispanos, apelando a “nuestra particular idiosincrasia”." Em Tempo: A caricatura de Bento XVI é uma cortesia do PICICA.
Aumentar tamaño del texto Disminuir tamaño del texto Partir el texto en columnas Ver como pdf 29-11-2010

El “laicismo agresivo” en la España “aconfesional”



Una vez atenuado el ruido mediático y la propaganda oficial a favor de una cosmovisión exclusivista que todos los españoles,- sin poder negarnos, sin ser consultados-, hemos pagado y padecido, como miembros del Colectivo Prometeo y de Córdoba Laica quisiéramos aportar nuestras reflexiones sobre la pasada visita del Papa, incluyendo en ellas sus polémicas declaraciones urbi et orbi, que han vuelto a poner sobre la mesa las carencias de un mal llamado “Estado aconfesional” que encubre su sometimiento y genuflexión ante el Vaticano y sus representantes hispanos, apelando a “nuestra particular idiosincrasia”. 
Sin intentar ser exhaustivos, éstas serían algunas:

1.- Si el Papa, apoyado por una buena parte de la jerarquía de la Iglesia Católica española, se lamenta públicamente de que el sentir del país hacia la religión se parezca al de la Segunda República, implícitamente nos subraya su oposición a la separación Iglesia–Estado (artículo 3 de la Constitución de 1931: “El Estado no tiene religión oficial”) que aquel régimen propició y su apuesta por un Estado sometido a la Iglesia. 

2.- Si, además, desde su Iglesia no se ha hecho- ni al parecer se hará nunca- crítica del Nacional-Catolicismo que sirvió de soporte ideológico al golpe de estado del 36 ( muy recomendable releer la obra del historiador Julián Casanova “ La Iglesia de Franco”) y se constituyó en la columna vertebral de un Régimen que trajo el asesinato de decenas de miles de personas y la represión continuada para toda la sociedad o no se ha expresado la más mínima comprensión hacia los movimientos de recuperación de la memoria histórica, que pretenden dar recuerdo y tumba digna a los miles de cadáveres aún amontonados en cunetas y tapias de cementerios, mientras que a la vez honra, elevándolos a la categoría de beatos y santos a los religiosos víctimas de la guerra civil, podríamos llegar a pensar que -en pleno siglo XXI- aquel Régimen sigue valiéndole como modelo de Estado para España.

3.- Si estas declaraciones se realizan en actos celebrados en espacios públicos que, a pesar de formar parte de una visita pastoral a sus fieles, son facilitados – y los gastos subvencionados- por el Estado Español y cuentan con la presencia del Jefe del Estado , de responsables del gobierno o demás Instituciones, estamos contemplando por una parte la clarísima subordinación del Estado Español a la Iglesia Católica y por otra el desprecio del gobierno a la mayoría de la sociedad, por su entreguismo servil ante la jerarquía religiosa. Viendo el espectáculo ofrecido, podría pensarse que el Papado encarna la autoridad suprema en este país, y todas las demás le deben sumisión, al obviar que la ley máxima actualmente en vigor, la Constitución Española del 79, pese a citar en el artículo 16.3 el “tener en cuenta las creencias” o las “relaciones de cooperación con la Iglesia Católica y las demás confesiones”, lo hace después de declarar taxativamente en el mismo sitio que “Ninguna confesión tendrá carácter estatal”( ni por lo tanto, recibir tratamiento como si lo tuviese) . Lástima que el monarca campechano haya desperdiciado una excelente oportunidad de ponerle broche de oro a sus 35 años de reinado por no desempolvar, dada la injerencia de un dignatario extranjero en nuestros asuntos internos, su tan otrora alabado “¡ por qué no te callas!”

