novembro 04, 2010

J'accuse: por um julgamento justo de José Dirceu

PICICA: O programa Roda-Viva surpreendeu a todos nesta semana. Um dia após o fim do segundo turno eleitoral, eis que José Dirceu é entrevistado pela TV Cultura de São Paulo. Depois de ser alvo de mais um linchamento público, patrocinado pela candidatura de José Serra, o Obscuro, durante a campanha eleitoral na TV. Certamente estamos diante de um "direito de resposta" obtido a duras penas com a emissora, permitindo ao ex-Chefe da Casa Civil do governo Lula romper um silêncio de cinco anos sobre uma das mais bem urdidas campanhas de difamação apoiada pelo Partido da Imprensa Golpista - PIG. A prática do famigerado Caixa 2, transformada numa manobra espetacular, convenientemente intitulada "mensalão", com o objetivo de atingir mor(t)almente a presidência da república (Lula prometeu um dia revelar os interesses e os interessados neste imbróglio político), continua sendo objeto da parcialidade com que o fato político vem sendo explorado até hoje pela imprensa golpista e seus alidados. Pretendia-se o impeachment de Luís Inácio Lula da Silva. O programa da TV Cultura de São Paulo vem perdendo credibilidade, sobretudo pela violência do governo tucano em eliminar do seu quadro jornalistas que contrariam o executivo paulista ao fazer perguntas indesejáveis, quando o entrevistado é algum figurão do tucanato. Agora sob o comando da entrevistadora-show Marília Gabriela, o programa vem enveredando por um caminho lastimável. Jornalistas despreparados para a nobre função de entrevistar agem como inquisidores de quinta categoria - exceções de praxe -, usando argumentações risíveis diante de um tarimbado político como é Zé Dirceu. Para Luiz Carlos Azenha, o Zé deitou e rolou. Diante da sutileza da crítica desse experiente jornalista, é bom que se diga que se faltou inteligência na argumentação dos entrevistadores, sobraram as mesquinharias incompatíveis com o exercício do jornalismo. A negação da presunção de inocência pode ser um problema para o exercício da investigação, mas usar do mais deslavado casuísmo é abusar da inteligência do telespectador. Devo perder mais alguns leitores, pela defesa de um julgamento justo para o Zé Dirceu. Ontem, tive 5 unfollows no twitter. Que se há de fazer; ossos do ofídio.

DIRCEU PODE SER UM DREYFUS CONTEMPORÂNEO, POR ISTO GUERRILHEIRA DIZ: J’ACCUSE!*


Ao meu ver a exploração feita pela campanha tucana da imagem de JOSÉ DIRCEU, condenando-o por coisas que a justiça ainda não se pronunciou, sem direito a nenhuma defesa por parte do acusado, FOI A MAIOR CRUELDADE, entre tantas outras que se fizeram durante a campanha oficial e extra oficial nas eleiçoes 2010.
 

QUEM DEVERIA DEFENDER OS PRECEITOS LEGAIS NÃO O FEZ, COM A PÍFIA DESCULPA DE ELE NAO SER CANDIDATO, vejam bem, imaginem se a campanha se voltasse contra esse ou aquele JUIZ DA JUSTIÇA ELEITORAL? Será que não poderiam se defender? Defender sua honra?

Mas , como não foi alí que ardeu, deixaram um brasileiro ser trucidado violentamente e psicologicamente sem um mínimo direito de defensa.

Percebo que nossa justiça continua sendo causuística e talvez a culpa seja de nossas casas legislativas em não fazerem as reformas políticas necessárias.

Imaginem vocês como ensinar aos nossoas filhos, alunos, enfim, aos jovens que não se pode mentir, condenar, se José Dirceu não teve direito de se defender? Que dizer a esses jovens qdo perguntada?

Como pode um cidadão candidato a presidente de uma nação usar de tal crueldade?

Ou será que diremos a esses jovens que na politica tucana vale tudo?
Sou PeTista mas não sou integrante do grupo do ex-ministro, não concordo com políticas que afastaram parte de nossa tão aguerrida militância das ruas, e, principalmente, das lutas, porém não aceito críticas mesquinhas de quem não tem nem 1% de seu valor histórico e moral!

Sinceramente espero que JOSÉ DIRCEU seja inocentado.

VOU PEDIR A DEUS, QUE É BOM, QUE AJUDE JOSÉ DIRCEU PROVAR SUA INOCÊNCIA.

Hilda Suzana Veiga Settineri

* Peço a licença de Emile Zolá!
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FONTE: Blog da Dilma

Um comentário:

Unknown disse...

Caro amigo Kaamirã, os espíritos da Floresta ajudaram o PT a fazer história. Primeiro elegeu o presidente operário e reelegeu; agora a primeira presidente mulher. Caso consigamos reeleger dilma, o próximo presidente tem que ser ou negro, ou índio ou gay assumido.

Saravá e muito axé!