4.- Si el Jefe de una Iglesia que recibe miles de millones de euros del Estado Español, obtiene de éste privilegios y poder, ocupa y se instala en los espacios públicos, impone simbología, pretende hacer obligatorios sus dogmas, combate abiertamente las normas y leyes salidas del Parlamento..., es capaz pese a ello de considerarse atacado y perseguido, no tenemos más remedio que preocuparnos, y mucho, ante la mezcla de intolerancia pregonada por la jerarquía eclesiástica y la dejación de funciones de un gobierno capaz de saltarse la libertad ideológica ( artículo 16.1 ) de todos para ofrecer en bandeja la estructura estatal a una parte, un gobierno que debería gritar menos -en los mítines catalanes, a toro pasado- lo de “ no dejaremos que el Vaticano haga las leyes” y cerrar más el grifo de los privilegios llámense éstos recaudación fiscal, subvenciones multimillonarias o conciertos educativos. Con sus actuaciones contribuye a que una sociedad aparentemente moderna, puede terminar derivando peligrosamente hacia el fundamentalismo religioso.

5.- Si la mayoría de la población de este país, creencias al margen , no ha participado, como los voceros cacareaban, en unas concentraciones de menor tamaño que el calculado, sino que se han escandalizado por el despilfarro y tratamiento mediático e institucional; si además ha habido una parte que se ha manifestado explícitamente en contra, podemos deducir que la sociedad española es mayoritariamente laica y los gobernantes deberían tomar buena nota para no volver a quedar en evidencia. 

Los acontecimientos vividos deben servirnos para estar atentos y activos, mostrando desde la razón tranquila, la tolerancia o el fomento de la convivencia, nuestra apuesta por una sociedad plural, sin prejuicios, nuestro combate para frenar la presencia de dogmatismos y fundamentalismos que creíamos superados, y que hoy amenazan con volver. Es bueno, en esa tesitura recuperar el pensamiento de Martín Luther King y decir con él: 

“No me preocupa el grito de los violentos, de los corruptos, de los deshonestos, de los sin ética. Lo que más me preocupa es el silencio de los buenos...”

Entre todos , debemos construir un clima de debate sereno, un ambiente de libertad de conciencia. Por ello desde el colectivo Prometeo y la Asociación Córdoba Laica (de Andalucía Laica), nos comprometemos a poner un grano de arena volcándonos en la organización del encuentro / debate entre laicos de distintas religiones (islámica, cristiana y bahai) y no religiosos que se celebrará el próximo miércoles 15 de Diciembre, a las 19 horas en el salón de actos de la Facultad de Ciencias del Trabajo (junto a Torre Malmuerta).

Rebelión ha publicado este artículo con el permiso de los autores mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.

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Fuente: Rebelión

A perversão mediática em Portugal

PICICA: "A situação contemporânea dos media decorre no fundamental da propriedade dos grandes meios de comunicação social se encontrar concentrada nas mãos de uma fracção das classes que dispõem do poder económico e financeiro e, por conseguinte, do poder político."


A perversão mediática - Impedir ou bloquear a formação da consciência social

Portugal - Comunicaçom  
Segunda, 29 Novembro 2010

O Diário - [Manuel Gusmão] 0. A situação dos media a que nos referiremos é directamente a situação em Portugal (embora não se trate de uma situação especificamente portuguesa), e observam-se os seus traços tentando captar alguns da mais estrita actualidade. A situação contemporânea dos media decorre no fundamental da propriedade dos grandes meios de comunicação social se encontrar concentrada nas mãos de uma fracção das classes que dispõem do poder económico e financeiro e, por conseguinte, do poder político. 

Nas últimas duas décadas do século passado, acelerou-se um processo complexo que veio a traduzir-se numa brutal alteração da correlação das forças de classe a nível europeu e mundial, marcada pelas derrotas históricas do campo em que se iniciaram as primeiras tentativas de construção do socialismo, e por uma vitória do neo-liberalismo no terreno das disputas ideológicas internas ao campo da burguesia internacional.
Esta situação determina que o exercício do poder na produção da comunicação utiliza não apenas meios técnicos em matéria de informação, entretenimento e conteúdos, mas também meios (repressivos) próprios da cadeia de comando de qualquer empresa capitalista.

Os objectivos próprios e específicos da gestão das empresas de comunicação social são conformes aos objectivos gerais da dominação das classes dominantes: a extorsão do lucro e a montagem de uma teia ou rede, ou de um gigantesco ecrã destinado a influenciar ou a pressionar a reprodução do modo de viver social dominante.

Assim, visando a imposição de uma crescente fragilização dos seus trabalhadores, que os torne mais facilmente controláveis e obedientes perante a extorsão, promove-se uma crescente precarização das suas condições de trabalho.

Através dessa precariedade instalada e das formas de pagamento a recibo verde e à tarefa, da acumulação imposta de estágios não remuneradas, etc., a gestão dos media dominantes visa a maximização dos seus lucros e indissociavelmente, uma crescente compressão da autonomia relativa do trabalho intelectual (dos jornalistas e de outros profissionais intelectuais. A essa compressão pode acrescentar-se uma acentuada diferenciação social no interior desses grupos profissionais.

I
Uma realidade em rápida transformação

A situação e sobretudo o poder e a influência dos media que, como é fácil de compreender, são o poder e a influência política e ideológica dos seus proprietários é unma situação que ganha novas formas e realidade numa transformação rápida, que se acelera nas duas últimas décadas do séc. XX.

1. O impacto das inovações tecnológicas e a sua apropriação e gestão pelos proprietários dos media.

2. O grupos económicos e financeiros, a concentração da propriedade dos media e as condições de trabalho dos jornalistas. Em Portugal como o detalhou ontem Fernando Correia existem 5 grupos que dividem entre si a propriedade da imensa maioria dos media em Portugal.Como o tem também observado Fernando Correia é através destes grupos que o capital espanhol entra para o seu comando.

3. A apropriação pelo grande capital do desenvolvimento tecnológico e a concentração da propriedade dos media tem conduzido à criação de novoas espasços informativos ,a uma mercadorização crescente dos media e do seu produto: a informação, o "conhecimento", a opinião, o entretenimento e os conteúcos.

4. Esta situação altamente complexa e contraditória leva à pluralização das experctativas dos diversios sujeitos sociais, mergulhados na noite urbana e ao esgotamento da resposta dos Media a essas expectativas.

Fernando Correia tem, entre nós, insistido nisso. Aproxima-se da realidade contemporânea dos media, por exemplo através da observação dessas expectativas: Para os jornalistas os media são um espaço de informação", para os patrões são um produto; para os publicitários e anunciantes são um suporte de anúncios; para oss dirigentes políticos e cada vez mais também para os desportivos,m osa media são um instrumento de luta pelo poder e de exercício do poder; para os cidadãos, os media tendem a constituir um espaço de participação. Para os trabalhadores, os sindicatos grupos minoritários (e outros) os media revelam-se um privilegiado espaço de reinvindicação; para determinados sectores da intelectualidade, os media constituem uma instância de visibilidade e, por esssa via, de legitimação e de credibilização (cf. Bourdieu). Fernando Correia adiantw«a que , nomeadamente num país como o nosdso, os media são o principal ou mesmo o único instrumento de conhecimento; tudo o que sabem tendem a sabê-lo pela televisão.

II
FABRICAR O CONSENSO IMPÔR A OBEDIÊNCIA

A capacidade humana de linguagem é o fundamento e a condição de possibilidade da comunicação. Falar uma língua, produzir um discurso, comunicar é tendencialmente uma actividade dialogal e dialógica, eminentemente participativa e interaccional. Isso pode exprimir-se dizendo que uma frase é sempre dita pelo menos por duas pessoas: por aquele que a produz antecipando sua interprtação por um receptor e este que entende e responde a essa frase. O sentido dessa frase é sempre o resultado de uma negociação, o fruto de uma cooperação.

O Efeito do rio de águas caudalosas.

Nos media dominantes, tendencialmente, trata-se de produzir um discurso veloz, poderosamente redundante e que condiciona brutalmente as hipóteses de resposta. Só tolera a interacção pobremente mimética, que repete o que já foi dito e fixa as regras de estilo e de modelação da notícia que só são aceites se inalteradas e inalteráveis. É um discurso que manifesta constantemente ligações não explícitas nem tematizadas, que jogam com preconceitos, valores e representações ideológicas profundamente depositados em estratos infraconscientes da consciência social.

Surgindo como transversal aos programas de informação, de opinião e entretenimento, esse discurso verdadeiramente totalitário torna impossível a referência a um facto histórico designado como 'invasão do Vietname do Sul' ou como a 'agresão americana ao Vietname do Sul'.

O Efeito de mosaico: a perplexidade induzida.

O alinhamento das notícias no telejornal pode ser manipulado, quer aproximando notícias em que se pretende ver uma relação, que não sendo explícita convoca precisamente estereotipos e preconceitos conservadores, quer afastando notícias que essas sim podem conter uma ligação que não se quer tornar patente. Aqui se inclui um procedimento muito frequente que consiste em dar-se uma notícia de tal forma que ela é incompreensível.

Ocultar o que se passa: mentir.

Exemplo: noticiar uma greve sem se dizer o que é que motiva os trabalhadores, o que é que eles reivindicam. Há casos deste tipo de manipulação grosseira, em que a notícia esconde ou mente sobre o motivo ou as razões precisas da luta. Recentemente as manifestações em França eram sistematicamente acompanhadas pela 'informação' de que os manifestantes lutavam contra a passagem da idade da reforma dos 60 para os 62 anos. Entretanto nas imagens de um canal de televisão apareceu um trabalhador com uma bandeira onde se percebiam os números 60 e 67. mas não só não foi apresentada, com base no cartaz, as verdadeiras razões da luta , como se persistiu na imprecisão mentirosa da notícia. Esta mentira apoia-se e explora a dificuldade de muitas pessoas em lerem com proficiência uma imagem que aliás passa velozmente.

Omitir e silenciar

Entretanto, para além destes casos de manipulação simples da notícia que ou é incompleta ou deformada, há uma outra estratégia provavelmente mais grave e perigosa, que pode produzir lacerações mais extensas e profundas na consciência social e política daqueles que se encontram expostos aos media. Esta estratégia procede pela ocultação e pelo silêncio feito sobre um determinado acontecimento, uma declaração, uma proposta ou orientação alternativa para resolver um determinado estado de coisas. Essa ocultação pode atingir um determinado tipo de sujeitos sociais ou políticos.
Como é compreensível, esta estratégia induz um efeito de invisibilidade daqueles que são o seu objecto ou as suas vítimas. É como se não existissem.

"QUEM NÃO APARECE, ESQUECE".

Excluir: isto não pode ser pensado

Que a crise actual é uma crise do capitalismo, foi uma ideia que conseguiu ser expressa no princípio da crise. Parecia que o facto de se deixar formular assim o problema se devia a uma necessidade de partir de um mínimo de credibilidade, a uma vontade de assegurar uma disposição mínima para ouvir. Mas rapidamente os media procuraram que só o dissessem aqueles que apareciam como deputados e dirigentes políticos de uma esquerda anticapitalista e que assim eram desqualificados por três razões 'óbvias' (?): 1) eram "políticos", 2) tinham uma ideologia e 3) eram anticapitalistas. Sobretudo aconteceu que a partir daí, na fase em que se tratou de discutir as políticas para responder à crise e sai dela, os participantes foram ferozmente seleccionados: passaram a ser necessariamente economistas conhecidíssimos ou perfeitamente desconhecidos, mas todos piamente crentes na mesma grande receita. Reparar-se-á que nem têm que combater ou contra-argumentar contra uma orientação marxista, porque isso já era perigosamente sugerir que uma outra orientação era possível e havia quem a argumentasse. Os media passaram a comportar-se como se uma alternativa fosse impensável, monstruosa ou portadora de um qualquer elemento misteriosamente patogénico. Podemos imaginar que se algum economista escapasse ao feroz controlo instalado uma das coisas que lhe poderia acontecer era passar por alguém fora de moda se não mesmo fora deste mundo, ou aparecer como alguém alucinado ou algo ridículo como uma visita de uma casa de gente fina que não sabe comportar-se à mesa ou na conversa de salão.

Em tais condições compreende-se se dissermos que não é preciso sequer que ninguém diga ou proponha como conclusão de um debate que o capitalismo naturalmente passará esta curva. Por que o que se visa com estes programas, em que a opinião não apresentada como tal, ou mesmo enganosamente apresentada como informação, é a inculcação de que o capitalismo é o estado natural das coisas.

Como se fosse o ar que respiramos: naturalizar a ideologia burguesa.

Tal como a ideologia burguesa é como o ar que respiramos. E porque o respiramos é que estamos vivos. QUOD ERAT DEMONSTRANDUM. A ideologia burguesa é aquela que rejeita ser uma ideologia, ser burguesa e ser de classe.

III
UMA NOVA CULTURA: A CULTURA MEDIÁTICA DE MASSAS

Hoje em dia, com o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e de comunicação, com a concentração da propriedade dos media e a formação de grupos multimédia, os media contemporâneos tornaram-se uma plataforma em expansão, anexando actividades que, até à 2ª metade do século XX, apareciam como territórios culturais autónomos, dispondo nomeadamente de tradições próprias. Refiro-me ao conjunto das artes.

Poder-se-ia supor que essa anexação poderia ser descrita como o fornecimento às artes de um novo aparelho de distribuição, exibição e exposição dos seus artefactos. Veio contudo a acontecer quase inevitavelmente (uma vez que o referido processo se dá num campo dominado pela produção capitalista) que os media se tornaram agentes e factores da produção artística.

Com isto, aquilo que parecia ser a lógica evolutiva interna das formas artísticas passa a ser subordinado à lógica mercantil, que domina a produção para o mercado, e à pressão do gosto das grandes audiências. Os dois principais modelos da produção e da recepção artísticas tornam-se assim o mercado e o espectáculo.

No mercado capitalista contemporâneo, as regras neste campo deixam de ser meramente económicas para passarem a ser também ideológicas, e o espectáculo não é apenas o palco para as fantasmagorias da mercadoria, mas a instauração de uma distância que aliena a participação do espectador.

Outubro de 2010

¿Militarizar la cuestión (narcotráfico en Río ) es una buena salida?

PICICA: "Hay ejemplos positivos, o relativamente positivos (Italia), y hay ejemplos catastróficos (México) de transformar la cuestión del narcotráfico y de la seguridad pública en tema militar. Porque, en el fondo, el gravísimo problema que puso a la población de Río frente a frente con el poder bélico y la capacidad aterrorizante de los que controlan cerros y favelas es la ausencia total de una política de seguridad pública que va mucho más allá de acciones policiales. Que abra espacio para la recuperación de territorios, por cierto, pero que a la vez recupere poblaciones para la ciudadanía."
O obscuro blindado da Polícia carioca - Caveirão - no Complexo do Alemão, ontem. (Carlos Latuff)

Aumentar tamaño del texto Disminuir tamaño del texto Partir el texto en columnas Ver como pdf 29-11-2010

El ejército entra en la guerra de la policía

Página/12

Poco antes de las nueve y media de la noche del viernes, el clima alrededor del “Complexo del Alemán” –un conglomerado de más de diez favelas, donde viven alrededor de 50 mil personas en la región norte de Río– alcanzó el grado máximo de tensión. El local, un intrincado de callejuelas y construcciones que se amontonan desordenadamente, estaba cercado desde el día anterior por unos 800 hombres del ejército altamente entrenados (unos 500 de ellos con experiencia en las misiones de Haití, donde ejercieron funciones de policía en zonas de conflicto), además de otros tantos policiales militares. Su función era controlar todos los accesos a la favela.

Adentro de esa geografía irregular y sombría, estratégicamente ubicados, por lo menos 240 policiales militares de elite, el tan temido BOPE (Batallón de Operaciones Especiales). Durante toda la tarde tres helicópteros blindados (dos del ejército, uno de la policía) sobrevolaron la favela. Tanques de guerra, además de tanquetas y blindados de la marina, se posicionaron para invadir en cualquier momento una de las ciudadelas más bien guardadas –y más feroces– del narcotráfico en Río.

Bien antes, a las ocho, se agotó el plazo dado para que los narcotraficantes allí reunidos (se calculaba que alrededor de 600 hombres fuertemente armados) se rindiesen. A esas alturas, solamente 31 de ellos –inclusive el número dos del comando local de la banda Comando Rojo– habían acatado el llamado de la policía.

El clima era de todo o nada. Cada tanto se oían ráfagas de fusiles y artillería pesada. Desde la oscuridad del cerro, se veían las trayectorias de las balas disparadas contra los helicópteros. En callejuelas y callejones, el silencio de los desiertos. En cualquier momento aquel escenario de cementerio podría ir por los aires.

Todos estaban a la espera de la palabra del gobernador de Río, Sergio Cabral. Pero no habría palabra alguna antes de que los responsables por las tropas y equipos del ejército y de la marina (hombres con aparatos de visión nocturna, tanques, tanquetas, blindados, helicópteros especialmente artillados, agentes especiales de la policía federal) dijesen qué es lo que el gobernador podría decir. Porque al pedir ayuda federal el gobernador tuvo que firmar un reconocimiento de “incapacidad de mantener el control y la seguridad pública”. Es decir, se puso bajo una intervención blanca, silenciosa, de las fuerzas federales. Era eso y quizá ganar la guerra, o seguramente perderla.

Y exactamente en este punto reside el gran problema que Río afronta: ¿hasta qué punto es viable transformar la inexistencia de una política de seguridad pública en un tema bélico? ¿Hasta dónde va la colaboración de las fuerzas armadas con el orden público? ¿Militarizar la cuestión es una buena salida?

Hay una alternativa, ya utilizada en varias ocasiones: llegar a pactos invisibles con el narcotráfico. A estas alturas, era eso o recurrir al ejército. Y en ese punto reside el drama: la segunda alternativa puede ser tan peligrosa como la primera. 

Hay ejemplos positivos, o relativamente positivos (Italia), y hay ejemplos catastróficos (México) de transformar la cuestión del narcotráfico y de la seguridad pública en tema militar. Porque, en el fondo, el gravísimo problema que puso a la población de Río frente a frente con el poder bélico y la capacidad aterrorizante de los que controlan cerros y favelas es la ausencia total de una política de seguridad pública que va mucho más allá de acciones policiales. Que abra espacio para la recuperación de territorios, por cierto, pero que a la vez recupere poblaciones para la ciudadanía.

México puso 50 mil hombres de las fuerzas armadas para combatir el narcotráfico. Pasados cuatro años, el resultado es desastroso: en Ciudad Juárez, por ejemplo, uno de los polos de los narcos, hay una media de 27 asesinatos por día. Más de uno por hora. Son narcos que asesinaron a miles y miles de personas y, excepto por ese dato, nada cambió. Es mucha sangre a cambio de nada.

Mucho se habla, en Río, de recuperar y retomar el control sobre territorios ocupados por los narcotraficantes. Pero se habla solamente en términos militares.

Mientras no se hable en asumir el control social de esos territorios –es decir, implantando escuelas, guarderías, un sistema de salud por más mínimo que sea, de cultura, de sanidad– todo va a seguir igual.

Cuando cierro esta crónica, todavía no se invadió el Complexo del Alemán. El pánico sigue palpable en el aire, tan palpable como la sangre de los más de 50 muertos de esos últimos días. Y todavía nadie explicó qué se hará después que las tropas militares cumplan con el rol que la policía no supo cumplir, y que alguien le diga al gobernador qué es que él puede decir.

Eric Nepomuceno es Periodista y escritor.

Fuente original: http://www.pagina12.com.ar/

Funte: Rebelión